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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Frilas na web

Frilas na web

Quer trabalhar por conta própria ou obter renda extra? Conheça os sites que fazem a ponte entre freelancers e empresas.

Em um ano de trabalho, a designer Daniela Pereira, de 21 anos, participou de 80 projetos de internet, que realizou para diferentes empresas. Sem sair da frente do computador, no seu escritório em Santo André (SP), ela conseguiu os trabalhos, fez os serviços solicitados, entregou os e recebeu o pagamento — e nem conheceu pessoalmente o contratante. Para isso, bastou se inscrever em um site voltado para freelancers e enviar propostas para os projetos do seu interesse.

“Isso representa mais ou menos 20% do que foi feito na nossa agência”, diz Daniela, formada em mídias digitais e dona da empresa Temperim em sociedade com dois amigos. Enquanto um divulga os serviços da agência no MercadoLivre e outro põe anúncios na web, Daniela se encarrega de atualizar o portfólio e sondar as demandas no site de jobs www.freela.com.br. “Depois que se consegue trabalho e um depoimento positivo fica mais fácil.”

Daniela integra um grupo cada vez maior que se beneficia de portais que conectam empresas a programadores e a outros profissionais no mundo virtual. Entre esses sites, o mais conhecido é o americano Rent A Coder (www.rentacoder.com). Com mais de 173 mil compradores e cerca de 130 mil programadores cadastrados, o site tem um “seguro anticalote”: o contratante faz o depósito em uma conta do site, que libera o pagamento ao profissional quando o trabalho é entregue. O Rent A Coder fica com um porcentual do valor contratado, geralmente de 15%.

O site brasileiro usado por Daniela, o www.freela.com.br, funciona como um local de encontro onde quem precisa do serviço inclui sua demanda, recebe propostas e acessa portfólios dos freelancers. Há espaço para avaliações de ambos os lados. O preço é negociado entre as partes e não há garantias. “Um cliente solicitou uma amostra do produto que nos tomou tempo, mas desistiu do projeto”, diz. Pesando prós e contras, Daniela acha que vale a pena e pretende se cadastrar em outros endereços do gênero. “Usamos o CathoNegócios enquanto era gratuito”, diz.

O CathoNegócios é um serviço pago com semelhanças com o Rent a Coder, como o sistema “anticalote”, que libera o dinheiro da conta só quando o trabalho for entregue. “Caso haja um desentendimento entre as partes, a Catho serve de juiz e dá uma falta para a parte que acha que não tem razão”, explica Marco Antonio Soraggi, diretor de produtos e franquias da Catho. Três faltas em 12 meses bloqueiam a conta do usuário. O serviço é gratuito para o contratante, mas não para o profissional, que paga a Catho de 69,90 reais (mensal) a 498 reais (anual).

A webdesigner Lilian Perillo, de 35 anos, aderiu ao serviço em junho e fez apenas um job: programou um jogo em flash que lhe rendeu 250 reais. Quem solicitou o trabalho foi o designer de criação Mario Martins, de 31 anos, que tinha urgência em desenvolver o game para a empresa onde trabalha. “Me senti seguro em buscar ali um profissional qualificado que me atendesse no prazo”, diz ele.

Uma opção para quem quer se habilitar em software livre e ao mesmo tempo ganhar dinheiro é o projeto Teia MG, que é apoiado pelo governo do estado de Minas Gerais. Qualquer pessoa pode se candidatar, mesmo sem experiência na área. “A pessoa aprende fazendo, participando de atividades e de fóruns de discussão na rede”, diz Rogério Moreira, articulador do projeto. E já pode sair trabalhando.

O Teia MG estabelece limites de valor pelos serviços prestados — entre 100 reais e 2 mil reais. Com dez meses de funcionamento, o projeto já recebeu cerca de 300 demandas de projetos e registra mais de 4 500 prestadores de serviço e 415 clientes. Nesse período, o site movimentou 200 mil reais, segundo Moreira. “São cerca de 450 mil ferramentas de software livre à disposição de profissionais, aprendizes e empresas”, diz.

Onde encontrar trabalho

Teia MG

www.teia.mg.gov.br

Gratuito

Catho Negócios

www.cathonegocios.com.br

Pago (de R$ 69,90 a R$ 498)

Rent a Coder

www.rentacoder.com

Pago (de 7,5% a 15% do valor recebido pelo trabalho)(em inglês)

Freela.com.br

www.freela.com.br

Gratuito

Comunica Geral

www.comunicageral.com.br

Pago (créditos pré-pagos são comprados — 30 reais, no mínimo — para fazer propostas. Cada proposta gasta 0,9 crédito, que custa 90 centavos).

Fonte: info.abril.com.br

Um comentário:

  1. Gostaria de fazer uma correção na parte referente ao Comunica Geral. Desde janeiro de 2010, não cobramos mais os créditos para se fazer uma proposta nos projetos. Para fazer propostas não há mais nenhum custo para o Profissional. Apenas o profissional que for selecionado para desenvolver o serviço para o cliente é que pagará uma comissão de 10%. Atenciosamente, Rogério Augustus (Comunica Geral).

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