Existe uma estimativa que aponta a existência de aproximadamente 120 mil unidades instaladas nos supermercados brasileiros. Como não há nenhuma associação ou instituição que organize as informações e dados sobre o assunto, os números são apurados pelos fornecedores. Nos últimos anos redes como Pão de Açúcar, Coop e Covabra em São Paulo, Condor no Paraná, Bahamas em Minas Gerais e Enxuto no Rio de Janeiro instalaram a tecnologia no ponto de venda. O grande desafio para um crescimento maior, porem, é o alto custo de investimento para a implementação do sistema.
Preço é o Desafio
Como tudo que é novidade e tem baixa adesão custa relativamente caro, o sistema de etiquetas eletrônicas não seria diferente. No Brasil, a tecnologia custa o dobro em relação aos países da Europa. Foi o que constatou João Galassi, presidente da Associação Paulista de Supermercados (APAS), em visita à Euroshop 2011, em Düsseldorf (Alemanha). João Galassi fez contato com os principais fabricantes dessa tecnologia e constatou que o custo total de implantação em uma loja com área de vendas de três mil metros quadrados e mix de 15 mil itens gira em torno de R$ 120 mil, contra cerca de R$ 300 mil no Brasil.
Benefícios e Obstáculos
Na prática, além de modernizar o visual das lojas, as etiquetas eletrônicas tem a capacidade de otimizar as operações da empresa e gerar diversos benefícios ao varejista. Entre essas vantagens está a agilidade e inteligência na tarefa de atualização de preços nas gôndolas, o que pode significar uma reação rápida frente a alguma promoção ou em relação ao combate dos preços da concorrência, além de assegurar ao consumidor um atendimento ainda mais qualificado, com maior acerto na precificação dos produtos. No entanto, com a tecnologia encarecida e a baixa adesão do sistema, as pequenas redes de supermercados veem as etiquetas eletrônicas como um sonho distante. “Já é viável para o pequeno varejo. É preciso ter em mente a modernização dos processos e enxergar as etiquetas eletrônicas como investimento e não como despesa”, afrimou Ricardo Franceschini, gerente de produtos etiquetas eletrônicas da RR etiquetas.
Posição da APAS
Por mais que possa ser classificado como investimento, como se pode perceber, o preço da tecnologia no Brasil é efetivamente um obstáculo à popularização das etiquetas eletrônicas. Nem mesmo os custos de importação parecem justificar o alto valor cobrado pela instalação dos equipamentos. Segundo a APAS, a entidade também está convencida disso e o comitê de tecnologia da associação tem discutido uma forma de viabilizar preços mais acessíveis para os varejistas através de solicitações junto ao governo e aos fabricantes em atuação no País.
Fonte: Giro News
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