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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Consumo de descartáveis tem aumento de 4,7% ao ano

O futuro dos papéis descartáveis, ou tecnicamente chamados de tissue, é o mais promissor dentre o mercado de papéis. Independente dos problemas financeiros, este é um segmento que se mantém por ser considerado um produto ligado às necessidades básicas.



Segundo o especialista em tissue da consultoria Risi, Brad Kalil, o consumo do produto fica em torno de 27 milhões de toneladas por ano e desde 1991 registra-se um crescimento de 4,5% ao ano em toneladas. Mesmo em mercados maduros, como Europa e Estados Unidos, há uma manutenção e o crescimento orgânico, que acrescenta pelo menos algo em torno de 100 mil toneladas ano. "Pode não parecer muito, mas significa que será preciso uma máquina nova por ano para se manter o fornecimento nestes mercados", afirma. Já na Europa Ocidental, a Risi estima um crescimento de 10% ao ano desde 2000 e 7,5% até 2010, o que representa outras 100 mil toneladas a mais ao ano. "Além disso, eles terão mudanças no sistema varejista, o que ajudará a incentivar ainda mais o consumo deste tipo de produto", diz Kalil.

Mas a região mais promissora é a Ásia, com crescimento do consumo estimado de 6% ao ano, de acordo com dados da Risi. Só a China deve crescer 28%, muito por conta da expansão da urbanização da população, o que ajuda a mudar os hábitos e expandir a penetração de produtos de higiene. Na América Latina, o consumo chega a 2,92 milhões de toneladas, sendo que 60% da produção é feita por México e Brasil, os dois países que também são os maiores consumidores, com 31% e 28%, respectivamente. O consumo brasileiro de 1996 a 2006 cresceu em média 3,9% ao ano e deve ter um incremento anual de 4,7% no período compreendido entre os anos de 2006 e 2016, conforme o especialista.

Para atender essa demanda o Brasil conta com muita capacidade. "Até 2009, sabemos que três novas máquinas de tissue serão implantadas pela Mili, Santher e Bipacel com capacidade superior a 30 mil toneladas por ano", afirma Kalil.

(Fonte: Invest News, 13 de outubro de 2008)

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