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segunda-feira, 21 de março de 2011

Indústria de brinquedos quer retomar fatia de importado

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A indústria de brinquedos no Brasil espera um crescimento de 15% para o mercado nacional neste ano, segundo previsão da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos).

Depois de comemorar um avanço de 11% do setor em 2010, fabricantes nacionais querem aproveitar o aumento de impostos a importados para retomar parte da fatia dos estrangeiros no país.

Sétimo mercado de brinquedos do mundo, "o Brasil é um dos únicos sobreviventes do ataque chinês na América", diz Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq, na Feira de Brinquedos de Nuremberg, na Alemanha.

Segundo ele, o faturamento da indústria ficou em R$ 3 bilhões, mas a meta é ganhar mais 5% de participação sobre os chineses, origem de quase 90% das importações brasileiras.

Para alcançar essa meta, a indústria nacional guarda 2.000 lançamentos programados para este ano.

Já varejistas e importadores brasileiros que garimpavam exclusividades entre os 70 mil lançamentos de 63 países na Feira de Nuremberg-a maior do setor- não mostram tanto otimismo. Para Ricardo Sayon, dono da Ri Happy, a salvaguarda a brinquedos importados "é um absurdo".

Ele questiona a proteção citando um estudo a ser divulgado pela FIA (Fundação Instituto de Administração), que "identifica que o mercado brasileiro de brinquedos ficou décadas estático e só começou a crescer depois de 2004, com o fim da salvaguarda".

"O varejo precisa de uma diversidade que a indústria nacional não tem", argumenta Sayon, exemplificando que o Brasil não produz carrinhos de metal em escala, bonecas interativas, chips elétricos e pelúcias.

Nessa disputa, o centro da questão está na China, país produtor de quase 75% dos brinquedos do mundo, cuja pauta de exportação para o segmento alcança US$ 5,5 bilhões e que abriga fábricas das maiores do setor.

Não é por acaso que o pavilhão chinês na feira quadruplicou seu espaço neste ano, se comparado a 2009, com 61 produtores chineses.

A Feira de Brinquedos de Nuremberg recebeu neste ano 79 mil visitantes; 54% deles eram estrangeiros, de 115 países.

Fonte: Folha Online

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