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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Joias do tempo

A luxuosa marca de relógios Vacheron Constantin quer que mais brasileiros se apaixonem por suas criações

A história da marca de relógios Vacheron Constantin remete à combinação harmoniosa entre a tradição artesanal da Suíça, berço da marca, a tecnologia, aplicada nos mecanismos que indicam os segundos, minutos e horas, e a sofisticação de matérias-primas, como metais e pedras preciosos. Há 250 anos tem sido assim. Seja com relógios de US$ 15 mil ou nos modelos top de linha que chegam a custar US$ 2 milhões.

Além da operação básica de informar o tempo, um relógio da VC também pode ter uma gama de marcações complexas e concentrar múltiplas funções, como revelar as fases da Lua, atualizar os dados nos anos bissextos e marcar os horários do nascer e do pôr do sol. “A tecnologia e o design sofisticados fazem parte do nosso DNA. Somos a mais antiga empresa de relógios do mundo em atividade e preservar a nossa qualidade é uma das nossas missões mais importantes”, afirma o espanhol Juan-Carlos Torres, CEO da Vacheron Constantin, que trabalha em Genebra, às margens do Lago Léman.

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Torres assumiu o posto há cinco anos e, impressionado com as recentes notícias sobre o bom desempenho do Brasil, fez questão de conferir, in loco, a pujança do País. Também aproveitou a viagem a São Paulo para fazer um corpo a corpo com alguns dos principais clientes da marca por aqui.

O CEO acredita que o brasileiro é um autêntico consumidor de Vacheron, que Torres define como “uma pessoa que tem respeito e conhecimento pelas tradições”. Outra característica do consumidor da grife é a discrição. “Ele não gosta de se expor, de aparecer, aprecia e preza as relações familiares e de amizade, pois são, verdadeiramente, o que se tem de mais importante na vida”, diz Torres.

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“Nossos relógios se tornam patrimônio de família e são passados de geração em geração.” A todo momento, o executivo faz questão de frisar que o cliente típico da Vacheron Constantin é, antes de um apreciador da boa relojoaria, um colecionador.

O primeiro Vacheron chegou ao País em 1835. Desde então a marca manteve uma ligação estreita com os brasileiros. “Fizemos um relógio especialmente para o ex-presidente Juscelino Kubitschek, que usou a peça durante todo o seu mandato, de 1956 a 1961”, lembra o espanhol. Segundo ele, muitos clientes brasileiros acabam comprando suas peças da grife no Exterior. “Queremos mudar isso”, diz. “Nossa intenção é fazer com que os brasileiros possam comprar nossos relógios aqui mesmo.”

Para isso, Torres sabe que terá de investir, uma vez que há somente quatro revendas da Vacheron Constantin no Brasil, três delas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro. A ideia é, ainda este ano, ter mais uma revenda em Brasília e, futuramente, abrir três lojas próprias no País.

De acordo com o CEO, a despeito do crescimento da representação da marca no Brasil, o caráter exclusivo de seus produtos será mantido. “Cada peça é feita à mão e pode demorar de uma semana até seis meses para ficar pronta”, diz. “Não somos uma marca de prêt-à-porter."Nosso produto é alta-costura pura.” Ao todo são produzidos apenas 18 mil relógios a cada ano, distribuídos em 420 pontos de vendas espalhados, por 80 países.

A Vacheron trabalha com cinco coleções básicas: Overseas, Patrimony, Malte, Quai de L’ile e Historiques. A partir do momento em que um colecionador adquire uma peça, passa a contar com assistência total da fabricante. “Ele encontra, em nossas lojas, o mesmo sigilo e discrição dos bancos suíços”, afirma o executivo. É por isso que ele não revela, nem sob tortura, para quem foi vendido, em 1979, o relógio mais caro da história da grife, o modelo feminino Kallista com 201 diamantes, hoje avaliado em
US$ 25 milhões. “Só digo que foi para um banqueiro.”

Fonte: Istoé Dinheiro

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