Experiência: desde os 13 anos Andréa Duca frequenta os corredores da empresa |
Nos últimos 27 anos, a grife de roupas femininas Gregory fez sucesso com os terninhos formais, saias e camisas de cores sóbrias e cortes retos, modelos destinados principalmente a executivas que precisam se vestir com elegância e discrição. Se até pouco tempo atrás a fórmula criada pela fundadora da marca, Áurea Duca, parecia infalível, mudanças na própria sociedade obrigaram a empresa a se mexer. Com ambientes de trabalho cada vez mais despojados, as mulheres passaram a procurar roupas que se encaixam nesse novo cenário. Para rejuvenescer a companhia, Áurea convocou a filha, Andréa, que colocou em curso uma grande transformação. Em 2009, a Gregory passou a vender também roupas mais coloridas e casuais, algo inédito na história da empresa. "As brasileirasestão se vestindo com peças mais modernas e nós estamos seguindo essa tendência", diz Andréa. "A Gregory é uma marca que nunca teve um apelo emocional e esse talvez seja o seu maior desafio para o futuro", diz Cláudio Tomanini, professor da Fundação Getulio Vargas.
Além de ofertar uma maior variedade de peças, Andréa repaginou as 76 lojas da Gregory instaladas nos principais shoppings brasileiros, entre estabelecimentos próprios e franqueados. No novo layout recentemente adotado, as roupas não são mais divididas por cores, mas sim por uso e estilo. Os manequins deixaram de ter maquiagem e perucas, marca exclusiva da rede, para dar lugar a modelos mais simples, estrategicamente espalhados pela loja e iluminados por luzes indiretas. Com essas mudanças, a expectativa é de que o faturamento da empresa cresça 20% em 2009, acima da média dos últimos anos. "Temos 160 mil clientes ativas que gastam, por ano, entre R$ 498 e R$ 2.500", diz Andréa. Aos 33 anos, ela frequenta as lojas da Gregory desde os 13. Ela já prepara o herdeiro. O filho Pedro, de apenas nove meses, vai desde os 20 dias de idade para a sede da empresa em Pinheiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário