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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Luxo com alça e rodinhas

Por que a marca americana de malas Tumi conquistou executivos e famosos, como Barack Obama, Brad Pitt e Tom Cruise. 

Se o personagem do ator George Clooney no filme “Amor Sem Escalas”, que retrata a rotina de um executivo especializado no enxugamento de pessoal, que passa a vida em viagens a bordo de aviões pelos EUA, com mais de dez milhões de milhas acumuladas na companhia aérea, fosse uma pessoa da vida real, ele provavelmente seria um cliente da grife americana Tumi, fabricante de malas e acessórios. A marca virou febre entre celebridades de Hollywood, como os atores Brad Pitt, Tom Cruise, Cameron Diaz e as gêmeas Mary-Kate e Ashley Olsen, além de poderosos como o presidente Barack Obama. Os números comprovam o sucesso da grife. Em 2011, o faturamento cresceu 30% sobre o ano anterior, batendo o recorde de US$ 330 milhões. 

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Segundo Jerome Griffith, CEO da Tumi, os famosos que, espontaneamente, se tornaram garotos-propaganda da empresa foram responsáveis por parte da disparada nas vendas. “Apesar de os EUA ainda serem o nosso maior mercado, devemos muito do sucesso aos BRIC”, afirma. Embora as malas, que custam cerca de R$ 5 mil, sejam o carro-chefe da marca americana, Griffith gosta de descrevê-la como “uma grife de produtos para pessoas em trânsito”. Por isso, além das peças mais conhecidas, entram no portfólio todos os tipos de acessórios para viagem, como maletas, bolsas, carteiras, porta-eletrônicos, até tapa-olhos e caixas para lentes de contato. “A ideia é se posicionar como uma grife de lifestyle.” 
 
Ao que tudo indica, os negócios estão indo bem. Em sua primeira passagem pelo Brasil, o executivo afirmou à DINHEIRO que está muito otimista em relação à economia do País e com os negócios da marca. No mercado local, as operações são comandadas pelos empresários Camila e Giuliano Fernandes, representantes oficiais da Tumi. “Em alguns países, como o Brasil, com certas particularidades e burocracias, é mais seguro crescer com o apoio de parceiros locais”, diz Griffith, ex-executivo de grifes de vestuário como Gap e Esprit. Sem divulgar números, Fernandes afirma que a loja inaugurada em março no shopping Iguatemi, na avenida Faria Lima, em São Paulo, tem sido um sucesso de vendas, o que deve motivar a abertura de novas unidades. 

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“Ainda não há nada definido, mas o cenário é bastante positivo”, afirma Fernandes. “Nosso plano inclui a abertura de lojas também em outras capitais, como Rio de Janeiro e Brasília.” Mundo afora, a Tumi tampouco tem do que reclamar. São quase 100 lojas e 1,6 mil pontos de venda em 70 países, um feito raro para uma marca com pouco mais de três décadas de história. Segundo Griffith, o segredo do negócio está na aliança entre tecnologia e design. Para ele, a Tumi sempre foi reconhecida pela funcionalidade e resistência de seus produtos – eles seriam até sete vezes mais resistentes do que os das outras marcas concorrentes. “Temos um mecanismo de rastreamento de bagagem único e muito eficaz, além de mais de 100 patentes inovadoras”, diz o executivo. 
 
Mas o que fez a diferença – e tem alavancado os números da Tumi – é o apreço pelo design. Para isso, a marca firmou parcerias com a italiana Ducati (ícone de luxo no mercado de motos) e com o designer israelense Dror Benshetrit, decisão que facilitou a vida de Griffith desde a sua entrada na marca, em 2009. De acordo com Luciane Robic, diretora do Ibmoda, a Tumi compreendeu bem o perfil do novo consumidor de marcas de alto padrão. “O Obama faz parte desse grupo”, afirma ela. “Um consumidor moderno que não liga somente para design ou tecnologia, mas, sim, para uma integração dos dois.” O próprio Griffith é outro bom exemplo do perfil que a Tumi tem conquistado. “Nas últimas semanas estive em Londres, Xangai, Hong Kong, Tóquio, Cannes, Marrocos”, diz. “Represento bem o consumidor da marca.”
 
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 Fonte: Istoé Dinheiro

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