Header

sábado, 26 de novembro de 2011

Geração Y deve romper o departamento de TI

O comportamento e as preferências da geração criada com dispositivos móveis transformam os ambientes de trabalho dentro das corporações

http://informationweek.itweb.com.br/img/2011/09/23/1774-retencao-talentos.jpg

O departamento de TI estimula a nova geração de trabalhadores que espera usar os seus próprios dispositivos no trabalho. De acordo com pesquisa divulgada pela Cisco, “mais de duas em cada cinco pessoas com menos de 30 anos – intituladas geração Y – aceitariam receber um salário menor para atuar em um ambiente mais flexível, com a vantagem de poder escolher o seu próprio device, ter acesso livre as mídias sociais e mobilidade. Salários mais altos em locais com menos flexibilidade já não atraem. “Este é um número que os gestores devem considerar. Companhias mais restritas não despertam tanto interesse dos candidatos nas oportunidades de emprego que oferecem”, revela o estudo.

Estudantes e recém-graduados apenas conheceram a vida com telefone celular, e, mais recentemente, com smarthphones. Seus celulares inteligentes se tornaram uma extensão do corpo e essas pessoas sentem-se invadidas quando um empregador as obriga a desistir do seu próprio dispositivo em função de problemas na companhia.

“Eles vêm isso como gestão da sua vida pessoal”, avalia Dan Croft, presidente e CEO da Mission Critical Wireless. “A distinção entre trabalho e brincadeira mudou drasticamente se comparada há 20 anos.” Funcionários estão aumentando a expectativa de trabalhar remotamente e esperam ter permissão para usar os seus próprios dispositivos para fazer isso. Se estiverem trabalhando em casa, esperam poder se divertir um pouco.

O Acquity Group testemunhou em primeira mão as exigências que novos funcionários fazem em um departamento de TI. A empresa de consultoria, que desenvolve sites para a Kohl’s e Saks Fifth Avenue, contratou 400 funcionários este ano – sendo 25% recém-formados.

“Certamente essas pessoas souberam que teriam acesso a tudo o que queriam”, acredita Jim Newman, do Acquity Group. Novos funcionários desejam “acesso aos seus próprios meio de comunicação social, mídia social interna ou e-mail, por meio dos seus próprios dispositivos móveis, onde quer que estejam. Dessa forma, eles valorizam a capacidade de escolher sua própria plataforma ou seu próprio dispositivo móvel”.

No entanto, os departamentos de TI são, geralmente, executados e compostos por uma geração que não cresceu com smarthphones e pode não compreender a importância que esses dispositivos têm para os trabalhadores mais jovens.

“Pessoalmente, eu não deixaria de ganhar um salário maior apenas para usar um iPhone no lugar de um Blackberry”, comentou Larry Seltzer, editor da BYTE. E Seltzer’s não está sozinho. Muitos outros trabalhadores estabelecidos não deixariam, disse Croft. Eles igualam os novos empregados de hoje com os baby boomers, que preferiam pagar para garantir um tempo de folga. As companhias que se adaptam aos novos trabalhadores terão que escolher entre um conjunto de talentos, mas isso irá requerer diferentes habilidades e formas de pensar. Se a TI substitui a loja de aplicativos com os da corporação, é melhor incluir alguns jogos, como Angry Birds.

Fornecer jogos para manter os funcionários enquanto trabalham não faz parte do que a TI tem feito. Eles estão treinados para esconder Solitaire e Minesweeper da política da empresa, para bloquear sites de jogos do firewall ou bloquear o drive de DVD, e, assim, prevenir instalações de programas não autorizados. Mas Croft e outros pensam que isso está prestes a mudar. Departamentos de TI bem sucedidos deverão trabalhar com seus funcionários, para criar um ciclo de feedbacks. Nesse processo, ideias melhores poderão surgir de fora do departamento ou de outros canais tradicionais das corporações.

Da mesma forma que TI tem permissão para autoprovisionar dispositivos e serviços, também deve trabalhar para bloqueá-las. Responder quais questões estão distantes ou concretas devem ser determinadas pela política da companhia. Os interessados devem estabelecer regras, começando pela segurança básica, ou política de senha, por exemplo. A política de senha requer decisão no número de caracteres, complexidade, e prazo de validade. E, mesmo essa pequena parte da segurança e cada um dos seus componentes são brechas de segurança. Mas, uma vez que a política esteja estabelecida, a tecnologia para gerenciar soluções para dispositivos pode ser implementada. Sim, usuários podem trazer seus Androids para o trabalho, mas devem saber que alguém estará controlando o que pode e o que não pode ser colocado nele, e que não terá toda a liberdade que tem fora da empresa.

Todo o departamento de TI está mudando frente à consumerização e isso não tem sido tão fácil como costumava ser. As companhias que entendem e se adaptam a esse novo papel irá abrir vantagem sobre aquelas que vêm o autoprovisionamento, como um luxo concedido a uma geração mimada pelos dispositivos.


Fonte: Information Week

Nenhum comentário:

Postar um comentário