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terça-feira, 8 de setembro de 2009

O fim das lâmpadas incandescentes

União Europeia vai banir produto do mercado em três anos

A partir deste mês já não poderá se comprar lâmpadas incandescentes de mais de 100 watts. A medida adoptada em toda a União Europeia (EU) pretende banir esta classe de iluminação em três anos.

As primeiras a desaparecer das prateleiras são as de 100 watts e, em Setembro já não poderão ser vendidas. Quem insistir em importar o produto poderá receber uma multa de 5,5 mil euros. No entanto, os lojistas que ainda as tenham estão autorizados a escoa-las até acabarem o stock.

Em Setembro de 2010, desaparecerão do mercado as de mais de 75 watts e um ano depois irão retirar-se as de 60, para finalmente proceder à eliminação total até 2012, tal como aprovou a EU, em Dezembro passado.

A Quercus já tinha transportado, no início do ano passado, um mega-postal de correio verde, com quatro metros quadrados, até ao Ministério da Economia e Inovação, no qual seguia um pedido ao ministro da tutela para que, à semelhança do que já foi decidido noutros países, sejam banidas as lâmpadas tradicionais, por serem muito pouco eficientes, face às economizadoras – melhores do ponto de vista energético e ambiental.

A medida proposta começou com a campanha de troca de lâmpadas (incandescentes pelas eficientes) que teve lugar em vários pontos do país. Houve ainda um apelo para aderir a um “apagão” de cinco minutos previsto para dia 29 de Fevereiro de 2008, para lembrar o quanto se gasta em electricidade e a quantidade de emissões de dióxido de carbono (CO2) libertada.

Com esta medida prevê-se que um milhão de toneladas de CO2 deixe de ser emitido na atmosfera até 2020 e a poupança de cinco a dez milhões de euros em toda a UE. Os consumidores poderão adoptar por lâmpadas de nova geração, sejam estas de halogéneo, fluorescentes compactas, etc.

Após 130 anos de vida

Na lâmpada convencional, inventada por Thomas Edison em 1879 – há 130 anos –, apenas o equivalente a cinco por cento da energia eléctrica consumida é transformado em luz. Já uma fluorescente, chega a gastar até 80 por cento menos e a ter vida útil acima de dez mil horas – contra apenas mil horas das incandescentes.

A diferença de preço tem sido um factor de resistência importante para algumas pessoas: o produto a banir custa por volta de 60 cêntimos e o eficiente pode oscilar entre dois e dez euros. Contudo, para além da duração a redução da factura eléctrica é substancialmente maior.

As lâmpadas fluorescentes compactas poupam 75 por cento e as de halogénio entre 25 a 50 por cento. Para além da diferença no custo, estas representam ainda um risco para a saúde. Por isso, a ANEC – European consumer voice in standardisation (associação de consumidores para a estandardização da legislação Europeia) reclamou de imediato medidas de segurança para que as pessoas possam utilizar o novo dispositivo sem repercussões negativas.

As lâmpadas fluorescentes contêm pequenas quantidades de mercúrio nocivas e emitem luz ultravioleta, mas a associação sublinha que o uso cuidado não implica efeitos negativos.

Stephen Russel, secretário-geral da ANEC avançou em comunicado que foi pedido à Comissão Europeia “a redução de mercúrio, assim como facultar os melhores sistemas de reciclagem”.

Fonte: cienciahoje.pt

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