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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Por falta de oportunidade, 70% dos ex-detentos retornam a criminalidade

Convênio para manutenção do Projeto Começar de Novo pemitirá a capacitação profissional àqueles que desejam recomeçar suas vidas

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Sensibilização de órgãos públicos e entidades da sociedade civil para que sejam fornecidos postos de trabalho e cursos de capacitação para os ex-detentos, promovendo a cidadania e, consequentemente, uma diminuição dos índices de criminalidade.

Este é o objetivo do Projeto Começar de Novo, inciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com apoio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Senai-SP.

Durante a abertura do Encontro Nacional do projeto Paulo Skaf, presidente da Fiesp e Senai-SP, e o ministro Cezar Peluso, presidente do Superior Tribunal da Justiça (STJ) e do CNJ, assinaram, no Teatro do Sesi São Paulo, a renovação do convênio entre as entidades para manutenção do projeto.

Skaf afirmou que o principal objetivo do projeto é romper o ciclo da criminalidade, ofertando aos detentos e egressos uma oportunidade de retomar os estudos, por meio do Telecurso, e dos cursos de capacitação profissional oferecidos pelo Senai-SP.

“O acesso à educação é uma forma correta e eficiente de combater a criminalidade. Com isso também daremos chance para aqueles que cometeram um erro e desejam começar suas vidas de novo. Isso é o que toda a sociedade quer”, disse.

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Segundo o ministro Cezar Peluso, um dos pilares da democracia moderna é garantir a dignidade da pessoa humana, e este principio inclui os indivíduos que cometeram algum delito.

De acordo com o presidente do CNJ, 500 mil pessoas cumprem pena no Brasil. Quando libertos, 70% retornam à criminalidade. Para reduzir esses índices, Peluso acredita que o Estado e a sociedade civil precisam criar e fomentar politicas públicas sólidas que propiciem a reintegração do infrator.

“Existe uma resistência muito grande para contratação de ex-detentos. Os regressos estão pouco preparados para trabalhar numa empresa e se comportar em sociedade”, afirmou Peluso, completando que “a melhor maneira de combater a criminalidade é acolher o ex-detento na sociedade.”

Cartilha

Durante o evento, Peluso lançou a cartilha Programa Alocação de Mão de Obra Prisional no Estado de São Paulo. O documento deve orientar os detentos e futuros empregadores sobre seus direitos e deveres no mercado de trabalho e na convivência em sociedade.

“Precisamos promover a reinserção social dos infratores ao meio social como finalidade educativa e social, possibilitando a recuperação da autoestima e dignidade humana”, acrescentou.

Fonte: FIESP

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