Os fabricantes de biscoitos acreditam que as exportações este ano possam crescer mais que em 2008, a despeito da crise. No ano passado, o faturamento com o mercado externo foi de US$ 114 milhões, registrando crescimento de 24,51% sobre os US$ 91,6 milhões vendidos em 2007.
Uma das estratégias é ampliar as trocas com os mercados da América Central e do Sul. Até o próximo dia 18, a Associação Nacional da Indústria de Biscoitos (Anib) e do Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos do Estado de São Paulo (Simabesp) promovem uma rodada de negociações com empresários de diversos países da região em São Paulo , em parceria com a Apex-Brasil.
Segundo o presidente do Sindicato, José dos Santos dos Reis, esta é a primeira vez que as entidades trazem ao Brasil compradores internacionais para o setor de biscoitos.
A previsão é que participem cerca de 30 compradores de países como Colômbia, Chile, Costa Rica, Equador, Panamá, Porto Rico, Venezuela, Uruguai, Paraguai, Honduras, Cuba, Nicarágua e Guatemala.
As empresas brasileiras que participarão da rodada de negócios são: C&F International (Bela Vista), Cory Alimentos, Bauducco, Mabel, Selmi, Itamaraty, Faville, Millen (Marindoces, Santa Edwiges e Erlan), Pacific (Dunga e Charlotte), Chelkem, General Brands, J. Mac ê do, Jasmine e Good Quality.
Na programação do encontro está uma visita à fábrica da Bauducco, onde os importadores poderão comprovar a capacidade tecnológica das empresas brasileiras. “Queremos mostrar porque o Brasil é o segundo maior fabricante mundial de biscoitos”, explica Reis.
A investida nos mercados latino-americanos completa a estratégia comercial do setor de cobrir todos os continentes. No primeiro trimestre do ano, também em parceria com a Apex-Brasil, fabricantes brasileiros de biscoitos participaram de eventos internacionais como a feira ISM (Alemanha) e Sabores do Brasil (Dubai). Em junho será a vez da Fancy Food (Nova York) e, em agosto, a Confitexpo, em Guadalajara (México).
Angola continua sendo o principal comprador de biscoitos brasileiros, representando 22% do total. Seguem Paraguai, com 13%; Argentina, com 9%; Uruguai, com 8,9% e Estados Unidos, com 7,7%. A América Latina como um todo representa 49,77% das exportações do setor.
O setor de biscoitos encerrou o ano de 2008 com um crescimento de 4,1% em volume, o que corresponde a mais de 46 mil toneladas ou a “uma nova fábrica com 1.200 empregados”, conforme compara Reis. A estimativa do setor para 2009 é de um crescimento de 2,2% em volume. “Quanto ao valor, deveremos acompanhar a inflação”, pondera.
O setor terminou 2008 com cerca de 1.177 milhões de toneladas, enquanto em 2007 o volume comercializado foi de 1.131 milhões de toneladas, 1,7% acima de 2006, quando chegou a 1.112 milhões de toneladas. Esta produção mantém o Brasil como o segundo maior mercado de biscoitos no mundo, ficando abaixo somente dos Estados Unidos. Os demais países do ranking são Inglaterra, Alemanha e França.
O valor de gôndola ficou em torno de R$ 8 bilhões, 8,6% acima de 2007, quando as vendas foram de R$ 7,4 bilhões. O faturamento de fábrica ficou em torno de R$ 5,65 bilhões e o realinhamento nos preços de varejo ficaram em torno de 8,5%, acompanhando a inflação registrada em 2008.
Fonte: Net Comex
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