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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Papel absorvente ignora crise e anima a indústria a investir

O único segmento do tipo de papel que tem apresentado crescimento, ao lado do de imprimir e escrever, é o tissue ou papel para fins absorventes. O segmento ignorou a crise mundial por dois motivos: o aumento da renda do brasileiro e a inelasticidade de demanda por se tratar de um produto de consumo básico.

No primeiro semestre o aumento da produção no acumulado do ano foi de 1,2% mesmo com a fraca demanda em decorrência do impacto psicológico da crise, que perdurou até março.

Contudo, a tendência reverteu e há novos entrantes nesse mercado e novas capacidades produtivas sendo preparadas para atender a este aumento da demanda, que no próximo ano leva a uma expectativa, ainda não oficial, de crescimento entre 5% e 6% sobre 2009.

Para a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), o aumento da oferta de papéis desse segmento é o resultado da demanda interna em alta com a inclusão de novos consumidores, principalmente no Nordeste do país onde a preferência é por produtos de folha simples, enquanto há a migração para segmentos de maior valor no Sul e Sudeste.

Essa inclusão de mais consumidores na economia brasileira é um reflexo do aumento da massa de rendimentos do brasileiro. Segundo o especialista em papel e celulose da Tendências Consultoria, Bruno Rezende, esse aumento ficou na casa de 7,8% no ano passado e a expectativa é de que esse índice seja mantido em alta, mais moderada, com 2,9%, mesmo com a crise mundial.

Foi a conjuntura econômica que levou a Kimberly-Clark, que atua tanto no segmento de bens de consumo (voltado ao varejo) e no institucional (às empresas) a planejar aumento de produção em papéis higiênicos e fraldas, e mais para frente, aumentar a produção de absorventes femininos. Segundo o diretor de operações industriais da empresa, Ricardo Tobera, apesar desse planejamento, o mercado brasileiro ainda tem muito potencial de crescimento em função do consumo médio no Brasil que é de 4,5 quilos de papéis tissue por pessoa. "Em mercados maduros, essa média passa de 25 quilos", afirmou ele. "Atualmente os higiênicos respondem por 73% de toda a nossa demanda, as vendas para empresas por 16% e lenços é ainda incipiente, com apenas 0,5% de todas as vendas, isso aponta para um mercado com amplo potencial", apontou o executivo. A gripe suína foi um fator que ajudou a aumentar as vendas de lenços.

O único tipo de papel que tem apresentado crescimento é o tissue, ou papel para fins absorventes. Dentre os motivos da alta, está o aumento da renda do brasileiro.

Fonte: DCI

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