A Universidade de Harvard, que abriga uma das mais importantes escolas de negócios do mundo, está lançando sua incubadora, a Harvard Innovation Lab. Enquanto isso, em São Paulo, um novo centro de empreendedorismo promete incubar até cem startups ao mesmo tempo
As incubadoras, que permitem o desenvolvimento de micro e pequenas empresas dentro do ambiente universitário, são um mecanismo que já funciona bem no mundo inteiro, inclusive no Brasil — e faz tempo. Agora, chegou a vez da Universidade de Harvard, berço da Harvard Business School,criar sua própria incubadora. Em novembro de 2011, foi inaugurado no campus de Allston, em Boston, o Harvard Innovation Lab, apelidado por seus criadores de i-lab. Segundo seu diretor, Gordon Jones, o objetivo é reunir no mesmo local todos os recursos disponíveis na universidade para quem está interessado em empreendedorismo e inovação. “Queremos que nossos alunos sejam capazes de levar suas ideias o mais longe possível, com o total apoio da universidade”, diz Jones. “Tradicionalmente, as escolas que compõem Harvard sempre trabalharam de forma independente. Mas chegamos à conclusão de que, se uníssemos todos os nossos recursos, seria muito mais fácil dar suporte para os estudantes que querem abrir uma empresa.”
O i-lab deve atuar em várias frentes. Para começar, todos os estudantes terão acesso a cursos regulares de empreendedorismo, além de workshops e palestras ligados ao tema. “Vamos trazer investidores, empresários de sucesso e professores de outras faculdades para compartilhar seu conhecimento com os estudantes”, diz Jones. Haverá, claro, um espaço próprio para a incubação de startups. “As empresas incubadas terão direito a mentoring, contato com investidores e possíveis cofundadores, além de acesso a organizações que reúnem pequenas empresas na região.” Promover a integração da universidade com a comunidade local é um dos objetivos do Lab. “Aqui perto de Harvard fica o bairro de Kendall Square, um dos maiores celeiros de startups do país. Precisamos tirar proveito disso.”
Enquanto isso, no Brasil, uma iniciativa do Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), de São Paulo, promete chacoalhar o universo das startups em 2012. Em janeiro, começou a funcionar o São Paulo Ideias Novas (Spin), fruto de uma parceria do Cietec com a Universidade de São Paulo (USP), a prefeitura paulistana e seis universidades particulares (Pontifícia Universidade Católica, Mackenzie, Fundação Armando Álvares Penteado, Instituto de Ensino e Pesquisa, Fundação Getulio Vargas e Escola Superior de Propaganda e Marketing). Trata-se de um espaço de 350 metros quadrados, cedido pelo Cietec, onde será possível incubar até cem projetos simultaneamente. “Nesse primeiro momento, vamos priorizar projetos que tragam soluções de acessibilidade, transporte e meio ambiente para a cidade”, diz o diretor do Cietec, Sergio Risola. “Nossa expectativa é que, dessas cem ideias iniciais, pelo menos 30 resultem em bons negócios”, diz. Segundo Risola, o Spin é a primeira fase de um projeto maior, que está sendo chamado de Rede de Incubadoras da Cidade de São Paulo — a intenção é que, no futuro, cada uma dessas faculdades crie sua própria incubadora.
CRIATIVIDADE EM ALTA
Aconteceu em dezembro a entrega do Prêmio Finep de Inovação 2011, que destaca os esforços inovadores realizados por empresas, instituições e ONGs. O troféu de melhor Micro e Pequena Empresa foi para a Reason Tecnologia, de Florianópolis (SC); o de Média Empresa foi entregue à Scitech, de Goiânia (GO); e o prêmio de melhor Instituição Científica e Tecnológica coube ao Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco. No quesito Tecnologia Social, o vencedor foi o projeto da Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas da Ilha das Cinzas (Ataic), do Amapá.
Fonte: PEGN
Nenhum comentário:
Postar um comentário