Giorgetto Giugiaro não foi eleito o designer do século passado à toa. Desenhou ícones da indústria como o Volkswagen Golf (1974), o Fiat Uno (1983), o Lotus Esprit (1972) e até o De Lorean DMC (1981). É aquele carro futurista movido a casca de banana do filme "De Volta para o Futuro" (1985).
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Ou você viu o Palio 2010 no site da Fiat na Itália? Nem pensar. Ele só é feito aos borbotões em Betim (MG) e é vice-líder há anos do mercado brasileiro.
Só que meteram o bedelho no desenho de Giugiaro. O primeiro Palio tinha linhas harmoniosas e, até a chegada do Peugeot 206, era belo.
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Feio é você
Numa noite mal dormida, desenharam então um substituto para ele. Giugiaro não estava lá em março de 2007 e perderam a mão. O carro ficou feio.
Parecia projetado por um estúdio amador de design chinês. A traseira tinha uma lanterna exagerada, e a frente, zero de carisma. Só faltava aquele singelo adesivo do para-brisa do primeiro Ka: "Feio é você!".
É a melhor explicação para uma vida tão curta -apenas um ano e nove meses-, a menor das quatro gerações do Palio.
Ele nem sentiu o gosto amargo de ser rebaixado para Fire, como ocorreu nas outras gerações. Foi simplesmente banido.
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Explica-se: as linhas horizontais dão ideia de maior largura. A grade pronunciada passa um quê de comprido. Pura impressão, com pouco efeito prático.
Fonte: Folha de S.Paulo
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