A McAfee, a maior empresa do mundo dedicada à tecnologia de segurança, divulga pesquisa sobre o comportamento dos adolescentes brasileiros em relação aos namoros virtuais. Intitulada Os adolescentes e seus namoros on-line, a análise aponta que as atividades on-line e off-line estão cada vez mais presentes no dia a dia dos jovens, já que passam grande parte do tempo conectados à rede, compartilhando informações e conversando entre si. Por consequência, esse comportamento tem gerado novas práticas e formas de se relacionar amorosamente. A pesquisa, encomendada pela McAfee à empresa global de pesquisa de mercado TNS, foi realizada no segundo semestre de 2012, no formato on-line e contou com respostas de 400 adolescentes, de 13 a 17 anos, das classes ABC, residentes em São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador.
O estudo mostra ainda que, apesar de serem unanimidade entre os jovens, as redes sociais podem ser uma ferramenta ambígua, permitindo tanto ajudar como prejudicar o relacionamento devido ao seu caráter expositivo na maior parte dos casos. De acordo com a pesquisa, 44% dos adolescentes comprometidos acreditam que as redes sociais prejudicam o relacionamento e 23% já tiveram mensagens ou declarações para os parceiros, que deveriam ter permanecido em âmbito privado, publicadas na Web. Fora isso, 35% dos jovens em relacionamento sério acreditam que as redes sociais influenciam as expectativas dos parceiros em termos de aparência ou comportamento. Desse universo, 16% acreditam que o uso das redes sociais gera mal-entendidos e 9% afirmam que causa ciúme.
Além disso, dentro do universo de adolescentes que participou da pesquisa, 74% acessam o Facebook várias vezes ao dia e também compartilham seus posts via Twitter, Tumbrl e Google+. Os 26% restantes utilizam o Twitter como plataforma preferida para interagir (ou tuitar) com sua rede de amigos. Considerando o total de posts e tuítes, 26% dos adolescentes já se arrependeram de ter postado um comentário sobre o fato de terem ficado com alguém e 47% dos participantes já tiveram algum problema via rede social.
Para os jovens que não estão em um relacionamento, a Internet exerce um papel fundamental na construção e na manutenção dos relacionamentos. 35% dos pesquisados afirmam que o fato de estarem na Internet atrai uma atenção positiva do sexo oposto; além disso, cerca de 1/3 dos solteiros procura relacionamentos no Facebook. Em contrapartida, 38% dos entrevistados entendem que a Internet atrai, mais do que gostariam, o acesso de pessoas do sexo oposto, proporcionando uma sensação de invasão de privacidade. Embora a maneira preferida dos adolescentes para procurar um parceiro ainda seja off-line (46%), 13% dos pesquisados que estão em um relacionamento amoroso se conheceram via Facebook e 29% dos solteiros procuram um parceiro no ambiente virtual.
Dos pesquisados que estão comprometidos, 48% consideram o telefone como a principal ferramenta para a comunicação com o parceiro, sendo que o SMS é visto como um aliado dos namorados: mais de 2/3 acreditam que a função melhora o relacionamento por facilitar a comunicação. Já a rede aparece como uma das principais formas de comunicação e interação durante o relacionamento para quem conheceu o parceiro na Internet. Entre os entrevistados, 17% se comunicam com o parceiro via website de rede social, 17% já usaram a rede para terminar um namoro e 39% usam mais a rede do que a vida off-line para descobrir informações a respeito do parceiro.
Segundo a pesquisa, 86% dos adolescentes da classe A possuem computador para uso exclusivo, contra 48% da classe C. Apesar de serem grandes compartilhadores, apenas 1/3 dos adolescentes afirma se sentir seguro nas redes sociais. É importante a todos ter a consciência de que a Internet pode trazer riscos, principalmente aos jovens, e que os pais devem participar de suas atividades quando estão on-line para orientá-los e protegê-los contra ameaças.
A Internet exerce o papel de ferramenta cotidiana, sendo constantemente acessada pelos adolescentes, o que provoca uma mudança de hábito que divide as atividades em on-line e off-line e gera a necessidade de conscientização da segurança virtual para esse público. A tarefa é difícil, pois muitos pais alegam falta de tempo para monitorar os filhos ou desconhecem sobre o tema segurança. Por isso, o uso de uma suíte de proteção é essencial para proteger, monitorar, transmitir conhecimento e auxiliar os pais no diálogo e no acompanhamento dos jovens. As soluções de segurança são aliadas na busca de um comportamento seguro na Internet para todos, José Matias Neto, Diretor de Suporte Técnico da McAfee para a América Latina.
Fonte: Jornal da Baixada
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