Puxadas pelo consumo da nova classe média brasileira, as 50 maiores grifes nacionais ganham força e atingem um valor inédito de R$ 135 bilhões. Saiba como PetrobrAs, Itaú, Bradesco, BB e Natura se consagraram no topo do ranking DINHEIRO/BrandAnalytics
Entenda como é feita a pesquisa
O que é o ranking das marcas brasileiras mais fortes e mais valiosas?
O ranking das marcas brasileiras mais fortes e mais valiosas é realizado pela BrandAnalytics em conjunto com a revista DINHEIRO, pelo grupo WPP e utiliza a base das pesquisas de mercado da Millward Brown, chamada de BrandZ.
Qual a diferença entre o ranking de marcas mais valiosas e o de marcas mais fortes?
O ranking de marcas mais fortes compila as informações da pesquisa de mercado do BrandZ e classifica as marcas mais fortes do Brasil a partir da lealdade do consumidor. O segundo é um ranking que considera basicamente o valor das ações das empresas em mercado e o seu desempenho financeiro. O ranking de valor de marca integra os dados de mercado (como conhecimento, preferência por uma marca, satisfação e lealdade) com dados financeiros (valor dos ativos tangíveis, rentabilidade e liquidez das operações).
Como é feito o ranking das marcas mais fortes?
A partir da base de dados do BrandZ, é feita uma pesquisa de mercado com os consumidores. É perguntado aos consumidores de diversas categorias qual a marca que o entrevistado conhece. Tradicionalmente, a força de uma marca era medida pelo seu Top of Mind. A esse conceito foram adicionados parâmetros que refletem a conversão do conhecimento em preferência e em lealdade. Daquele conhecimento, quanto está sendo convertido para a preferência (e influência no processo de compra) e quanto está se convertendo em consumidores leais. Em nossa pesquisa de mercado foram consideradas 37 categorias e feitas 14.800 entrevistas. Foi analisado o comportamento de 460 marcas brasileiras e multinacionais no País. Obtivemos para cada marca, em cada categoria pesquisada, a presença (conhecimento) e multiplicamos pelo nível de lealdade (voltage). Esse indicador é a base para classificarmos as marcas brasileiras mais fortes.
Como é calculado o valor da marca?
Empresas são compradas e vendidas diariamente no mercado de capitais. O produto resultante da multiplicação do preço pelo número de ações em circulação, nos fornece o valor de mercado da empresa. Esse valor, ajustado pelo valor do endividamento e itens não operacionais, nos fornece o valor da empresa. Desse valor, parte são ativos tangíveis (máquinas, equipamentos, capital, estoques) e parte são os denominados ativos intangíveis (capital humano, organizacional e de relacionamento).
Nas 50 mais valiosas, os ativos intangíveis representam 56% do valor da empresa e essa proporção varia de empresa para empresa. Na categoria de cosméticos, por exemplo, os intangíveis representam aproximadamente 96% do negócio. Em empresas de serviços, 88%. Do valor dos ativos intangíveis é separada a importância da marca na geração de valor ao acionista. E para chegar a esse número são feitas pesquisas de mercado com consumidores finais, clientes e investidores com o objetivo de compreender qual a contribuição da marca em relação a outros intangíveis da empresa.
Portanto, a contribuição da marca é baseada nos seus diferenciais competitivos versus seus principais concorrentes na categoria. Também é feito um múltiplo de mercado que considera o risco da marca em função da sua força, levando-se em conta parâmetros como conhecimento, lealdade, condições de mercado e proteção legal.
Para o ranking “As Marcas Mais Valiosas do Brasil em 2011”, a primeira etapa relacionada com o valor dos ativos intangíveis é baseada em dados de mercado das empresas (preços das ações) e estrutura de capital. Esses dados utilizados em nosso estudo são obtidos na Bloomberg. Já a segunda etapa é relacionada a pesquisas de mercado e análise legal das marcas. A pesquisa de mercado é feita utilizando-se o BrandZ, maior banco de dados de força de marca da Millward Brown.
Como se calcula a contribuição da marca?
Com base nos diferenciais percebidos da marca, em relação aos concorrentes. A pesquisa, realizada para cada categoria e público mencionado, nos oferece um grande “mapa de percepções” e de atributos de escolha para uma marca na categoria. Na categoria bancos, por exemplo, o Bradesco é a marca mais percebida em relação à presença e à acessibilidade. Mas, no quesito confiança, o mais reconhecido é o Banco do Brasil.
Em tecnologia, o Itaú é o mais recordado. Além dos atributos mais emocionais, a pesquisa também testa os funcionais (preços mais baixos, qualidade de produtos, entre outros) e de relacionamentos como melhor atendimento. Em cada categoria, é definido qual atributo é importante e quanto ele é associado à marca.
Isso constitui os diferenciais competitivos percebidos. Essa análise resulta no quão dependente da marca é esse atributo. Em outras palavras: se uma empresa perdesse a marca, qual o impacto no seu resultado econômico? Para o caso de uma empresa como a Natura, a importância da marca é muito elevada (70%). Em empresas B2B, a marca tem uma contribuição bem mais baixa (3%).
Fonte: Istoé Dinheiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário