Concebida em 1954, fruto de uma parceria entre Leo Fender e George Fullerton, a Fender Stratocaster representou uma verdadeira inovação no design de guitarras. Afinal, eram várias inovações: trêmolo (ponte) com maior ação e mais confiável, corpo com design ergonômico e uma configuração de captadores que acabou pautando toda a indústria pelas décadas subsequentes.
Mas a Fender não foi a única a tirar da cartola algo novo, é claro. Na verdade, duas décadas antes, a Electro-Voice introduziu a invenção cultuada por grande parte dos guitarristas de metal atualmente: o captador estilo “humbucker” — por incluir uma segunda bobina, o formato podia eliminar ruídos, conforme o nome indica. Isso para não falar dos captadores ativos de Ron Wickersan e da ponte flutuante de Floyd D. Rose.
Dessa forma, se você ainda permanece irredutível no time que cultua a invenção do “Synchronized Tremolo” por Leo Fender ou o cânone maior da Gibson — o lendário modelo Les Paul —, então siga por este artigo. Aqui, o Tecmundo resolveu dar uma conferida nas marcas, ideias e criações que podem facilmente se tornar as pioneiras daqui a alguns anos.
Por US$ 1.299 (cerca de R$ 2.640), essa interessante mistura entre uma Stratocaster American Standard e a tecnologia de modelagem da Roland, a COSM (Composite Object Sound Modeling), a G5 inclui afinações alternativas, diversos formatos de captadores (de uma Telecaster a um humbucker clássico)... E o som tradicional de uma Stratocaster, naturalmente.
Peavey AT-200
Caso a sua única preocupação com uma guitarra seja a de mantê-la afinada, então a Peavey tem uma bela oferta para você. Na verdade, os afinadores robóticos são realmente a única funcionalidade desta guitarra de US$ 499 (aproximadamente R$ 1.015).Assim como outros modelos mais caros, também é possível utilizar afinações alternativas. Em termos “materiais”, trata-se de uma guitarra com dois “humbuckers” e madeiras relativamente leves.
Uma guitarra, um saxofone, uma bateria...
Se mudanças de timbres, captadores e adições de efeitos de ambiência não são suficientes para as suas necessidades do dia a dia, então invenções como estas devem fazer as suas sobrancelhas levantarem — ou baixarem, em alguns casos.Quer dizer, soar como uma Telecaster e como uma Gibson ES-335 ao toque de um botão é interessante. Mas que tal ter também disponível um som de saxofone, de bateria ou sabe-se lá o que mais?
Fishman Triple Play
Triple Play é o novo controlador de guitarra wireless da Fishman. Sim, você provavelmente já ouviu uma guitarra soando como saxofone, trompete ou xilofone anteriormente. Na verdade, a grande vantagem aqui está na praticidade do conjunto formado pelo periférico e pelos programas do Triple Play.Basicamente, a ferramenta permite uma integração entre guitarra e qualquer instrumento virtual (ou sistema de hardware). O resultado é uma infinidade de timbres, acessíveis em qualquer palco. Trata-se também de uma bela ferramenta para gravações.
Roland GC-1 Fender Stratocaster
A Roland GC-1 Fender Stratocaster é mais um casamento entre o clássico e o (relativamente) moderno. Além de uma bela Fender American Standard, o modelo congrega também um controlador de sintetizador.Ao infinito e além!
Afinadores motorizados e guitarras com som de violino são algo interessante, é claro. Mas será esse o limite? Não é o que parece. Embora tocar piano, guitarra e ocarina em smartphones ainda seja algo um tanto “vanguardista”, fato é que diversos fabricantes têm mostrado o que podem ser os próximos passos de uma aliança entre a tradicional guitarra elétrica e diversas tecnologias de última geração. Confira alguns exemplos.Antares ATG-6
Tarraxas confiáveis representaram um belo salto tecnológico. As mecanizadas foram adiante, é claro — afinando a sua guitarra automaticamente em questão de segundos. Mas... E se você nem mesmo precisasse afinar o seu instrumento? É aí que aparece o projeto da Antares.Para quem não conhece, trata-se aqui do mesmo pessoal que desenvolveu o sistema Auto-Tune — que garantiu o sucesso de muita celebridade por aí (embora seja melhor não comentar). Basicamente, o software identifica quando a sua guitarra sai de afinação e faz as correções em tempo real. As notas simplesmente vão para os seus devidos lugares.
Guitarra com lasers
A tecnologia patenteada pela alemã M3i denominada “Laser Pitch Detection” (LPD) talvez não ocupe o mainstream do mercado de guitarras assim tão cedo. Mas é algo que realmente chama a atenção.Trata-se de um sistema que identifica as posições dos seus dedos no braço da guitarra por meio de um sistema de lasers, sendo um para cada corda. Sim, a guitarra ainda pode ter cordas físicas (conforme mostra o vídeo acima), só que isso é mais por uma questão de familiaridade — o sistema funciona perfeitamente em uma guitarra sem cordas.
E o mais impressionante: o sistema detecta até mesmo a pressão dos seus dedos sobre o braço do instrumento. A tecnologia “Pressure Sensing Coating” faz a medição com base na área do dedo que entra em contato com a madeira — levando em consideração também a força.
Kitara
A criação da Misa Digital Instruments já não é propriamente uma novidade — embora certamente ainda chame a atenção quando alguém manda um vídeo pelo YouTube. Ok, talvez o resultado aqui nem sequer seja mais uma guitarra. Mas não se pode negar que se trata de um instrumento musical com um bom potencial.Trata-se, afinal, da primeira “guitarra” com interface totalmente digital. Você vai atacar as “cordas” por meio de uma tela oito polegadas — com sons que podem variar de acordo com a área tocada — enquanto a mão esquerda tenta se acostumar com os sensores do braço do instrumento. A Kitara conta com vários efeitos programáveis e também com bancos de timbres prontos.
Aprenda a tocar com LEDs
O Tabber pode ser adaptado a qualquer guitarra. Na verdade, a ideia aqui não é alterar efeitos ou timbres. Trata-se de uma proposta didática.Fonte: Tec Mundo
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