Meses atrás, o Carrefour havia anunciado perdas financeiras na operação brasileira após realização de uma revisão de contas. Na origem do erro estava a forma pela qual a rede contabilizou bonificações recebidas de fornecedores e o volume de estoque das lojas – segundo o jornal Valor Econômico, a empresa teria vendido menos do que o previsto nos acordos comerciais e deixado de “dar baixa” nos números. A nova descoberta é que o rombo ultrapassa a casa de R$ 1,2 bilhão (550 milhões de euros), sete vezes mais do que o anunciado anteriormente.
Em conferência com analistas estrangeiros, o presidente mundial do Carrefour Lars Oloffson afirmou que, apesar dos problemas, não venderá a operação no Brasil. Oloffson disse ainda que espera a finalização dos ajustes na operação para o período entre 2013 e 2014. O presidente não acredita em má-fé e atribui o erro à “má gestão anterior”.
A matriz do Carrefour, na França, contratou a KPMG neste ano para auditar os números brasileiros – antes o trabalho era realizado pela Deloitte. Ontem, pela primeira vez, a empresa afirmou que irá “determinar a existência de eventuais responsabilidades”. Indagado sobre a possibilidade de problemas semelhantes terem ocorrido em outros países, Lars Oloffson foi taxativo. “O caso do Brasil é único”.
Fonte: Valor Econômico
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