A série de histórias em quadrinhos Games na Real, de Mauricio de Sousa, acaba de ser lançada e será publicada, mensalmente, periódicamente, na revista Turma da Mônica – Uma Aventura no Parque da Mônica – a primeira parte já está nas bancas.
As histórias destacam temas relacionados à força dos quadrinhos, desenhos animados e games na formação das crianças e querem despertar o espírito crítico nesse público a respeito da sua relação, principalmente, com o universo dos videogames.
O argumento principal da série é “O que aconteceria se os personagens dos jogos eletrônicos se recusassem a ser manipulados e entrassem na vida real para cobrar seus direitos?” Nesta situação, a Turma da Mônica enfrenta uma “rebelião” desses personagens quando Cebolinha e Cascão jogam mais uma partida nos games.
Muitos acreditam que as crianças estão abandonando o ato de leitura por gastarem suas horas com jogos eletrônicos – e em alguns casos podem estar certos. Com a série Game na Real, Mauricio procura criar na criança um questionamento sobre os videogames, com uma linguagem que faz o leitor infantil avaliar se exagera ou não no tempo que destina aos jogos eletrônicos.
Para a pedagoga Adriana Friedmann, doutoranda em Antropologia pela PUC e mestre em metodologia do ensino pela UNICAMP, que teve acesso às duas primeiras histórias antes de serem publicadas, o material traz à tona questões sobre o que poderia estar por trás da criação ou do criador dos games. “O material é interessante, chama a atenção das crianças que quer atingir e é bem criativo”, observa.
As histórias “Games na Real” pretendem passar para as crianças, de forma suave, um questionamento do uso dos games e até que a compulsão pelo joguinho pode – e deve – ser controlada. A humanização dos personagens tenta ser um movimento contrário à banalização da violência que muitos jogos promovem: mortes com muito sangue e violência.
Nesse sentido, Games na Real é uma tentativa de desenvolver um sentimento crítico capaz de diferenciar o que é real do que é virtual e pretende instigar a imaginação das crianças para inovar e participar da criação de novos jogos.
“Achei interessante a ideia de criar um diálogo entre os personagens do Mauricio de Sousa e os robozinhos; a ideia de cidade subterrânea pode ser muito explorada e desenvolvida nos próximos episódios. As crianças gostam mesmo desta temática. Fiz a experiência de mostrar o material para um menino de 10 anos e pedi que me contasse suas impressões: ele gostou e comentou que poderiam ser criados inventados ‘chips orgânicos’ para as próximas histórias”, comenta Adriana Friedmann.
Também, nas bancas, a revista “Cebolinha” nº 29 traz uma história brincando com o famoso game” Guitar Hero” apelidado de “Guitarrero”.
Adriana Friedmann, doutoranda em Antropologia pela PUC, mestre em metodologia do ensino pela UNICAMP, pedagoga pela USP, cofundadora da Aliança pela Infância, coordenadora e docente do curso de pós-graduação em Educação Lúdica ISE Vera Cruz, autora de livros na área do brincar e da infância.
Fonte: Espaço Palavra Editora e Arte
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