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domingo, 13 de dezembro de 2009

O mundo corporativo está doente e as pessoas não podem mais ser elas mesmas

Maria Giuliese

O sacrifício em nome dos resultados e das metas da empresa sempre vale a pena, mesmo que isso envolva a família, os amigos e a saúde. Férias de 30 dias? Insanidade. Como a equipe vai sobreviver? O descanso deve ser picado ao longo do ano. Já o celular corporativo nunca pode ser desligado. E se o cliente ligar da Europa? No mundo globalizado, é necessário se adaptar a todos os fusos horários.

Verifica-se que não é mais permitido ser simplesmente você mesmo. Existem hoje cursos para se sair bem em entrevistas de emprego. As pessoas são treinadas para aparentarem super profissionais, de forma que comparecem a processos seletivos com respostas feitas e gestos pré-concebidos.

Mundo doente
Alguém já parou para pensar nos sacrifícios que estão sendo feitos pelo ser humano, em nome do emprego? "O mundo corporativo está doente", garante a psicanalista e diretora executiva da Lens & Minarelli, Mariá Giuliese, autora do livro "Será mesmo que você nasceu para ser empregado? - O mal estar no mundo corporativo", publicado pela Editora Gente.

Mariá lembra que o mercado de trabalho está cada vez mais desorganizado, focado predominantemente em resultados, metas e lucro. As questões humanas estão sendo abandonadas, aos poucos. "Existe uma competitividade dentro das empresas e também fora delas, no mercado de trabalho", diz. "Exige-se que as pessoas estejam sempre superando seus limites, sempre fazendo mais e melhor. Mas todos têm limites. É como se houvesse uma negação da questão humana. Isso causa sofrimento. O funcionário adoece e, com o tempo, a própria empresa adoece".

Segundo ela, quando a empresa fica "doente", acaba perdendo seus melhores talentos. "Somente depois dessas perdas, as organizações começam a fazer um esforço enorme para reter as pessoas. E esse grande esforço envolve estratégias de manipulação e sedução dos profissionais, no lugar de dar as condições reais para que estes se desenvolvam. O resultado é que a empresa perde produtividade e lucro".

Profissionais descrentes
Para Mariá, um dos principais problemas, atualmente, são os belos discursos das organizações, cada vez mais distantes da realidade. Mas as promessas são capazes de encher os funcionários de esperança. Surgem então as frustrações, os desapontamentos, e os discursos caem no vazio, a ponto de ninguém mais acreditar neles.

"Por exemplo, muitas empresas afirmam que acolhem e incentivam a diversidade. Mas, quando um funcionário diz algo que contraria seu gestor, ou mostra uma maneira diferente de ver as coisas, acaba sendo punido (de forma escancarada ou não). No fundo, as empresas preferem que todo mundo seja igual e pense igual, que todos funcionem da mesma forma e aceitem as concepções do principal executivo. As pessoas podem não aceitar tudo, mas espera-se que elas não demonstrem essa não-aceitação de forma contundente. É preciso obedecer", analisa.

A expectativa do outro
O mundo corporativo de hoje valoriza os profissionais com habilidades políticas. Não raro, as competências técnicas são deixadas de lado. Isso dá vazão à falsidade. Os profissionais correm o risco de perder sua identidade? Alguns podem estar indo por este caminho, já que, segundo a diretora da Lens & Minarelli, no trabalho, é evidente o esforço das pessoas para atender as expectativas de segundos ou terceiros, e não as suas próprias. "Por medo de perder o emprego, elas sentem a necessidade de atender os desejos dos outros e, se não o fazem, acabam excluídas pelo próprio grupo".

A avaliação de desempenho é um dos mecanismos que levam os profissionais a, conscientemente ou não, se esforçarem para atender a expectativa alheia. "É também uma ferramenta usada para manipular, tirar da frente quem incomoda e valorizar os que entram nas regras do jogo".

Essa seleção um tanto quanto darwinista começa já no processo seletivo, quando os gestores fazem um desenho do profissional desejado. "Eles esperam que o contratado seja de determinada universidade e tenha determinados conhecimentos e experiências, entre outras características", explica.

Dá para viver assim?
Quanto tempo uma pessoa suporta tamanha pressão? Quanto tempo ela consegue esconder sua verdadeira personalidade? Mariá não tem uma resposta, mas afirma que somente é possível sobreviver no mundo corporativo se as renúncias feitas pelos profissionais, em nome do emprego, não forem vitais a eles. "Creio que não dê para renunciar totalmente seu jeito de ser durante muito tempo".

A solução, em sua opinião, passa pela conscientização dos líderes. "Se a empresa começar a funcionar de acordo com seu discurso, já é meio caminho andado, porque os discursos são sempre bonitos. Além disso, os funcionários não podem ser punidos por expor ideias discordantes", afirma. "As organizações precisam ainda aprender a explorar o que cada um tem de melhor, no lugar de exigir o que as pessoas não têm. Não há nada mais cruel para o ser humano do que pretender dele algo que não possa dar. Cada um tem suas competências, vocações e interesses. Respeitando isso, haverá menos gente "doente" nas empresas".

Por Karin Sato

Fonte: InfoMoney

Augmented Reality Airbrush

Michael Marner pesquisador do Wearable Computer Lab-Universidade da Austrália do Sul, apresentou na Ismar 2009, o projeto físico-virtual Tools for Spatial Augmented Reality Interfaces,título enxuto para algo realmente muito inovador:
Aereografia com luz em modelos físicos, utilizando uma mesa gráfica como estêncil ...
Ainda não está claro?
Veja o filme.



Fonte: augmentedadvertising.com

2010 hyundai ix-metro

2010 hyundai ix-metroIX-METRO carro-conceito da Hyundai, é o quinto colocado da Hyundai Namyang design (HND) da série de carros-conceito.
O carro foi mostrado durante a Design Korea 2009, na cidade de Incheon, que aconteceu em 2-8 de dezembro de 2009.
A campanha de promoção do IX-METRO afirma que o carro é ecológico, as emissões de CO2 são de apenas 80g/km,graças à sua motorização híbrida que é capaz de 92KW às 6000rpm, seu motor de três cilindros a gasolina incorpora recursos altamente sofisticados para maximizar o desempenho, enquanto minimiza o consumo de combustível. Estes incluem válvulas continuamente variável, turbo/compressor e injeção direta. Até 5kw de assistência torque vem do motor de partida, o alternador funciona com a energia armazenada em um capacitor ultra (dupla camada elétrica), tudo abastecido por uma bateria de 12V. O sistema híbrido proporciona 16 kg/m de torque máximo a 1750'4500RPM
através de uma caixa de dupla embreagem de seis velocidades .
Rogelio j. Flores, designer chefe, da aparência futurista do projeto IX-METRO, diz:
"Queríamos que o IX-METRO fosse algo fora deste mundo. Buscamos inspiração da NASA,
naves espaciais e até mesmo filmes de ficção científica. Tudo isso é entendido universalmente por progresso e inovação ".

A iluminação dianteira e traseira contêm Ice-Blue LED como elementos de fontes de luz.

A grade frontal facetada tem faróis de nevoeiro integrados.






A ausência da coluna central melhora a visibilidade, o mais importante é que permite um acesso mais fácil e confortável
aos passageiros traseiros. A porta traseira abre para trás com um mecanismo automático de deslizamento.








O interior é coberto com silicone branco semi-transparente, o porta-malas e outros painéis principais são divididos por feixos de luz.
A iluminação azul-gelo cria um neo-orgânico efeito de tecnologia. Outra característica de alta tecnologia são as câmeras digitais
instaladas nas laterais do carro, seu design ultra-slim reduz a turbulência e ruídos causado pelo atrito com o vento.







Fonte: www.designboom.com

La luce della musica


the scala appears like a bookshelf, with images of books projected onto its façade
image © designboom

Mario Nanni em La luce della musica é uma experiência visual e musical, projetada na fachada do Ópera Teatro Scala de Milão.

A peça é uma homenagem à ópera Carmen de Georges Bizet, que abre a temporada de ópera no Teatro Scala.

Nanni usou projeções de vídeo e luz para destacar e elogiar a arquitetura de Piermarini Giuseppe.

O projeto é realizado em parceria com a Viabizzuno e faz parte do Festival Internacional de Milão de luzes. Quem tiver a oportunidade de conferir a instalação acontecerá até o dia 10 de janeiro de 2010.

detail of books
image © designboom


birds flying across la scala
image © designboom


detail of birds
image © designboom


an outline of trees cover the building
image © designboom


detail
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video projections of people sitting along the architectural details of la scala
image © designboom


detail
image © designboom


projections of people looking out of the windows of la scala
image © designboom


lighting used to highlight the architectural details of the building
image © designboom


lighting used to highlight the architectural details of the building
image © designboom


image © designboom


the curtains...
image © designboom


...closing on the show.
image © designboom

Fonte: www.designboom.com

O datador de carbono

O datador de carbono, criado pelo islandês Recht Sruli (Reykjavik), é uma caneta com um diamante negro em sua ponta que serve para escrever e ilustrar diretamente em superfícies de vidro.

O diamente negro .30 quilates é fixado á uma garra de latão frezado a lazer preso á um cilindro de carbono. Sua embalagem articulada é feita de papelão Inked 304
Fonte: www.designboom.com

Tubérculos e raízes ou girlandas?

Roozenburg Maaike designer holandês criou uma série de enfeites de Natal, tributo aos velhos e bons tubérculos e raízes holandesas.

Maaike explica: "... magros, feios e de crescimento subterrâneo, são esquecidos pela cozinha moderna.
Eu quero realçar a beleza desses velhos vegetais, tornando-os em pedaços de porcelana como curiosidade e reacender a beleza da terra... "
Os ornamentos retratam uma alcachofra de Jerusalém, beterraba, cenoura branca, nabo e batata, entre outros, a coleção é composta de 24 peças.
Os ornamentos estão actualmente em exposição na galeria MoooI em Amsterdam.

Fonte: www.designboom.com

Veja os 350 melhores fundos de investimento para você aplicar seu dinheiro

Lista da Fundação Getulio Vargas mostra quais são os 350 melhores fundos de investimento nas categorias ações, renda fixa, multimercado e outros Neste ano, a lista dos melhores fundos para você investir vai refletir como foi a atuação do gestor do seu dinheiro. É que a rentabilidade dos fundos sofreu os reflexos da crise financeira mundial e aqueles com bons resultados tiveram uma estratégia de investimentos cuidadosa. Os fundos com os piores resultados foram os fundos de ações, porque eles acompanharam a queda na bolsa de valores.

A maior parte desses fundos recebeu apenas uma estrela. Os fundos multimercados também tiveram um desempenho mediano. Quem colocou dinheiro em fundos DI sofreu com a queda na taxa básica de juros da economia, que está em 8,75% ao ano, e serve de referência para essas aplicações. Já o destaque desta edição foram os fundos que investem em renda fixa. Confira a rentabilidade do seu fundo abaixo:

Como são dadas as estrelas

Lista dos 350 fundos de investimento com a melhor relação entre risco e retorno financeiro

Faça o download da planilha completa do ranking

Fonte: voce sa

Combo de DVD e projetor dispensa tevê

dvd-projetor-aiptek

Com cantos arrendodados e este tom azul bebê, dá quase pra se enganar com o Mobile Cinema DVD Projetor. Mas apesar do jeitão infantil, o dispositivo é capaz de rodar, direto do DVD, filmes em uma tela de 50 polegadas. Detalhe: sem a mediação de uma TV.

Fato que o torna extremamente útil para aquelas viagens a ambientes inóspitos que deixam até as crianças mais aventureiras ultra entediadas. A boa notícia para os mais verdes, é que ele vem equipado com tecnologia LED, o que diminui o consumo de energia.

Mas a empolgação termina aí. O dispositivo projeta imagens com resolução de (míseros) 480 por 240 pixels e apenas 13 lumens. Boa parte dos projetores domésticos tem 2 000 lumens. Por isso, a distância máxima dele com relação à parede é de 2,4 metros. O ajuste do foco é feito manualmente por meio de uma espécie de alavanca na parte traseira do dispositivo.

Com essas especificações, o equipamento aguçou minha nostalgia natalina ao me fazer lembrar de uma pipoqueira que ganhei quando não tinha nem uma década de vida. Ela era de brincadeirinha, mas, para alegria de todos meus amigos da rua, fazia pipoca de verdade! Bem, o preço deste combo de DVD e projetor é de 259 dólares. Tenho certeza que minha pipoqueira foi mais barata…

Fonte: info.abril.com.br

iGo Power Smart Tower desliga gadgets vampiros

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É difícil admitir. Mas é fato: nossos adoráveis brinquedinhos eletrônicos são, sim, pentelhos vilões do meio ambiente. Como (obviamente) não dá para excluí-los da nossa vida, o jeito é tentar minimizar esse efeito. O Power Smart Tower, da iGo, é uma boa ferramenta para isso. Ele corta, na tomada, a energia dos gadgets vampiros.

Por gadgets vampiros entenda aqueles que continuam sugando energia, mesmo quando não precisam mais dela. E aqui entram todos aqueles que ficam em modo stand by. Assim, a cada 30 minutos o Power Smart Tower faz uma varredura na rede para checar se os dispositivos ligados a ele realmente carecem de energia.

Se não precisarem, automaticamente ele liga o modo Green e pausa a liberação de elétrons para os bichinhos. Meia hora depois, faz novo monitoramento e, se algum precisar, ele reativa a alimentação energética.

O dispositivo de 9,9 por 6,1 por 29,2 centímetros empacota oito tomadas e duas portas USB para carregar seus gadgets. Ele já está sendo vendido no site da iGo pelo preço de 79,99 dólares.

Enquanto você lê esse post, representantes de mais de 190 países estão na Dinamarca tentando definir metas para driblar o aquecimento global. Se você está acompanhando as notícias de Tecnologias Verdes, já deve ter notado que a luta está acirrada lá em Copenhague. Mas, enquanto os governantes duelam seus próprios interesses na COP15, tenho a filosofia (clichê, porém válida) de que “cada um tem que fazer sua parte”. Optar por iniciativas verdes como essa sempre é um bom negócio em tempos de tantas previsões (e constatações) pessimistas para o meio ambiente.

Fonte: info.abril.com.br

Facebook muda regras de privacidade

Facebook muda regras de privacidade

SAN FRANCISCO - O Facebook deu um passo em direção à abertura de partes de seu site para não-usuários, ao incluir novas opções de privacidade.

As mudanças devem facilitar a vida de seus mais de 350 milhões de usuários, permitindo que limitem quem pode ou não ver o que pensam, o que filmam e fotografam, além de outras informações pessoais, mas também lhes dará a oportunidade de expor um conjunto mais amplo de suas informações para o público geral de internautas.

A medida aparece no momento em que buscadores como Google e Microsoft começam a se interessar em integrar aos seus resultados de buscas esse volume cada vez maior de conteúdo gerado pelo internauta nas redes sociais.

Além disso, também há a crescente concorrência do Twitter ao Facebook - as informações do primeiro são abertas ao público geral.

"Certamente, queremos atender às demandas das pessoas que queiram compartilhar informações de diversas formas diferentes", disse o vice-presidente de Comunicação Global e Políticas Públicas do Facebook, Elliot Schrage.

Schrage afirmou que usuários do Facebook serão recebidos com uma mensagem no site que os apresentará às novas opções de privacidade e irá dirigi-los a uma nova página simplificada de suas configurações de privacidade.

As mudanças não irão alterar, de forma alguma, as políticas do Facebook sobre o tipo de informação de usuários que é compartilhado com anunciantes, afirmou Schrage.

Fonte: info.abril.com.br

Gravadoras apostam em Vevo como nova MTV

Gravadoras apostam em Vevo como nova MTV
Cantora Sheryl Crow na estreia do Vevo: site oferece música da Universal e da Sony, bem como da EMI Music, e programação das estações de rádio da CBS e da Last.fm.

NOVA YORK - Em um vídeo preto e branco com baixa definição, como se fosse a imagem de uma câmera de segurança, se pode perceber o corpo musculoso do rapper 50 Cent destruindo dezenas de televisores com um bastão de beisebol.
Mensagem nada sutil, o clipe é parte de uma campanha publicitária do Universal Music Group, parte da Vivendi, que comprou o controle da operadora brasileira GVT, e da Sony Music Entertainment, dois gigantes da música que esperam que o site Vevo.com elimine a televisão como local preferido do público para videoclipes de música.
O Vevo oferece música da Universal e da Sony, bem como da EMI Music, e programação das estações de rádio da CBS e da Last.fm, também controlada pela CBS. No total, cerca de 30 mil vídeos estão disponíveis.
A ideia é criar uma MTV para a era digital, um site de música no qual todos os vídeos recentes e antigos possam ser encontrados. O modelo de negócios é semelhante ao do Hulu, o popular site de filmes e música.
A estreia do Vevo surge em um momento de rápida queda de receita e lucros para as gravadoras, devido ao impacto combinado da queda da venda de CDs, pirataria online e evolução dos métodos pelos quais os fãs podem descobrir música nova.
Além disso, a MTV Networks, controlada pela Viacom, já não é mais considerada como veículo importante para videoclipes musicais, e embora o YouTube, do Google, se tenha tornado ferramenta importante para as gravadoras no que tange a revelar música, não foi capaz de atrair verbas publicitárias fartas.
Mas o Vevo conseguiu conquistar algumas das marcas de prestígio que preferiram evitar o YouTube e seu conteúdo aleatório criado por usuários. Isso se deve em larga medida ao alto valor de produção de seus vídeos e aos artistas conhecidos que os estrelam.
Na verdade, o Vevo foi lançado com o apoio de quase 20 novas parcerias publicitárias com nomes que incluem Colgate-Palmolive, MasterCard, McDonald´s e AT&T.
Eles pagarão um preço quase premium da ordem de 20 a 45 dólares por mil visitantes, disse Rio Caraeff, presidente-executivo do Vevo, em entrevista.
"Estamos oferecendo aos anunciantes oportunidades que eles não encontrariam em qualquer lugar", disse Caraeff, que contratou mais de duas dúzias de executivos para vender publicidade.

Fonte: info.abril.com.br


Google ganha apoio do The New York Times

Google ganha apoio do The New York Times
Esperança do Google é de que o Living Stories ajude os jornais a se adaptarem ao ambiente digital.

MOUNTAIN VIEW - O Google está se unindo ao The New York Times e ao The Washington Post para melhorar seu relacionamento com a indústria de mídia.
O novo projeto, chamado "Living Stories", estreou ontem na seção experimental "labs" do gigante das buscas.
O serviço tornará mais fácil para os leitores acompanhar notícias de um mesmo assunto que se desenvolve, e reunirá tanto reportagens do Times como do Post
O Google não está pagando nada aos jornais para exibir seu conteúdo e não há nenhum plano de vender anúncios inseridos no material, de acordo com Josh Cohen, gerente de produto da companhia responsável pelo projeto.
A esperança do Google é de que o Living Stories ajude os jornais a se adaptarem ao ambiente digital.
Diferentemente de Rupert Murdoch, CEO da News Corp. que critica o gigante por utilizar material de seus jornais e revistas sem oferecer nada em troca, o The New York Times considera o Google um aliado, segundo Martin Nisenholtz, responsável pelas operações online do veículo.

Google libera Chrome beta para Linux e Mac

Google libera Chrome beta para Linux e Mac

SÃO PAULO - Como parte dos esforços do Google para tornar seu navegador mais popular, o gigante das buscas liberou versões beta do Chrome para distribuições Linux e computadores com Mac OS.

Na verdade, estas versões do Chrome já circulavam na web e contam com uma pequena, mas significativa, comunidade de usuários, tanto na plataforma de software livre quanto no sistema da Apple.

Agora, no entanto, as versões recebem a etiqueta ´beta´ da Apple e uma garantia a mais por parte do Google de que o browser opera de forma mais estável nas novas plataformas.

No blog de desenvolvedores do Chrome, o Google promete lançar novos betas para Linux e Mac do Chrome até 12 de janeiro. Até lá, a companhia espera melhorar a estabilidade das versões do Chrome.

Apesar da etiqueta beta, no entanto, os comentários em torno do Chrome para Linux e Mac são positivos e indicam que os aplicativos funcionam de forma bastante estável.

Ao mesmo tempo, o Google liberou o uso de extensões para Chrome em Windows e Linux. Antes, usuários do Windows só podiam usar as extensões nas versões do Chrome para desenvolvedores. Agora, podem também na versão beta.

Só ficou de fora do uso de extensões os usuários de Mac. O Google promete liberar o recurso para Mac OS em breve.

As extensões disponíveis no momento permitem personalizar o navegador adicionando temas ou incluindo widgets para ler PDFs e outros recursos. Ao todo, são 300 extensões disponíveis, um número ainda pequeno se comparado às milhares milhares de extensões disponíveis para Firefox.

Vá ao Downloads INFO para baixar o Chrome para Mac. Para baixar a versão do Chrome para Linux ou Windows, visite o site de Downloads da INFO.

Fonte: info.abril.com.br

Apple terá tablet em 2010, diz análise

SÃO PAULO - A Apple está se preparando para lançar um tablet no final de março ou abril, com parceiros prontos para fabricar até 1 milhão de unidades por mês, segundo relatório da Oppenheimer.

A expectativa é de que o antecipado aparelho, um computador em formato de uma prancheta com tela, lance a Apple no mercado de livros digitais popularizado pelo "e-reader", ou dispositivo de leitura, da Amazon.com, o Kindle. A Apple não quis comentar o assunto.

O analista Yair Reiner, da Oppenheimer, afirmou que o novo tablet poderia impulsionar o lucro por ação da gigante de tecnologia de 0,25 dólar para 0,38 dólar por trimestre, na hipótese de que a empresa venda entre 1 milhão e 1,5 milhão de unidades por trimestre, a um preço médio de 1 mil dólares e com uma margem líquida média de 22 por cento.

"O que checamos na cadeia de fornecedores da Apple indica que o processo de produção do tablet já está em andamento e deve atingir o nível de produção em massa em fevereiro", escreveu Reiner.

"O cronograma de fevereiro sugere que o lançamento ocorra no final de março ou em abril, uma vez que a Apple precisa criar pelo menos cinco ou seis semanas de estoque antes de os produtos chegarem ao mercado", acrescentou.

Ele afirmou que o tablet terá uma tela sensível a toque de LCD, semelhante à do iPhone, de 10,1 polegadas.

A Apple também fez propostas a editoras para poder distribuir seu conteúdo digitalmente, e ofereceu uma participação de 70 por cento na receita sem contrato de exclusividade, segundo Reiner.

Para o analista, a proposta é melhor que o acordo do Kindle com editoras de apenas 50 por cento da receita. Apenas editoras que assinem contrato de exclusividade com a Amazon.com recebem 70 por cento da receita gerada pela distribuição digital de seus livros.

Fonte: info.abril.com.br

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Celular não causa câncer, diz pesquisa

Celular não causa câncer, diz pesquisa

SÃO PAULO – As radiações emitidas pelos telefones celulares há tempos levantam a discussão: afinal, elas poderiam causar câncer nos usuários?

Segundo o mais recente trabalho divulgado a respeito, não. Quem vive pendurado no aparelho pode ficar tranqüilo, pois não existem evidências ligando o uso de celulares à doença.

Os pesquisadores do Instituto Dinamarquês de Epidemiologia do Câncer, em Copenhague, acompanharam 420.095 pessoas que utilizam celulares. Algumas delas adquiriram seu primeiro aparelho há muito tempo, entre 1982 e 1995, o que deu aos cientistas mais de duas décadas de análise em alguns casos.

No grupo estudado houve 14.249 casos de câncer entre homens e mulheres. No entanto, ao comparar esses dados com a incidência da doença na população normal, os pesquisadores não encontraram nenhum número relevante. Isso quer dizer que os uso de aparelhos celulares não foi associado a tumores cerebrais, tumores das glândulas salivares, tumores de olhos ou leucemia, por exemplo.

Essa conclusão também é válida para os mais de 56 mil usuários do grupo que possuíam celulares há mais de uma década, indicado que nem mesmo aqueles expostos a mais tempo à radiação foram afetados.

Fonte: info.abril.com.br

Asteróide 'assou' dinossauros, diz estudo

Asteróide ´assou´ dinossauros, diz estudo
SÃO PAULO - Há 65 milhões de anos, um asteróide de 10 quilômetros de diâmetro teria caído na Terra e causado a extinção da maioria das espécies do planeta – inclusive dos dinossauros.

O impacto teria feito com que a superfície recebesse uma grande dose de radiação, e as temperaturas teriam se elevado a 260º C por tempo suficiente para causar a ignição da madeira nas florestas ao redor do mundo.

Essa combinação de fatores teria literalmente incinerado as plantas e animas – o que significa que os dinossauros morreram carbonizados.

Apesar de explicar o fim de grande parte da vida no término do período Cretáceo, esse modelo não explica satisfatoriamente como algumas espécies teriam sobrevivido a uma exposição tão duradora a altas temperaturas. Além disso, não há grandes indícios de fuligem em escavações que comprovem um incêndio generalizado no planeta.

Tentando encontrar uma explicação melhor, Tamara J. Goldin e Jay Melosh, trabalhando na Universidade do Arizona, chegaram a um novo modelo que afirma: o impacto do meteoro não incinerou os dinossauros e outros seres vivos – somente os assou.

De acordo com novos cálculos, as temperaturas após o impacto teriam permanecido a 260º C por apenas alguns minutos, o que permitiria que animais embaixo da terra ou dentro da água tivessem uma chance de sobreviver durante esse tempo.

Os seres vivos desprotegidos teriam morrido devido ao calor, sofrendo como se estivessem em um forno – porém não seriam carbonizados.

O novo modelo levou em conta algo que, segundo os autores, foi deixado de fora em estudos anteriores: os efeitos na atmosfera das partículas levantadas pelo impacto. Segundos após o choque, a temperatura começou a se elevar drasticamente mas, ao mesmo tempo, partículas e detritos lançados ao ar pela queda teriam começado a se acumular na atmosfera.

Em pouco tempo, esses detritos teriam formado um escudo natural, que bloqueava grande parte da radiação e contribuía para a diminuição da temperatura. Eles também teriam prevenido a ignição desenfreada das florestas – apesar de não conseguirem evitar que, em alguns pontos menos protegidos, a madeira entrasse pegasse fogo.

O estudo foi publicado na Geology.

Fonte: info.abril.com.br

Coca-Cola e Kaiser vão patrocinar Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos

As duas marcas serão estampadas nos interiores dos estádios e em campanhas publicitárias
Divulgação
Da esq: Andrés Sanchez (Corinthians); Norberto Moreira (Santos); padre Marcelo Rossi; Luiz Gonzaga Beluzzo (Palmeiras); Juvenal Juvêncio (São Paulo)
Por Verena Souza

Os grandes rivais do futebol paulista, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos, anunciaram uma parceria de negócios nesta quarta-feira (09/12), batizada de G4. As marcas de bebidas Coca-Cola e Kaiser, esta última fabricada pelo grupo mexicano Femsa, serão os patrocinadores oficiais do grupo até dezembro de 2014.

Pela primeira vez, esses quatro times, que têm cerca de 57 milhões de torcedores espalhados pelo Brasil, se unem para, juntos, desenvolverem diversas ações no âmbito do futebol. A sociedade consiste em cotas de 25% para cada clube.

A paz no esporte e nos estádios será o mote de todas as iniciativas do G4, segundo José Carlos Peres, superintendente do Santos em São Paulo e presidente da instituição. E, para isso, o padre Marcelo Rossi foi escolhido como representante da paz e também para participar das ações do G4 nos seis primeiros meses. "Queremos resgatar as famílias nos estádios", afirmou o padre Marcelo Rossi durante coletiva de imprensa.

O G4 é formado pelo conselho dos presidentes dos clubes envolvidos: Andrés Sanchez (Corinthians); Luiz Gonzaga Beluzzo (Palmeiras); Juvenal Juvêncio (São Paulo) e Marcelo Teixeira (Santos), pelos respectivos diretores de marketing; além dos representantes da Femsa Cerveja Brasil, Coca-Cola Femsa Brasil e Coca-Cola Brasil.

A principal meta da parceria é explorar os potenciais sinérgicos dos quatro clubes e, dessa forma, gerar receita. "Os clubes, as marcas e os consumidores serão beneficiados com essa união", disse Ricardo Moricci, diretor de marketing da Femsa Cerveja Brasil.

Alguns objetivos já foram traçados. São eles: incentivar entretenimento e shows nos estádios; promover a internacionalização dos quatro times, por meio de amistosos; criar uma clínica infantil de futebol em conjunto; modernizar o processo de comercialização de ingressos pela internet; criar políticas compatíveis de fixação de preços dos ingressos; entre muitas outras.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, esteve presente no evento de lançamento do G4 desta tarde e afirmou: "Essa ação conjunta fortalece o esporte e a cidadania. Esse anúncio acontece bem depois de um trágico exemplo de violência no domingo passado", ao se referir à pancadaria após o jogo Coritiba 1 x 1 x Fluminense, no estádio Couto Pereira, em Curitiba, pela última rodada do Brasileirão.

Marcas Kaiser e Coca-Cola

As marcas de bebidas Coca-Cola e Kaiser vão aparecer em diversas embalagens temáticas em referência aos clubes, nas placas localizadas nos interiores dos estádios, em campanhas publicitárias e de marketing, além de participarem de promoções exclusivas do G4.

Ambas as marcas já têm uma longa história com o futebol brasileiro. A Coca-Cola, por exemplo, é patrocinadora oficial de Copas do Mundo desde 1950, quando aconteceu a primeira e única Copa no Brasil. Já a Kaiser é responsável pelo principal campeonato de futebol amador no país, a Copa Kaiser. Além de patrocinar o campeonato paulista feminino, denominado oficialmente como Campeonato Paulista Kaiser de Futebol Feminino.

Rivalidade onde fica?

De acordo com os representantes do G4, a parceria nasce para maximizar a rivalidade e minimizar a inimizade.

"Sem dúvida que a rivalidade em campo vai continuar, até porque ela é o oxigênio do futebol, é ela que traz emoção. E emoção é o nosso principal produto", afirmou Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo.

O grupo Femsa não revelou quanto estima investir no G4, somente admitiu tratar-se de valores vultosos, ainda mais tendo em vista duas Copas pela frente.

Segundo Beluzzo, do Palmeiras, com certeza o acordo visa elevar as receitas dos clubes em conjunto e também individualmente. "Espero que isso traga empresas interessadas da grandeza e competência da Femsa e que podemos avançar nesse tipo de negócio no país", disse Beluzzo.

De acordo com a Femsa, os lucros decorrentes dos negócios serão divididos igualitariamente entre os quatro clubes, a não ser em caso de ações individuais com cada time.

Fonte: portalexame.abril.com.br

O pensamento infantil sobre os fenômenos naturais

Entenda de que forma os pequenos criam teorias e explicam os fenômenos naturais até se aproximarem dos conhecimentos científicos

Thais Gurgel (thais.gurgel@abril.com.br)

"Este é o planeta e as estrelas. E estas são estrelas também. E o astronauta." Yolanda

"Tem uma Lua ajuntada (cheia) que parece uma bola e tem uma outra que é sem ajuntada." Yolanda

"Sem ajuntada é quando ela tá sumindo. Quando ela tá ajuntada é quando é meia-noite." Julia

"Aí, não é. Quando tá meia-noite, a gente tá dormindo. Então a Lua não tá ajuntada." Yolanda

Revirando a memória, todos nós recordamos de ambientes, passagens e sensações da infância. Mas você saberia dizer como costumava explicar a alternância entre o Sol e a Lua no céu? A criança tem uma maneira muito peculiar de entender o mundo e, à medida que cresce, se desenvolve, tem acesso a novas informações e experiências e esquece seu antigo modo de pensar.

O professor de Educação Infantil, como muitos outros adultos, presencia e vive essa evolução. Conhecer a maneira como os pequenos formulam as primeiras explicações para a dinâmica dos astros (veja o desenho ao lado) não é apenas reviver o frescor da visão sem as amarras dos primeiros anos de vida. Um educador que considera os processos por que passa a criança qualifica suas intervenções no contato diário com ela. Afinal, o que se quer é tornar cada vez mais sofisticada, coerente e ativa a forma de ela apreender a realidade.

Em rodas de conversa, é comum ouvir explicações curiosas sobre os fenômenos naturais, tais como: "O vento sopra o Sol para que ele não caia na Terra" e "A Lua segue o carro da gente pela estrada". Presente no cotidiano, a natureza está entre os primeiros aspectos sobre os quais os pequenos formulam teorias.

Um ponto importante para começar nessa aprendizagem é garantido já no primeiro ano de vida. O bebê adquire uma noção de abstração. Ele percebe que os elementos ao seu redor existem independentemente de os estar vendo - o conceito de permanência dos objetos.

Assim, ele passa a criar imagens mentais sobre as coisas - ele sabe que a mamadeira existe, por isso pode evocá-la mesmo quando não está em seu campo de visão. Com a aquisição da linguagem, a criança entra no território do simbólico: uma palavra, uma expressão corporal ou um desenho representam um objeto ou conceito e, com base na associação de alguns deles, cria-se uma ideia.

Com esses recursos, ela pensa sobre tudo o que vê, ouve e sente. Nesse contexto, entram em cena os famosos "por quês?". O fato, porém, é que os pequenos se põem muito mais questões do que expressam e as resolvem formulando teorias. Para isso, lançam mão de um repertório de informações e da observação dos fenômenos, relacionando-os de maneira muito particular. Uma característica desse processo é a de se colocarem como a figura central nas explicações - se eles estão dormindo e não podem ver o céu, a Lua não pode estar cheia (leia o diálogo acima). Esse princípio se liga à afetividade, que, segundo o francês Henri Wallon (1872-1962), é o que mais influencia a criança nas relações que estabelece entre as informações assimiladas. "É por isso que, quando ela pergunta 'por que fica de noite?', o adulto pode entender que ela está perguntando 'porque fica noite para mim?'", explica Heloysa Dantas, educadora estudiosa do pensamento de Wallon. "O adulto pode dar a explicação que achar conveniente, mas a que contentaria mais a criança em suas inquietações pessoais seria 'fica de noite para você poder dormir'."

Outras lógicas frequentes nas explicações infantis são o animismo e o artificialismo. Pela primeira, atribuem-se características e ações humanas aos mais diversos elementos da realidade ("O Sol vai dormir. Por isso, fica noite!"). De acordo com o segundo, entende-se que todos os fenômenos podem ser explicados por um processo de fabricação artesanal ("As montanhas se formam porque os homens colocam terra em cima"). Wallon define o pensamento infantil como sincrético, uma espécie de nuvem de elementos que vão se combinando para criar sentidos (veja o desenho abaixo e leia o diálogo acima).

“Este é o céu de noite. Aqui, a borboleta está dormindo, pintada de preto, porque tá escuro. Este é o céu de dia, com a borboleta vermelha porque tá claro.” Giovanna

"Por que a fivelinha não sai voando?" Monique

"Ela não tem asa para voar." João

"Tudo o que a gente jogar vai cair no chão?" Monique

"Vai! Só passarinho que não." Giovanna

"E o que puxa as coisas para o chão?" Monique

"Ímã!" Giovanna

"Nesta parte da Terra está de noite porque os raios do Sol não tão batendo aqui. Eles tão batendo do outro lado do planeta, que vai girando ao redor do Sol. Quando anoitece, é o Sol que está escondido atrás das nuvens." Anita

Como se vê, a lógica científica não é o principal parâmetro da criança para esclarecer o funcionamento das coisas. "Ela relaciona o que lhe parece adequado, sem necessitar submeter a ideia a convenções preestabelecidas", afirma Heloysa. Sem se dar conta, os pequenos criam metáforas para explicar a realidade. "Daí a riqueza poética de sua forma de pensar. Entender o Sol e a Lua como namorados brigados que nunca ficam juntos segue o mesmo padrão de raciocínio apresentado por Camões, em Os Lusíadas, ao tratar uma pedra grande por Gigante Adamastor. É algo da natureza do pensamento infantil que apenas os artistas não abandonam em prol da lógica prática."

É preciso ainda levar em conta que a criança constrói formulações de acordo com suas possibilidades cognitivas. Os conhecimentos científicos - complexos e abstratos que requerem um raciocínio hipotético-dedutivo - ainda são inacessíveis aos pequenos. Mas é na Educação Infantil que eles começam um percurso de aprendizagem e desenvolvimento que os tornará capazes de operá-los melhor.

O bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) diferenciou os dois tipos de conceito que convivem na compreensão da criança pequena sobre o mundo que a cerca: os científicos (assimilados na instrução formal) e os cotidianos (obtidos no convívio prático).

O pensador desenvolve sua teoria com base na ideia de que os primeiros saberes da criança sobre o mundo vão se sofisticando ou perdendo espaço para outros, mais próximos dos conhecimentos científicos. "Primeiro, ela conhece o cachorro da casa dela. Em seguida, vai entendendo que aquele cachorro é um ser vivo, para depois assimilar que pertence à espécie dos canídeos e também é um mamífero", explica Teresa Cristina Rego, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e especialista nas obras de Vygotsky.

As formulações criadas pelos pequenos nos primeiros anos de vida também estão ligadas a situações e elementos proporcionados pelo meio em que vivem. Ao ver uma foto de uma nebulosa (corpo celeste gasoso e nevoento), uma menina de 4 anos define: "É uma nave alienígena" - algo que dificilmente seria dito por uma criança de uma comunidade indígena isolada. A linguagem, portanto, é apenas uma das condições para o pensamento abstrato, que ajudaria a moldar esse olhar da criança e a sua forma de construir formulações.

Se a cultura influencia a observação e a explicação de fenômenos, também não se pode retirar da criança o papel principal do desenvolvimento de seu próprio pensamento. "Ela não se contenta em repetir o que é dado culturalmente. É ativa e produz em cima disso", argumenta Monique Deheinzelin, assessora da Escola Comunitária de Campinas, a 100 quilômetros de São Paulo.

Nessa construção, no entanto, alguns cuidados precisam ser tomados. Embora a explicação pessoal para os fenômenos naturais tenha grande importância no desenvolvimento infantil, cabe à escola aproximar os pequenos dos conhecimentos científicos. E isso vai se dando aos poucos. A criança pode até saber que está de noite porque os raios do Sol não batem aqui, em uma explicação que faria acelerar o coração de qualquer docente da pré-escola.

Na mesma conversa, no entanto, ela pode dizer que anoitece quando o Sol está escondido atrás das nuvens (leia a frase acima). Como analisa Zilma de Moraes Oliveira, professora aposentada da Faculdade de Filosofia, Ciências Sociais e Letras da USP, em Ribeirão Preto, a 315 quilômetros de São Paulo, o docente não deve nem ignorar o raciocínio infantil nem impor a teoria adulta. "O educador deve criar um ambiente de escuta. É uma atitude de inclusão da criança em um ambiente de reflexão", diz. "Compreendendo a linha de pensamento dos pequenos, o docente localiza pontos para intervir", afirma.

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CONTATOS
Heloysa Dantas
Teresa Cristina Rego
Zilma de Moraes Ramos de Oliveira

BIBLIOGRAFIA
As Origens do Pensamento na Criança, Henri Wallon, 540 págs., Ed. Manole, tel. (11) 4196-6000 (edição esgotada)
Henri Wallon: uma Concepção Dialética do Desenvolvimento Infantil, Izabel Galvão, 136 págs., Ed. Vozes, tel. (24) 2233-9000, 21,20 reais
Vygotsky - Uma Perspectiva Histórico-Cultural da Educação, Teresa Cristina Rego, 140 págs., Ed. Vozes, 21,20 reais
Pensamento e Linguagem, Lev Vygotsky, 216 págs., Ed. Martins Fontes, tel. (11) 3082-8042, 38,90 reais

Fonte: revistaescola.abril.com.br