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terça-feira, 3 de julho de 2012

Academias de SP investem em luta marcial e boxe chinês para mulheres

Cada vez mais elas procuram as modalidades para manter preparo físico.
Atividades ajudam a queimar calorias e tonificar músculos.


Praticar luta marcial ou boxe está na moda entre as mulheres. Cada vez mais elas procuram essas modalidades esportivas para manter o preparo físico. Para elas, as lutas servem para ficar em forma e liberar a tensão do dia a dia. Em São Paulo, academias investem em aulas de kung fu e boxe para atrair o público feminino e faturar alto.

Na academia do empresário Marcello Guazzo, as aulas de boxe feminino viraram febre. Cada dia mais mulheres se interessam pelo esporte, que antes era uma exclusividade masculina. Há três anos, ele percebeu que a modalidade era uma tendência de mercado e investiu.

“Nós sempre estamos de olho no que o mercado oferece para a aérea do fitness e em 2009 a gente viu que as grandes redes estavam colocando boxe e a gente sempre vai atrás das grandes redes a fim do lucro”, relata Guazzo.

A sala de boxe é a mesma usada para as aulas de ginástica. Para oferecer a modalidade, ele investiu R$ 6 mil na compra de equipamentos. São sacos de areia, torres de espuma e os bonecos de borracha.

Na academia, as aulas de boxe ganham charme e elegância. Até na hora do treino a vaidade é fundamental. As mulheres capricham no visual. As luvas são rosas. E algumas não dispensam nem mesmo a maquiagem. “É sempre necessário. Não importa onde eu estiver”, diz Giovanna Miranda.

Giovanna descobriu no boxe o gosto pelo esporte. Ela treina com a mãe, Denise. Aos 48 anos, Denise tem um corpo de dar inveja e garante que o boxe é uma boa opção para manter a saúde e tonificar os músculos. “Hoje em dia as mulheres são tão estressadas quanto os homens. É uma super atividade física. Você faz uma parte aeróbica, muito interessante, muito legal, além de você perceber benefícios físicos imediatos”, diz.

O boxe para as mulheres é adaptado. Não existe o contato físico. Os socos são dados no ar ou nos aparelhos. No treino, a aluna desenvolve o sistema cardiovascular, aumenta o preparo físico e melhora a agilidade.

“Mais disposição... Emagreci. Elimina totalmente o estresse, então é uma aula que eu adoro fazer. Tem que ser duas vezes por semana, no mínimo, uma hora de aula”, diz Silva Molina, que faz as aulas.

O boxe também queima muitas calorias, de 700 a 1.000 por hora de treino. Nas aulas, as mulheres recebem a orientação de dois professores.

“Elas entram pensando em desestressar. ‘Quero desestressar, quero brincar de bater’ e aí acaba pegando a técnica do boxe e vendo os benefícios que tem para o corpo: queima de gordura, condicionamento físico. É também uma aula muito alegre. Elas fazem turminha, brincam, se divertem, não saindo das técnicas do boxe”, afirma o professor Marcelo Souza.

“Nos últimos três anos, nós crescemos 10% ao ano, e agora devido à tendência de lutas, a expectativa é crescer mais, é crescer 15% no ano de 2012”, relata Guazzo.

Kung fu
E na academia do empresário Luiz Carlos da Silva, as mulheres conquistam espaço a cada dia. Hoje, elas já representam 30% do total de alunos. A mulherada pega pesado nas aulas de boxe chinês, uma modalidade de luta esportiva baseada nas artes marciais chinesas, como o kung fu. “Eu busquei uma atividade física para modificar, para defesa pessoal da mulher. E saúde mesmo”, diz a aluna Carolina Almeida.

O treino é misto: homens e mulheres dividem o mesmo tatame. Elas esbanjam força, técnica e disciplina. “É uma atividade muito dinâmica. Trabalha muito a coordenação motora, definição corporal, tônus muscular, raciocínio rápido, pronto raciocínio, isso é um dos benefícios que o boxe chinês pode trazer aos praticantes”, revela o professor Wilson Eduardo Silva.

O empresário investiu R$ 60 mil para montar a academia, em 2005. O dinheiro foi usado para o aluguel e reforma do espaço e a compra de equipamentos. Hoje, a escola tem 150 alunos matriculados.

“A procura por mulheres aumentou cerca de 50% nesses últimos anos. E para a gente isso é melhor, porque as mulheres logicamente atraem mais os homens também para a academia”, diz o empresário.

O faturamento médio é de R$ 15 mil por mês. E o empresário quer mais. Já pensa em aumentar os lucros até o fim do ano. “A gente está sempre procurando inovar para que a academia cresça também. Que as pessoas que praticam, gostem mais. (...) Nós esperamos que chegue ainda a uns 50% com esse crescimento das lutas e principalmente do boxe chinês”, afirma.

Fonte: G1

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