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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Brasil cresce 1,3% no 3o tri, menos que o previsto

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A economia brasileira cresceu 1,3 por cento no terceiro trimestre deste ano em relação ao trimestre imediatamente anterior, na maior taxa desde o primeiro trimestre do ano passado mas abaixo das estimativas de economistas e do governo.

O Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE) informou nesta quinta-feira que, frente ao mesmo período do ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 1,2 por cento.

Segundo analistas, os dados permitem que o Banco Central espere um pouco mais de tempo até começar a elevar o juro básico.

Economistas consultados pela Reuters esperavam, pela mediana das estimativas, expansão de 2 por cento na comparação com o trimestre imediatamente anterior. As projeções de 18 instituições financeiras variavam de alta de 1,6 a 2,8 por cento.

Na comparação anual, os analistas esperavam retração de 0,1 por cento, com prognósticos que oscilavam de queda de 0,5 a expansão de 0,9 por cento.

Na véspera, ao anunciar novas medidas para estimular a economia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também afirmou que a economia teria crescido 2 por cento no terceiro trimestre.

O IBGE também revisou para baixo o desempenho do PIB do segundo e do primeiro trimestres deste ano.

"Com os dados de hoje, aqueles cenários mais fortes para o juro, de alta no primeiro trimestre de 2010, perdem força", avaliou Roberto Padovani, estrategista-chefe do WestLB do Brasil.

Para Zeina Latif, economista-chefe do ING, o PIB muda a avaliação sobre o ritmo da economia em direção ao crescimento potencial. "Sinaliza um hiato do produto mais forte e que a gente tem ainda ociosidade na economia brasileira importante... Isso diminui a possibilidade de uma alta de juro no começo do ano", disse.

COMPONENTES

Na comparação com o segundo trimestre, a indústria cresceu 2,9 por cento, o setor de serviços expandiu-se 1,6 por cento mas a agropecuária caiu 2,5 por cento. Já em relação ao ano passado, os serviços obtiveram o melhor resultado, com crescimento de 2,1 por cento, enquanto a indústria se retraiu 6,9 por cento e a agropecuária caiu 9,0 por cento.

Levando em conta os componentes da demanda interna, a formação bruta de capital fixo --uma medida dos investimentos-- cresceu 6,5 por cento no terceiro trimestre em relação ao segundo. A demanda das famílias aumentou 2 por cento e a do governo teve elevação de 0,5 por cento.

Em relação a 2008, a formação bruta de capital fixo desabou 12,5 por cento. O consumo das famílias subiu 3,9 por cento, no 24o crescimento consecutivo nesse tipo de comparação, ajudado pelo aumento da massa salarial real. O consumo do governo aumentou 1,6 por cento.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

Fonte: portalexame.abril.com.br

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