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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Uma nova TV infantil via web chega ao Brasil

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Uma programação infantil televisiva personalizada. Essa é a proposta do Clube DX TV, um
produto multiplataforma que une internet, televisão e redes sociais. Por meio de um computador, tablet ou smartphone crianças de 4 a 10 anos podem acessar mais de mil horas de conteúdo infantil e compartilhá-lo pelo Facebook e Twitter. Dentre os desenhos estão séries famosas, como Backyardigans, Moranguinho, Sid o cientista, Barney e outros.

Ao digitar o login e a senha no site www.clubedx.tv.br, a criança acessa um conteúdo personalizado de acordo com suas preferências. O sistema também oferece uma playlist (ou mosaico) de opções de acordo com a faixa etária da criança. “Se constatarmos que determinado conteúdo não está sendo acessado, nós o substituímos. Para formar os mosaicos e verificar a aceitação do conteúdo, estamos fazendo testes com cerca de 30 mil usuários desde setembro do ano passado”, afirma Eduardo Mace, presidente da Log On Multimídia, responsável pela criação do Clube DX TV e uma das maiores editoras e distribuidoras de conteúdo do Brasil - ela é parceira de grandes produtoras internacionais como BBC e National Geographic. O Clube DX está no mercado desde outubro deste ano. "O anúncio oficial só foi feito agora porque precisávamos fazer todos os testes necessários para apresentá-lo a um público maior", afirma Mace. Segundo ele, a audiência aumenta consideravelmente nas sextas-feiras, dia em que são lançadas novidades.

O investimento do Clube DX em estrutura, tecnologia e marketing foi de R$ 8 milhões. Somado aos outros 11 produtos DX, também voltados ao consumo de conteúdo, o investimento é de R$ 38,8 milhões. Considerando todos os produtos, o retorno gerado entre abril e outubro deste ano é de R$ 500 mil.

Os conteúdos do Clube DX podem ser consumidos inicialmente de duas formas: pacotes de assinatura ou “cards”. A primeira opção tem um custo mensal de R$ 9,90. Para fazer a assinatura, é preciso assinar um contrato anual e manter o vínculo por pelo menos três meses para não pagar multa. Quem optar pelos cards também pagará o valor de R$ 9,90, mas poderá consumir apenas a série escolhida em um período determinado. Eles podem ser comprados nas livrarias Saraiva ou em promoções voltadas para o público infantil.

Outra importante parceria foi feita com a Sony. Apesar de exigir um computador com banda larga de no mínimo 800Kbps (o ideal para consumo é de 1.5MB), o Clube DX também estará nos televisores da marca japonesa a partir de 17 de janeiro de 2012. Os desenhos poderão ser vistos pelo navegador da Sony Internet TV, plataforma da marca para acessar a web. “Esse é um contrato de exclusividade. Serão mais de 4 milhões de TVs da marca com o Clube DX embarcado e nossa meta é que o serviço também esteja disponível no Playstation”, afirma Mace.

Mais de 150 mil computadores de marcas como Semp Toshiba, Itautec e Positivo também terão o produto embarcado. A TV Alphaville, empresa de televisão por assinatura do Grupo Silvio Santos, é outra aposta. “Ela será uma afiliada de conteúdos regionais. Além de oferecer o pacote do DX, também produzirá conteúdos regionais ao vivo”, diz Mace. Mas o conteúdo será consumido da mesma forma: por meio de um PC ou Mac, tablet com sistema Android (em 2012 também estará disponível para iPad), smartphone ou um televisor Sony. Outra opção é conectar um televisor de qualquer marca a um computador.

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Com as parcerias e ações, o Clube DX já conta com quase 23 mil assinantes e 46 mil usuários cadastrados. O objetivo da Log On é chegar a 200 mil assinantes e mais de 3 milhões de usuários cadastrados até o final de 2012.

No início do ano que vem, o consumidor também terá acesso a um novo produto, o DX TV Prime, formato voltado para adultos, com conteúdos jornalísticos, séries e filmes. A empresa ainda não definiu valores de pacotes de assinaturas e ações promocionais.

Conteúdo

Apesar de a tecnologia e a estrutura serem totalmente nacionais, a maior parte do conteúdo é internacional. “Na Europa e Estados Unidos, as emissoras reservam os direitos autorais e liberam para outros países. Com isso, fica mais fácil produzirmos algo como o Clube DX TV no Brasil. Nos Estados Unidos, isso seria praticamente impossível”, afirma Mace. Por esse motivo, os desenhos podem ser assistidos apenas na América Latina.

Oferecer conteúdo nacional também é mais difícil em função de contratos com as emissoras. “As produtoras nacionais só pensam em produzir para televisão. Dessa forma, o conteúdo não consegue ser liberado e fica vinculado às emissoras. Mas também estamos totalmente abertos a conversar com produtoras independentes”, diz Mace.

Fonte: Época Negócios

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