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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Consumo de gomas de mascar bate recordes inclusive nos nichos de menor valor agregado

Num momento em que outras indústrias enfrentam desafios para se manter sem perdas, recentemente reportagem do New York Times mostra que, nos EUA, os fabricantes de candies e confeitos cresceram com a crise. Além de baixo valor unitário e habitualidade de consumo, a explicação estaria na capacidade desses produtos de gerar reconforto, contrabalançando os atuais níveis de estresse e insegurança financeira.

Enquanto setores como o de bens duráveis dependem cada vez mais de redução de tributos, linhas de financiamento e outros estímulos governamentais, o giro dessas guloseimas avança mais e mais. É o que demonstra projeção da Nielsen, apontando crescimento de 8% no setor em 2009. Já o radar do Euromonitor International indica que o consumo nacional de gomas de mascar e chicletes de bola cresceu a médias anuais de 22,3% entre 2003 e 2008, movimentando US$ 1.294 bilhão no último exercício. Num indício de que a maré boa está longe do fim, para 2013 o Euromonitor prevê volume negociado superior a US$ 1.5 bilhão na categoria.

Repassando dados da Nielsen, Rodrigo Bertoncini, gerente de trade market e operações da Cadbury, informa que o mercado brasileiro de gomas de mascar e chicletes de bola cresceu 7% em 2008. “Sem dúvida essa expansão é bastante baseada em valor agregado. Mas o nicho de bricks , que se reinventou na parte de licenciamentos, também tem crescido”, destaca o dirigente, acrescentando que, no Brasil, há público para todos os tipos de gomas de mascar. Entre as mais recentes ações da empresa no setor está o lançamento de Chiclets Stick Azedinho Doce, considerando um dos grandes sucessos de vendas nas décadas de 70 e 80. Voltado a adolescentes entre 14 e 17 anos, o produto ganhou embalagem laminada, dando continuidade ao processo de revitalização da marca Chiclets. A ação remonta a 2006, quando as tradicionais caixinhas amarelas ganharam nova logotipia e o produto passou a ser distribuído nas versões barra e stick.

A linha sem açúcar, por sua vez, tem uma versão de Trident em embalagem cartonada de 18 unidades a mais recente aposta da Cadbury. “Este produto é voltado para o público que chamamos de heavy user ”, define Bertoncini, enfatizando que a idéia não é oferecer custo unitário menor, e sim uma apresentação diferenciada para os consumidores que não se satisfazem com a quantidade entregue na tradicional embalagem aluminizada de cinco unidades. “Já havíamos feito isso com o lançamento do pote com 40 unidades de Trident”, lembra o gerente da Cadbury.

Fonte: Doce Revista, nº 175

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