Ao colocar o símbolo de identificação da resina na embalagem, as empresas transformam a preocupação com as questões de preservação ambiental e de sustentabilidade em ações concretas.
Embora todos concordem que o compromisso com o meio ambiente é importante, estudo feito sobre reciclagem de materiais plásticos pelo Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea/Ital), de Campinas (SP), demonstra que apenas 80% das embalagens avaliadas apresentaram o símbolo de identificação da resina de acordo com a norma elaborada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) em 1994. E, em alguns casos, até 40% das embalagens apresentaram a identificação de forma incorreta.
De acordo com a pesquisadora científica do Cetea/Ital, Leda Coltro, o que motivou a pesquisa foi justamente a observação de que há ainda grande variedade de símbolos no mercado, além de muitas embalagens plásticas sem a identificação da resina, apenas com triângulo de três setas indicativo de material reciclável.
A pesquisa traçou um panorama das diferentes classes de produtos, com foco maior nas embalagens plásticas rígidas.
Segundo as cooperativas de reciclagem e especialistas, dentre os pontos-chave destaca-se a separação das embalagens plásticas por causa da diversidade de classificações.
Esta questão contribui para o plástico não ser tão reciclado quanto deveria. Se há mistura de materiais, o uso é restrito.
O material melhor separado e beneficiado também agrega valor aos produtos.
O trabalho sobre o símbolo de reciclagem de materiais plásticos realizado pelo Cetea/Ital analisou 177 embalagens de todos os segmentos, sendo 102 não-alimentícias e 75 alimentícias. No caso dos produtos alimentícios, 83% das embalagens plásticas rígidas avaliadas apresentaram identificação da resina, e 90% das embalagens de PET, PEAD e PP destes produtos apresentaram identificação correta do material da embalagem.
Do total dos produtos não-alimentícios da amostragem, 100% das embalagens de PET, 85% de PEAD, 80% de PVC e 78% de PP apresentaram identificação correta do material. Mas apenas 60% dos frascos de polietileno de baixa densidade (PEBD) identificavam corretamente o material.
Fonte: Revista Pack
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