Num momento em que outras indústrias enfrentam desafios para se manter sem perdas, recentemente reportagem do New York Times mostra que, nos EUA, os fabricantes de candies e confeitos cresceram com a crise. Além de baixo valor unitário e habitualidade de consumo, a explicação estaria na capacidade desses produtos de gerar reconforto, contrabalançando os atuais níveis de estresse e insegurança financeira.
Enquanto setores como o de bens duráveis dependem cada vez mais de redução de tributos, linhas de financiamento e outros estímulos governamentais, o giro dessas guloseimas avança mais e mais. É o que demonstra projeção da Nielsen, apontando crescimento de 8% no setor em 2009. Já o radar do Euromonitor International indica que o consumo nacional de gomas de mascar e chicletes de bola cresceu a médias anuais de 22,3% entre 2003 e 2008, movimentando US$ 1.294 bilhão no último exercício. Num indício de que a maré boa está longe do fim, para 2013 o Euromonitor prevê volume negociado superior a US$ 1.5 bilhão na categoria.
Repassando dados da Nielsen, Rodrigo Bertoncini, gerente de trade market e operações da Cadbury, informa que o mercado brasileiro de gomas de mascar e chicletes de bola cresceu 7% em 2008. “Sem dúvida essa expansão é bastante baseada em valor agregado. Mas o nicho de bricks , que se reinventou na parte de licenciamentos, também tem crescido”, destaca o dirigente, acrescentando que, no Brasil, há público para todos os tipos de gomas de mascar. Entre as mais recentes ações da empresa no setor está o lançamento de Chiclets Stick Azedinho Doce, considerando um dos grandes sucessos de vendas nas décadas de 70 e 80. Voltado a adolescentes entre 14 e 17 anos, o produto ganhou embalagem laminada, dando continuidade ao processo de revitalização da marca Chiclets. A ação remonta a 2006, quando as tradicionais caixinhas amarelas ganharam nova logotipia e o produto passou a ser distribuído nas versões barra e stick.
A linha sem açúcar, por sua vez, tem uma versão de Trident em embalagem cartonada de 18 unidades a mais recente aposta da Cadbury. “Este produto é voltado para o público que chamamos de heavy user ”, define Bertoncini, enfatizando que a idéia não é oferecer custo unitário menor, e sim uma apresentação diferenciada para os consumidores que não se satisfazem com a quantidade entregue na tradicional embalagem aluminizada de cinco unidades. “Já havíamos feito isso com o lançamento do pote com 40 unidades de Trident”, lembra o gerente da Cadbury.
Fonte: Doce Revista, nº 175
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