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A participação destes produtos de valor agregado no volume total de produção de 2008 – 711 mil toneladas (4,5% a mais que em 2007) – foi de 33%. Em volume de produção, os produtos líderes continuam sendo os iogurtes líquidos e os de polpa com uma participação de, respectivamente, 35% e 26% no total.
William Alves (foto), Diretor de Source & Supplier Development da Danone, que ministrou uma palestra no Café da Manhã da ABRE de março, realizado no Hotel Sofitel, em São Paulo, com o patrocínio da Braskem e da TecnoLáctea e Sorvetes, apresentou ainda uma outra verdade sobre o mercado brasileiro de iogurtes: a importância dos produtos acessíveis. "Neste sentido sabemos que para as classes C, D e E um desembolso pequeno por unidade (R$ 0,79/0,89/0,99) é mais importante que os packs promocionais. De fato estes consumidores querem produtos de alto valor agregado e acessíveis".
A penetração da Danone nestas classes sociais aumentou de 33,3% em 2007 para 38,9% no ano passado. Em marcas específicas e consideradas premium, como Activia, a penetração na classe C, por exemplo, passou de 22,2% em 2007 para 27,3% em 2008. Nas classes D e E este aumento de penetração da marca foi ainda mais expressivo: 11,1% contra 18,7%.
"Outro case que chama a atenção foi o aumento de penetração de Danoninho no mercado do Nordeste", ressalta Alves. Na classe C esta penetração passou de 3,7% em junho/agosto de 2008 para 7,9% em setembro/novembro do mesmo ano. Nas classes D e E o aumento de penetração da marca, nos mesmos períodos foi de, respectivamente, 2,2% e 4,7%. "O que nos leva a crer que produtos que conseguem agregar relevância e acessibilidade têm alavancado o consumo de produtos lácteos fermentados nas classes C, D e E em regiões com mercado desenvolvido e, principalmente, em regiões com mercado em desenvolvimento".
Neste contexto, a embalagem também tem um papel relevante. O Estudo Shopper realizado pela Danone em outubro de 2008, revelou que dentre os consumidores que não planejaram previamente a compra de iogurtes, alguns acabaram comprando porque: lembraram que estavam precisando quando passaram perto da seção (41%); foram atraídos pela promoção/preço (30%) e foram atraídos pela embalagem (25%).
"Mesmo assim, o consumidor hoje não declara a embalagem como um driver de compra. O que significa que há uma grande oportunidade para se desenvolver embalagens inovadoras", pontua o diretor. Na pesquisa Hábitos e Atitudes Essence de 2006 os drivers citados para a compra de iogurtes foram: ter um gosto bom, ter muita fruta, ser cremoso, ter uma textura agradável, ter um sabor rico, ter a quantidade certa de açúcar, ter uma grande variedade de sabores, satisfazer a criança por longo tempo, ter uma boa cor e ser doce.
Em relação a embalagens, Alves cita o exemplo do Activia, cuja diferenciação está muito mais nas artes do que nos formatos. Sobre a linha Corpus, o diretor lembra que as limitações nas tecnologias de envase acabam gerando produtos com embalagens muito similares com variações, novamente, apenas nas artes.
Ele fala ainda sobre o Estudo Quality First de 2007 que detectou como pontos importantes para as embalagens de iogurte (respostas espontâneas dos consumidores): destacar os potes sem quebrar; ter um plástico resistente; o pote não pode amassar; ser fácil de abrir o selo de alumínio do pote; ter o prazo de validade nítido.
Outro fator a ser considerado e que demonstra o potencial de crescimento do setor é o baixo consumo per capita de iogurte no Brasil: 5,7 quilos/ano contra 15,1 quilos/ano de nossa vizinha Argentina em 2008. O líder neste ranking é a Holanda com 37,2 quilos per capita/ano.
Fonte: AbreNews
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