O total de famílias endividadas na cidade de São Paulo baixou para 41% em novembro, uma diferença de dois pontos porcentuais ante outubro. É o terceiro menor nível da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), ficando atrás somente de fevereiro e outubro de 2009, quando o indicador registrou 37,5% e 40,9%, respectivamente. Em novembro do ano passado, o porcentual era de 50,1%.
As famílias paulistanas endividadas em novembro somam 1.472.258, contra 1.542.611 em outubro. A queda, explica a Fecomercio-SP, é justificada pelo alto nível de confiança do consumidor em relação à economia nacional e pela trajetória de queda do nível de desemprego. "Após o primeiro trimestre de alta, o nível de endividamento caiu, registrando níveis abaixo de 50% desde abril e mantendo-se até hoje", afirma a entidade em nota.
Inadimplência
O levantamento mostra ainda que o número de famílias paulistanas com contas em atraso caiu para 8%, o menor resultado da série histórica, iniciada em fevereiro de 2004. São ao todo 287,4 mil famílias com contas atrasadas. Além disso, é a primeira vez que o indicador registra um número com menos de dois dígitos, e bem abaixo dos 17,2% apresentados em novembro do ano passado. Em relação a outubro, houve redução de 2,8 pontos porcentuais. Também foi recorde em novembro o total de famílias sem condições de pagar dívidas: apenas 3,3% encontram-se nessa situação, ante 4,6% em outubro e 5,8% em novembro de 2010.
O cartão de crédito segue como o principal meio de endividamento do paulistano, sendo que em novembro atingiu o maior nível desde janeiro de 2010. Mais de dois terços, ou 76,3%, das famílias pesquisadas possuem esse tipo de dívida. "A popularização do uso do cartão de crédito tem se expandido nas classes C, D e E e são oferecidos até gratuitamente, facilitando o parcelamento das dívidas", analisa a Fecomercio-SP.
Depois do cartão aparecem como meios de endividamento carnês (22,4%), crédito pessoal (11,4%), financiamento de carro (8,4%) e cheque especial (5,1%), entre outros.
Fonte: Diário do Grande ABC
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