Referência no formato de supermercado com sortimento variado, muitos serviços e, sobretudo, soluções em alimentação no Mato Grosso, a Rede Modelo resolveu, no ano passado, converter as operações de um supermercado em Tangará da Serra (239 km de Cuiabá ) para um cash&carry reduzido, com mix enxuto, menores despesas operacionais, margens mais baixas e política de preços agressiva. Com crescimento de 50% nas vendas e aproximadamente 150% no lucro líquido, a nova loja abriu os horizontes da empresa para um forte investimento da rede no formato promissor.
Experiência de Sucesso
“Já tínhamos um outro excelente Supermercado Modelo no shopping da cidade, e que atende muito bem a população, e tínhamos essa loja menor, na região central, que precisava de um reforma ou revitalização para melhorar os seus resultados. Resolvemos fazer a experiência com o formato cash&carry”, confidenciou Altevir Magalhães, diretor-presidente da Rede Modelo. A experiência foi tão bem sucedida, contou Altevir com exclusividade ao Portal Giro News, que a empresa já planeja a abertura de mais quatro lojas no mesmo formato; duas delas com as suas obras em andamento para inauguração ainda neste ano, nas cidades de Cuiabá e Primavera do Leste, ambas em Mato Grosso, e outras duas ainda em processo de estudo de localização das regiões, que devem ser inauguradas até 2012.
Adaptações necessárias
Para sentir o sabor de melhores resultados com o novo formato a Rede Modelo reestruturou toda a sua operação, desde layout e sortimento a serviços, posicionamento e política de margens e preço para o consumidor final. “Assim, as áreas de serviços e perecíveis que sempre receberam grande destaque nos Supermercados Modelo, deixaram de existir, houve uma redução drástica no horário de funcionamento e no número de funcionários que passou de 90 para 50 profissionais. Consequentemente o custo operacional caiu entre 15 a 20%”, contou Altevir. Todos esses fatores somados deixaram a operação mais enxuta e possibilitaram uma redução de margem em 40% e preços ainda mais competitivos nas gôndolas. O sortimento também diminuiu e passou de 10 mil para 4 mil itens.
Resultados positivos
Além do crescimento nas vendas e no faturamento, resultados que resolveram o problema da loja ainda no antigo formato, a experiência também serviu para ensinar a empresa a trabalhar com o modelo cash&carry e, principalmente, atender um outro perfil de consumidor, diferente dos compradores das lojas de supermercado da rede. “Completamos praticamente um ano de operação com essa loja. Além da evolução dos números, certamente foi um aprendizado muito grande para a nossa empresa, através dessa experiência conseguimos incorporar o espírito do cash&carry. Hoje temos a visão muito clara de que o consumidor brasileiro esta se segmentando muito rapidamente e de que é preciso conhecer a maneira certa de atender as suas necessidades”, destacou o diretor presidente.
Os caminhos do cash&carry
Apenas uma loja foi o suficiente para que a rede modelo conhecesse o potencial do cash&carry, formato que tem sido alvo de investimentos de grandes empresas nos últimos anos. Porém, para crescer e se desenvolver, Altevir Magalhães prevê um longo caminho a ser percorrido pelo segmento no Brasil. “Esse formato ainda precisa evoluir e isso depende da sensibilidade das empresas. Precisamos adaptar esse formato que esta aí e montar um modelo com a nosso cara. Precisamos personalizar o cash&carry. Para ter sentido os custos operacionais precisam ser baixos, mas a loja não precisa ser fria e distante, ela pode ter alma, dono e atendimento personalizado”, conclui Altevir.
A primeira loja
Com um mix de aproximadamente 4 mil itens e 1.680 metros quadrados de área de vendas, a loja inaugurada em julho do ano passado atende a um público de 100 mil pessoas entre pequenos varejistas, transformadores e consumidores finais, e está estrategicamente localizada na Av.Brasil, via de grande fluxo situada na região central da cidade.
Fonte: Giro News
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