A economia avança cada vez mais devagar e o mercado reforça a aposta de que o Brasil vai crescer em 2011 menos da metade do ano passado. Pesquisa divulgada pelo Banco Central mostra que a previsão dos analistas para a expansão do País neste ano caiu de 3,20% para 3,16%, na sexta redução seguida. Em 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 7,50%.
A recente piora das previsões é resultado dos sinais de que o Brasil sente cada vez mais os efeitos da crise. "A economia brasileira está desacelerando mais do que o esperado, e esse enfraquecimento deve se estender até o início de 2012", avalia a pesquisa macroeconômica mensal do Itaú. Entre os indicadores que reforçam a percepção, está o elevado nível de estoques, fato que reduz a demanda e a força da produção industrial.
Esse movimento é explicado pelo efeito da alta do juro básico no primeiro semestre e a menor demanda externa. O quadro levou o Itaú a ficar mais pessimista que o resto do mercado, e o banco cortou a previsão de crescimento do PIB de 3,2% para 3% em 2011. Alguns analistas já trabalham até com a hipótese de que a economia brasileira pode ter desempenho negativo - ou seja, retração - no último trimestre do ano.
A economia mais lenta, porém, tem um efeito positivo: com a menor demanda, preços tendem a subir menos. Por isso, o mercado voltou a trabalhar com a hipótese de que a inflação deve ficar dentro da meta em 2011. A previsão para o IPCA neste ano caiu de 6,50% para 6,48%. Com a retração, o número volta a ficar dentro dos limites aceitáveis, após seis semanas em que a estimativa estava ou no teto da meta - de 6,50% - ou um pouco acima desse patamar máximo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Istoé Dinheiro
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