De acordo com o analista de mercado da Nielsen, Ramon Cassel, a preferência por produtos de marcas famosas ocorre pela menor condição de erro, ou seja, na percepção desses consumidores, as marcas mais caras garantem satisfação em relação à qualidade do produto. “O cliente das classes mais baixas tem menos espaço para errar, por isso procura produtos de marcas líderes, cujos benefícios são garantidos”, completa.
Consumidor mutável
Segundo o estudo, a mudança comportamental do consumidor tem ocorrido, principalmente, pela ampliação da oferta de produtos de maior valor agregado, pelo crescimento da importância dos níveis socioeconômicos médio e baixo, pela maior diversificação nos gastos dos lares e a maior confiança na economia do país.
De acordo com o levantamento, segmentos básicos cresceram 5,2% em 2011, enquanto produtos diferenciados tiveram alta de 13% no mesmo período. “O consumidor está percebendo e buscando categorias de maior valor agregado e consegue acessá-las quando os fabricantes se movimentam para atingir os anseios desses consumidores”, explica Cassel.
O maior acesso às marcas mais caras são alavancadas, principalmente, pela redução temporária de preço, o que atrai novos consumidores para a categoria; promoções como “leve dois e pague um”; brindes, que acabam gerando um aumento da compra dos produtos, além das embalagens econômicas, que geram economia.
A pesquisa também apontou que as ações realizadas pelas marcas dentro dos estabelecimentos têm resultados mais efetivos em curto prazo, já as ações realizadas na TV ou internet costumam gerar resultados em longo prazo. Também foi observado que as categorias de marcas premium e inovadoras apresentam potencial de crescimento em países emergentes.
Atacado e Varejo
Segundo o estudo, a grande novidade em relação à mudança de comportamento do consumidor ficou por conta dos Cash&Carry - lojas que atuam no atacado e varejo. Em 2011, o consumidor final foi o principal cliente dessas redes, totalizando 1,8 milhão de lares.
Se comparado aos hipermercados, do total de categorias, o consumidor das redes Cash&Carry possui 57% a mais de frequência de compra e 73% a mais de intensidade de compra.
De acordo com o levantamento, para provar a preferência dos consumidores por essas redes, na cesta de Higiene e Beleza, 73% das compras são feitas por consumidores finais, contra 27% dos varejistas e transformadores.
Fonte: Cidade Verde
Fonte: Cidade Verde
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