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terça-feira, 9 de março de 2010

Segmento religioso abre mercado de R$ 14 bi à indústria

Em seminário na Fiesp, representantes católicos apresentaram a empresários produtos e serviços mais procurados pela instituição


Da esq. p/ a dir.: Dom Nelson Westrupp, Dom Hugo Cavalcante, Sylvio de Barros e Dom Joaquim Justino Carreira durante seminário

Representantes das principais entidades da igreja católica se reuniram com empresários de vários setores para apresentar as amplas oportunidades de negócios que a demanda religiosa tem a oferecer. A iniciativa visa homologar ações que disponibilizem à igreja produtos necessários para manter sua estrutura no País, uma das maiores do mundo.

De acordo com Sylvio de Barros, diretor da Central de Serviços (Cser) da Fiesp, o segmento católico brasileiro está abrindo as portas para um mercado ainda incipiente no Brasil. “Incentivar este tipo de acordo beneficia os dois lados: empresas entram em contato com um novo nicho de mercado e a instituição católica poupa muitos gastos”, disse durante seminário na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta quarta-feira (24).

Por que negociar com setor religioso?

O representante do Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais (Ceris), Fábio Castro, apresentou aos participantes um levantamento, feito por sua entidade, que mostra números promissores aos interessados neste mercado.

A demanda de seu consumo envolve produtos de inúmeras áreas industriais. Contando os gastos com educação, transporte, construção, telefonia, serviços bancários, entre outros, o Ceris estima que em 2010 as instituições católicas movimentarão mais de R$ 14 bilhões, sendo que somente os centros de ensino contribuirão com R$ 10 bilhões do montante.

Além disso, em termos de logística, a igreja católica também possui um grande diferencial: sua distribuição nacional se confunde com a própria extensão territorial brasileira, já que está presente em todos os municípios. “A única instituição governamental que se compara são os Correios. Isso é um prato cheio para as empresas”, lembrou Castro.

Outra frente beneficiada pelo mercado cristão é a turística. De acordo com os dados do Ceris, anualmente transitam no Brasil cerca de 25 milhões de turistas peregrinos, que procuram pelos 350 santuários espalhados por seu território.

“As empresas têm três grandes motivos para negociar com o segmento: dimensão, quantidade e capilaridade”, ressaltou o palestrante.

Igreja on-line

Na mesma ocasião, foi apresentada uma ferramenta para facilitar a aproximação entre os setores. Em abril, entrará em funcionamento um sistema de compras on-line, no qual as procuras preliminares por produtos e serviços serão centralizadas. No portal, as empresas poderão indicar interesse pelas ofertas, bem como fazer propostas e tentar acordos.

As demandas serão seccionadas segundo as necessidades das dioceses, e caso algum acordo seja firmado, a empresa vencedora fornecerá seus produtos ou serviços a todas as paróquias e comunidades (capelas) ligadas à diocese com a qual está negociando. “O custo-benefício é inquestionável”, explicou Castro.

Fonte: fiesp.com.br

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