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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Tanques de guerra não serão ecológicos

Tanques de guerra não serão ecológicos
Departamento de Defesa dos EUA quer reduzir emissões, mas veículos usados em combate estão de fora da medida

Na semana passada, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou que iria reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa em 34% até 2020.

O anúncio, porém, tem um detalhe: não vale para as “atividades de combate”.

Os mais de 300 mil edifícios, incluindo o Pentágono, e mais de 160 mil veículos utilizados em serviço sofrerão alterações para se adequar à meta. Essa infra-estrutura corresponde à cerca de 25% do consumo de energia e 40% das emissões do Departamento.

Todas as medidas excluem veículos táticos, como aeronaves, navios e veículos armados que ofereçam apoio direto ao combatente de guerra. Apesar dessa estratégica ressalva na sua política ambiental, o departamento de Defesa avisa que “a redução da demanda de energia em atividades de combate é um dos principais focos da estratégia de segurança”.

Isso porque seus administradores acreditam que os combustíveis fósseis são uma fonte cara de energia – daí a adoção de novos combustíveis, no futuro, servir não somente para a redução dos danos ao planeta, como também para melhorar a eficiência das missões.

A preocupação também chegou ao Pentágono. Pela primeira vez, o órgão irá listar o aquecimento global como uma “força desestabilizadora” em seu relatório quadrimestral apresentado ao Congresso amanhã.

O jornal inglês The Guardian teve acesso a um rascunho do documento, que alerta para a necessidade de levar em conta as mudanças climáticas nos planejamentos militares a longo prazo.

"Apesar de as mudanças climáticas em si não causarem conflitos, elas podem atuar como aceleradoras de instabilidades ou conflitos, colocando um peso em instituições civis e militares em todo o mundo”, diz um trecho do documento destacado pelo jornal.

As páginas afirmam que ondas de calor e tempestades inesperadas podem aumentar a necessidade de ajuda humanitária; além disso, mais de 30 bases militares americanas estão ameaçadas pelo aumento do nível do mar.

Fonte: info.abril.com.br



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