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quinta-feira, 31 de março de 2011

Mini detector acha células cancerígenas e HIV

http://info.abril.com.br/aberto/infonews/fotos/nano-hiv-cancer-20110328163937.jpg

Graças à nanoteconologia, um dispositivo do tamanho de uma moeda já é capaz de detectar células cancerígenas no sangue e, em um futuro muito próximo, poderá fazer o mesmo com o vírus HIV.

A invenção é de pesquisadores de Harvard e do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e pode se tornar uma forma mais eficiente, simples e barata de se detectar mais cedo os casos de metástase – ou a presença de um vírus específico no corpo.

O dispositivo de microfluido funciona como uma “armadilha”, que captura os elementos presentes no sangue. Ele tem o tamanho de uma moeda e teve sua primeira versão finalizada há quatro anos pelo pesquisador Mehmet Toner. No protótipo, o sangue do paciente passava por dezenas de milhares de pequenas hastes de silício cobertas com anticorpos capazes de se ligar às células do tumor. Qualquer célula cancerígena que passasse pelas hastes ficaria presa a ela pelo anticorpo. No entanto, algumas das células poderiam acidentalmente desviar e, assim, passar despercebidas pelo detector.

As células cancerígenas que circulam no corpo são aquelas que se “libertaram” do tumor original. Elas são muito difíceis de serem detectadas porque são muito poucas. No entanto, saber se elas existem ou não é muito importante para se determinar se houve ou não metástase. De todas as mortes causadas por câncer, 90% delas ocorre por causa das metástases - e não do tumor original.

Para os pesquisadores, a solução então foi construir hastes porosas, e não sólidas, de forma a aumentar a área através da qual o sangue passasse e, consequentemente, aumentar as chances de detectar as células cancerígenas. Com a ajuda do pesquisador Brian Wardle, Toner criou um novo dispositivo com nanotubos de carbono que coleta células cancerígenas oito vezes melhor do que o original.

Os nanotubos de carbono são cilindros ocos que contem átomos de carbono em suas paredes. Para se ter uma ideia de sua porosidade, uma floresta deles, que contem entre 10 bilhões e 100 bilhões de nanotubos por centímetro quadrado, possui menos de 1% de carbono e mais de 99% de ar. Com essa composição, há muito espaço para o sangue fluir.

O dispositivo já está sendo testado em hospitais e, em alguns anos, deve começar a ser comercializado. Os pesquisadores agora trabalham em um teste semelhante para detectar o HIV.

Fonte: Info

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