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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Empresárias fazem roupas para bebês prematuros

Não são poucos os empreendedores que criam um novo negócio a partir das próprias necessidades. Com a designer Luciana Villanova, 29 anos, não foi diferente. Mãe de primeira viagem, ela não encontrava roupinhas no tamanho certo para sua filha que nasceu mignon, com apenas 46 centímetros. "Os modelos para recém-nascidos oferecidos no Brasil são muito grandes para bebês prematuros. A criança fica sempre com uma aparência de quem herdou a roupa do irmão mais velho", afirma. A saída foi apelar para o enxoval importado. Na busca por peças na medida ideal assinadas por grifes estrangeiras, Luciana se deparou com uma marca francesa que confeccionava suas roupinhas por centímetro, sem respeitar a numeração tradicional. Já que por aqui não havia nada parecido, a futura empresária percebeu que estava diante de uma excelente oportunidade para começar o próprio negócio.

Luciana conta que começou a desenhar o conceito da nova empresa em 2006, com o cuidado de registrar a marca Baby Couture logo no início. A experiência adquirida como decoradora e produtora de moda ajudou-a na criação dos modelos produzidos em pequenas quantidades, na busca por estampas e aviamentos exclusivos, além da composição de kits coordenados. A nova empreitada exigiu um investimento de R$ 90.000, o que levou a empresária a propor sociedade à amiga Gisela Park. No início a idéia era ter uma loja virtual que prestasse consultoria de enxoval para as jovens mães e oferecesse produtos diferenciados a clientes de todo o Brasil. "Mas logo percebemos que a cultura da loja física é muito forte no país e optamos também pela abertura de um show-room no bairro de Higienópolis, em São Paulo", diz. O principal diferencial da marca é o tamanho padronizado em centímetros: recém-nascidos (50 cm), um mês (54 cm), três meses (60 cm), gêmeos, trigêmeos, bebês de baixo peso ou prematuros (46 cm), com peças vendidas separadamente ou em kits. Tudo acompanhado de um cartão customizado de boas-vindas ao bebê e de alguns mimos, como a almofada da fada do dente, com um bolsinho para guardar o dentinho que cairá alguns anos depois, e a moeda da sorte. "Nesse segmento, ou você aposta em um produto realmente especial, de qualidade, e capricha nos detalhes ou passa despercebido aos olhos do consumidor."

Com um ano de operação, a Baby Couture vende uma média de 250 kits por mês, o que garante um faturamento mensal de R$ 50.000. A expectativa, de acordo com a empresária, é de que esse número dobre em 2009, com uma maior participação nas vendas dos Gift Cards, vales-presentes entre R$ 70 e R$ 250.

Disposta a transformar a Baby Couture em uma grife de moda para recém-nascidos, a empresária não economizou no design das embalagens. Os kits são acomodados em caixas azul-marinho, feitas de madeira de reflorestamento e papelão rígido. Além de ecologicamente corretas, essas embalagens podem ser reaproveitadas. "Sempre gostei de incrementar os presentes que dava à família e aos amigos. Era uma forma de demonstrar carinho e de deixar de lado o ato mecânico de ir à loja e mandar embrulhar a compra", conta. Cheia de idéias, Luciana não obedece a um calendário rígido de lançamentos, põe sempre novos modelos à venda e aposta a cada temporada em uma lembrança diferente. "A soma dessas ações é que faz da Baby Couture um negócio de destaque em um mercado tão concorrido."

Fonte: PEGN - nov. 08

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