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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pesquisa mostra que 95% das empresas no Brasil não têm iniciativa

Livro que será lançado nesta semana fala sobre como desenvolver gestão proativa e trata de casos de sucesso, como a Tecnisa

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Leonardo Araújo, professor da Fundação Dom Cabral: "estratégia de proatividade requer algum tempo para mostrar resultados"

A maioria das empresas brasileiras e das multinacionais que atuam no País não costuma se antecipar a mudanças no mercado, como alterações no perfil dos consumidores. Isso é o que mostra uma pesquisa conduzida pelos professores Leonardo Araújo e Rogério Gava, da Fundação Dom Cabral.

Das 257 companhias estudadas, 95% mostraram nível de proatividade entre baixo e médio. “Isso ocorre porque é mais confortável esperar a mudança chegar. Os riscos envolvidos são menores do que para quem é mais inovador e se antecipa ao mercado ou é o próprio causador das mudanças”, diz Araújo.

Outro motivo para o baixo índice de proatividade é a falta de entendimento correto do termo. “Em entrevistas com CEOs [sigla em inglês para presidente executivo], percebemos que existe a ideia de que ser proativo é reagir com rapidez a alguma mudança, quando isso na realidade é ser reativo”, afirma o pesquisador.

Apesar de ainda não fazer parte da cultura empresarial no País, Araújo diz que ser proativo é questão de escolha e está ao alcance de todas as companhias. No livro “Empresas proativas – como antecipar mudanças no mercado”, que será lançado nesta semana em Belo Horizonte, os pesquisadores definiram oito capacidades que precisam ser desenvolvidas nas empresas. Dentre elas estão lidar com riscos e erros, visualizar o futuro e gerenciar bem as pressões de curto prazo.

Estratégia de longo prazo

“Muitas vezes os investidores de uma companhia querem resultados imediatos e, normalmente, a estratégia de antecipação e proatividade requer algum tempo para se efetivar”, diz Araújo. Ainda assim, o estudo mostra que quem investe em inovação e busca antecipar mudanças em sua área de atuação ganha participação de mercado e têm rentabilidade maior.

A experiência da construtora Tecnisa, citada no livro como um caso de sucesso em proatividade, mostra que é preciso focar no longo prazo. “Começamos a trabalhar com internet em 2001, mas faz quatro anos que começamos a ter resultado”, diz Romeo Busarello, diretor de marketing e ambientes digitais da Tecnisa.

Ele conta que a empresa adotou um conjunto de práticas muito agressivas na área digital – em redes sociais, jogos de simulação, chats com clientes – e teve resultados “muito atraentes”. Segundo o executivo, 35% das vendas de imóveis da Tecnisa são originadas pela internet. “Nossa marca também ficou fortalecida. Empresa sempre teve o DNA de inovação”, diz Busarello.

Fonte: IG

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