Descoberto em uma mina no vale de Hukawng, em Myanmar, o fóssil tem entre 97 milhões e 110 milhões de anos e viveu no período Cretáceo. A substância pegajosa da árvore que a rodeou se encarregou de preservar em detalhes sua anatomia – as únicas partes faltando de seu corpo são a porção esquerda do abdome e uma parte de uma das patas esquerdas.
Chamada de Cascoplecia insolitis – do latim “cascus”, que significa velho, e “insolates”, de insólito, estranho, incomum – ela é diferente de todas as espécies de inseto já descritas na biologia. Isso significa que se trata de uma família, gênero e espécie completamente novos.
Apesar de suas asas serem parecidas com as encontradas na família Bibionomorpha, ela possui antenas de formas peculiares, pernas muito longas e pequenas mandíbulas que teriam limitado suas mordidas a porções bem pequenas de comida - além dos chifres e dos três olhos funcionais.
Os pesquisadores da Universidade Oregon State, que estudam o achado, acreditam que essas duas características funcionavam como mecanismos de defesa e ofereciam uma vantagem na alimentação de flores pequenas, mas não eram tão vantajosos para flores maiores. Por isso, talvez, elas não tenham tido sucesso evolutivo – já que nenhum outro inseto descoberto possui um chifre como este, ou muito menos olhos acima dele.
Mas apesar da aparência monstruosa, acredita-se que a mosca era uma pacata herbívora que se alimentava de pólen e néctar em pequenas flores tropicais. Suas longas patas, que a ajudariam a subir nas plantas, estavam recobertas de pólen também preservado no âmbar.
Aliás, para os que já fizeram a associação do âmbar com o mosquito do filme “Parque dos Dinossauros”, ficou claro que, em se tratando de um herbívoro, o fóssil não possui vestígios de sangue de Tiranossauro dentro de si.
Fonte: info.abril.com.br
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