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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Jogo Angry Birds terá versão para o cinema

Jere Erkko, vice-presidente para a América Latina da Rovio, empresa produtora do game Angry Birds, vestia uma camisa com o pássaro amarelo do jogo quando parou para conversar com a Folha.

A entrevista aconteceu logo após a palestra de Erkko na Brasil Game Show, feira de jogos digitais que atraiu 60 mil pessoas e ocorreu no centro do Rio de Janeiro até o último domingo.

Em contraste com o semblante raivoso da ave em seu peito, Erkko estava bem-humorado e tranquilo quando disse a primeira frase, em português com forte sotaque finlandês: "Eu conheço bem a Folha! Você não acha que uma tirinha do Angry Birds ficaria bem no jornal?"
A fala de Erkko traduz bem o atual momento de expansão agressiva da Rovio. O executivo disse querer que os pássaros saiam dos games e povoem produtos do mundo off-line, como jornais, revistas, camisetas, bichos de pelúcia e até livros de receitas.
Confira os principais trechos da entrevista:




Peter Vesterbacka, criador de Angry Birds, na entrega do Webbyawards, em junho, em Nova York
Peter Vesterbacka, criador de Angry Birds, na entrega do Webbyawards, em junho, em Nova York

Folha - A Rovio recentemente comprou o Kombo, estúdio finlandês de animação. Há planos para filmes do Angry Birds?
Jere Erkko - Sim, definitivamente. Não podemos dar datas, mas pretendemos lançar filmes próprios, entre curtas e longas-metragens, produzidos pela Rovio. Falando de cinema, também queremos continuar nossa parceria com a Fox, que fez o filme "Rio" e emprestou alguns personagens para uma versão especial do Angry Birds.
Editoria de Arte / Folhapress
Além de filmes e jogos para consoles, que já estão em produção, para onde mais a Rovio quer expandir o universo de Angry Birds?
Já temos histórias em quadrinhos, que circulam em alguns jornais na China e nos EUA. Temos também um livro de receitas chamado "Receitas para Porquinhos Malvados". Já está traduzido para o português.
Vamos lançar como e-book e estamos procurando parceiros locais para lançá-lo em livrarias físicas também. Além disso, já vendemos camisetas, bichos de pelúcia e estamos considerando outros produtos.

A receita dos produtos licenciados paga o desenvolvimento e a promoção dos games, ou eles se sustentam?
Os jogos são muito baratos, cerca de US$ 0,99, e também temos versões gratuitas. Mas temos 350 milhões de downloads do jogo, por isso ele já se paga. Apesar disso, os produtos são uma grande fonte de receita e ajudam a fortalecer a marca.

Há algum jogo da série Angry Birds em desenvolvimento?
Sim, vamos lançar novos jogos sobre o Halloween e o Natal. No ano que vem, vamos ter mais um jogo dos Angry Birds, mas infelizmente ainda não posso falar o tema.

Quantos funcionários trabalham na sede da empresa? Há previsão de expandir a Rovio para outros países? No Brasil, talvez?
Somos cerca de 200 funcionários na sede da Rovio, na Finlândia, e continuamos crescendo. Temos planos de abrir outras filiais em 2012 [já existem uma nos EUA e uma na China], e o Brasil é definitivamente um país a ser considerado. Ainda há poucos smartphones por aqui, mas é um mercado em potencial.
Por exemplo, o Brasil já é o terceiro país que mais joga Angry Birds no Google Chrome. É um mercado que tem futuro, apesar de não ter a App Store de games ainda.

Quem mais joga o Angry Birds? Crianças, jovens ou adultos, mulheres ou homens?
Nosso público vai de 2 até 90 anos. Netos jogam com avós e muitas vezes é o primeiro uso de um aplicativo móvel por ambos. Agora, um dado interessante: todos sabemos que as mulheres são uma parte muito pequena no mundo dos games. Mas, no Angry Birds, o público feminino representa 52% dos jogadores. Isso não significa que seja um jogo específico para mulheres, e sim um jogo para todos os gêneros e todas as idades.

Fonte: folha

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