Header

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Achado fóssil de aranha com 165 mi de anos

Achado fóssil de aranha com 165 mi de anos
Fósseis de aranha encontrados na China têm detalhes muito bem preservados

Elas caminharam com os dinossauros, mas os detalhes gravados na rocha mostram que as aranhas da era Jurássica eram muito parecidas com suas descendentes modernas.

A série de fósseis de aranhas de 165 milhões de anos encontrada em Daohugou, no norte da China, impressionou os pesquisadores por estar extremamente bem preservada - afinal, vestígios de aranhas são muito raros, uma vez que seus corpos macios não são fossilizados tão facilmente.

O corpo dos animais encontrados, sem contar as patas, tem cerca de 2,5 milímetros; eles viviam em ambientes áridos, se alimentavam de praticamente qualquer coisa menor que si mesmos e saiam à noite – hábitos idênticos aos observados nas aranhas atuais da mesma família.

Nos fósseis, inclusive, é possível ver os pelos muito finos usados para detectar a vibração do ar.

Para Paul Saden, Professor Benemérito da Universidade do Kansas e um dos autores do estudo, o local em que os animais estavam permitiu este nível de preservação. “Eram cinzas vulcânicas, um material muito fino”, explica. “Quando a rocha foi comprimida, a delicadeza das cinzas permitiu que todos os detalhes fossem mantidos. Se fosse areia, por exemplo, cujos grãos são mais grossos, não teríamos tanta sorte”.

Foi o colega chinês de Saden, Diying Huang, do Instituto de Geologia e Paleontologia de Nanjing, quem encontrou os fósseis. Ele procurou o professor americano em 2008, mas só no final do ano passado a dupla terminou de descrever as Eoplectreurys gertschi. As seis aranhas encravadas na mesma rocha foram descritas este mês na Naturwissenschaften.

VEJA MAIS IMAGENS DOS FÓSSEIS E A CONTINUAÇÃO DO TEXTO AQUI

Fonte: info.abril.com.br

Celular feito de plástico de garrafas PET chega ao Brasil

Divulgação
 Blue Earth tem painel solar para recarga de bateria e preço sugerido de R$ 949
Anunciado no início deste ano, o Blue Earth, celular ecológico da Samsung, chega ao mercado brasileiro. O aparelho é feito com plástico reciclado a partir de garrafas PET, tem carregador solar, tela de toque, interface de usuário diferenciada e preço sugerido de R$ 949.

"O Blue Earth é mais um resultado do quanto o investimento em pesquisa e desenvolvimento pode contribuir com a criação de soluções sustentáveis também no mercado da comunicação móvel", disse Silvio Stagni, vice-Presidente da Divisão de Telecom da Samsung, em comunicado da empresa à imprensa.

Cada hora de carregamento solar - por meio do paine na parte de trás do aparelho - pode gerar até duas horas de funcionamento em stand by e 16 m de conversação (2,5G). A interface oferece o perfil "Eco", que ajusta automaticamente o celular para economizar mais energia. O Blue Earth também dispõe do "Pedômetro Ecológico", aplicativo que incentiva o usuário a andar, mostra o quanto a emissão de CO2 é reduzida e quantas árvores são salvas ao não usar meios de transporte convencionais.

O Blue Earth tem tela LCD de 3 polegadas, câmera de 3 megapixels com detector de sorriso, serviço de identificação de música, acesso a redes sociais e upload descomplicado de fotos para blogs e GPS, por meio de conexões 3G e Wi-Fi. Completando o perfil "amigo da natureza, a embalagem é de papel reciclado. O kit básico inclui ainda fone de ouvido e cartão de memória microSD de 1 GB.

Embrapa desenvolve embalagem comestível

Cientistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão empenhados na produção de embalagens comestíveis que prometem conservar frescos por mais tempo alimentos como frutas, verduras e queijos. A tecnologia, que ainda está em fase de testes, é uma alternativa às embalagens de plástico sintético.
Produzidas em forma de filmes, as embalagens comestíveis são uma espécie de plástico natural que, quando aplicado sobre a superfície dos alimentos, retarda a perda de água e as trocas gasosas entre o alimento e o ambiente, aumentando o tempo de vida do produto.

Em Fortaleza (CE), pesquisadores da Embrapa Agroindústria Tropical desenvolvem filmes feitos com purês de frutas para aplicação nesse tipo de alimento. Esses materiais são quase transparentes e podem ter sabor e aroma idênticos ao da fruta com que são feitos. Em São Carlos (SP), pesquisadores da Embrapa Instrumentação Agropecuária desenvolvem filmes à base de proteínas do milho – chamadas zeínas – e quitosana, polissacarídeo extraído da casca dos crustáceos que, além de prolongar a vida do alimento, tem ação antibacteriana e fungicida.

Para a aplicação do filme, o alimento é banhado em uma solução que depois de seca vira uma película de espessura finíssima, em torno de 0,1 mm. Essa cobertura age como uma barreira que impede o alimento de oxidar e perder umidade.
“Os filmes comestíveis podem tornar os alimentos mais atraentes, pois lhes dão brilho e uma melhor integridade estrutural”, afirma a engenheira de alimentos Henriette Azeredo, da Embrapa Tropical.

Os filmes comestíveis já são bastante usados em países como Japão, Canadá, Estados Unidos e Alemanha, mas no Brasil ainda não chegaram ao mercado. “A tecnologia já está pronta e tem bastante gente interessada, mas o que limita seu uso é o alto custo dos filmes”, diz Odílio Garrido de Assis, pesquisador da Embrapa que atualmente trabalha com o filme de quitosana para aplicação em maçãs fatiadas. “Mesmo com a grande perda na produção de frutas e verduras no Brasil, os produtores ainda lucram. Então, essa tecnologia, por ser cara, não é procurada por eles”.

(Fonte: Ciência Hoje Online)

Como atua o trio gestor

Saiba como três redes de ensino se estruturaram para garantir o perfeito encaixe do trabalho de supervisores, diretores escolares e coordenadores pedagógicos

Ilustração: Cássio Bitencourt

Fazer uma escola atingir bons resultados na aprendizagem dos estudantes e oferecer uma Educação de qualidade é uma responsabilidade complexa demais para ficar na mão de apenas uma pessoa. Por muito tempo, somente o professor foi responsabilizado por isso. Porém a sociedade foi percebendo que o profissional da sala de aula, sem a formação adequada e o apoio institucional, não é capaz de atingir sozinho os objetivos educacionais almejados. Dos anos 1970 para cá, uma série de pesquisas, realizadas principalmente nos Estados Unidos e na Inglaterra, apontou que a atuação de outros atores também influencia no desempenho dos alunos. Entre eles, está a dos profissionais que compõem a equipe gestora da escola. São eles:

- o diretor, responsável legal, judicial e pedagógico pela instituição e o líder que garante o funcionamento da escola;

- o coordenador pedagógico, profissional que responde pela formação dos professores; e

- o supervisor de ensino, representante da secretaria de Educação que dá apoio técnico, administrativo e pedagógico às escolas, garante a formação de gestores e coordenadores e dinamiza a implantação de políticas públicas.

Como as diversas partes de um jogo de encaixe, essas funções se articulam formando um bloco coeso para garantir o sucesso da aprendizagem. A denominação dos cargos varia de acordo com a rede e eles podem ser exercidos por uma ou mais pessoas. "A gestão da Educação exige planejamento, estabelecimento de metas, manutenção de recursos e avaliação. Se essas bases não são estruturadas em comum, em especial por esse trio gestor, nunca existirá de fato uma rede de ensino", afirma Cybele Amado, diretora do Instituto Chapada, que dá consultoria educacional a 26 municípios da chapada Diamantina, no interior da Bahia.

Rede com foco e formação permanente

Um trabalho em conjunto bem realizado leva a escola a bons resultados. A pesquisa Práticas Comuns à Gestão Escolar Eficaz, realizada pela Fundação Victor Civita no ano passado, comparou as iniciativas de gestão de escolas com desempenhos similares na Prova Brasil e concluiu: as que têm mais proximidade com a Secretaria de Educação se saem melhor na avaliação. O relacionamento é tão mais estreito quanto melhor e mais efetiva for a atuação do supervisor nas diversas unidades de ensino. Entre os diversos papéis que ele desempenha, os mais estratégicos são monitorar a implantação e a continuidade de políticas públicas, evitando que a rede perca o foco, acompanhar e apoiar o desenvolvimento do projeto político pedagógico das escolas e fazer a formação de diretores e coordenadores pedagógicos.

É preciso ressaltar que muitas redes ainda não têm uma estrutura que permita a integração do trio gestor. Noutras, mesmo com a existência das funções, não há uma cultura de colaboração. "Muitas vezes, existe um embate entre os profissionais e o trabalho simplesmente não sai: o diretor acha que o supervisor não sabe o que ocorre dentro da escola e rejeita orientação, mas, ao mesmo tempo, demanda providências da Secretaria para fazer uma boa gestão", conta Helenice Maria Sbrogio Muramoto, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e doutora pela Universidade de São Paulo com a tese Ressignificando a Supervisão Escolar.

É quando o jogo de encaixe fica com as peças embaralhadas e desconectadas. De fato, é muito comum ouvir gestores se queixando de que os supervisores vão às escolas somente para fiscalizar e dar ordens. Estes, por sua vez, reclamam que aqueles não sabem administrar e os coordenadores pedagógicos não formam os professores - e por isso alguns assumem essa função diretamente, deixando os coordenadores à margem do processo. Sentindo-se excluídos, esses últimos alegam que os supervisores não têm os conhecimentos didáticos necessários para orientar a equipe docente. Enfim, "picuinhas" que não levam a lugar nenhum e podem ser superadas quando a Secretaria oferece condições para o trabalho em conjunto e cria uma rotina de cooperação e responsabilização pelos resultados do ensino.

Nesta reportagem, vamos mostrar o papel de cada um dos elementos do trio gestor e como três redes de ensino de dimensões e problemas distintos montaram seus organogramas para garantir um trabalho conjunto eficiente.

A função de cada um e o trabalho em conjunto

O diretor é o gestor escolar por excelência, aquele que lidera, gerencia e articula o trabalho de professores e funcionários em função de uma meta: a aprendizagem de todos os alunos. É ele quem responde legal e judicialmente pela escola e pedagogicamente por seus resultados - essa última atribuição, a mais importante, é às vezes esquecida.

Já o coordenador pedagógico deve ser o especialista nas diversas didáticas e o parceiro mais experiente do professor. É ele quem responde por esse trabalho junto ao diretor, formando assim uma relação de parceria - e cumplicidade - para transformar a escola num espaço de aprendizagem. O que ocorre em muitos casos é que, sem formação adequada, ele acaba assumindo funções administrativas - e a formação permanente fica em segundo plano ou desaparece.

O supervisor, terceira peça do trio gestor, é o funcionário destacado pela Secretaria de Educação, geralmente um educador, para dar apoio às escolas e fazer a interface do Executivo com elas. As redes mais bem estruturadas dispõem de uma equipe de supervisores que divide responsabilidades e se articula para fazer a orientação dos diretores e apoiá-los nas questões do dia a dia, formar os coordenadores pedagógicos e os professores e garantir a implementação das políticas públicas, que são as orientações oficiais que dão unidade à rede. Beatriz Gouveia, coordenadora do Programa Além das Letras, do Instituto Avisa Lá, em São Paulo, que também faz formação de educadores, afirma que esses técnicos da Secretaria devem ser os grandes parceiros da equipe escolar: "Com a experiência que têm, eles podem garantir as condições para que todas as escolas tenham um bom desempenho".

Redes rurais precisam vencer distâncias

Até 2000, os professores de classes multisseriadas do município de Ibitiara, a 420 quilômetros de Salvador, trabalhavam isoladamente e não tinham contato com os colegas. "Não havia planejamento pedagógico nem acompanhamento do trabalho docente", conta Gislayni Araújo, a atual secretária de Educação. "Foi preciso criar um plano de cargos e salários e capacitar uma equipe técnica para formar gestores", diz Cybele Amado, coordenadora do Instituto Chapada.

A rede, que tem 46 escolas - apenas três urbanas - e cerca de 3,6 mil alunos, criou o setor pedagógico - subdividido em diretoria pedagógica (formação dos diretores) e supervisão técnica (acompanhamento do trabalho de oito coordenadores pedagógicos). Cada coordenador, por sua vez, cuida da capacitação dos professores de um núcleo, que reúne sempre de cinco a oito escolas ou, na maioria das vezes, classes multisseriadas.

Aproximação pedagógica

Ibitiara, no interior da Bahia, optou por fazer formações em grupo e individuais e, pelo menos uma vez por mês, todos os supervisores, diretores e coordenadores pedagógicos se reúnem para discutir questões institucionais, como projetos e a participação dos pais nas escolas. Anualmente, esse mesmo grupo define as políticas públicas a serem implementadas.

Clique para ampliar

Baixe o infográfico em tamanho legível

No início do ano letivo, a diretora pedagógica, Valéria Bagues, agenda todas as reuniões do ano com os diretores. O mesmo fazem os supervisores técnicos, Reinaldo Vieira e Celma Alves, com os coordenadores pedagógicos. Eles marcam também os encontros em que os dois grupos terão formação em conjunto. "Todos analisam os dados da escola, vão em busca de soluções e se responsabilizam pelos resultados", diz Gislayni. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de Ibitiara mostra como essa estrutura melhorou o desempenho da cidade: nas séries finais, a nota passou de 3,6, em 2005, para 4,4, em 2007, ficando acima da meta, que era de 3,7.

Solange Alves de Souza Araújo é a coordenadora pedagógica do núcleo Lagoa do Dionísio e tem oito escolas sob sua responsabilidade: "Antes, ninguém fazia plano de aula e avaliação diagnóstica. Hoje, compartilho esse trabalho com a diretora". Maria Hélia Oliveira Araújo é diretora da EM José Pereira de Araújo e está no núcleo de Solange: "Eu, a Solange e a Valéria estudamos juntas as questões importantes, como merenda escolar, legislação e como implementar as demandas do Ministério da Educação".

O desafio de criar e manter políticas públicas

Numa cidade de porte médio como Joinville, a 180 quilômetros de Florianópolis, o dilema da Educação até o ano passado dizia respeito à falta de comunicação entre a Secretaria e os educadores. "Cada escola era gerenciada de uma maneira e os professores seguiam as mais variadas metodologias", afirma Rosânia Campos, gerente da Unidade de Gestão de Ensino da Secretaria Municipal de Educação. No início de 2009, foi iniciada uma reestruturação, que ainda está em curso e deve ser finalizada este ano.

A rede é composta por 641 escolas, divididas em 14 diretorias. O primeiro passo foi criar uma coordenadoria para cada segmento de ensino e um núcleo para cada área disciplinar (veja o infográfico abaixo) para cuidar da formação continuada e em serviço dos gestores. Os núcleos de Arte, Educação Física, Educação Especial e Educação Ambiental dão suporte aos gestores e professores da Educação Básica nessas questões específicas. Já as coordenadorias têm em seus quadros supervisores de área, que visitam periodicamente as escolas para saber das demandas e orientar os supervisores escolares (nome dado aos profissionais que fazem a formação dos professores na escola). Este ano, esse grupo deve começar a receber o acompanhamento específico de outro supervisor.

Comunicação ágil

Uma cidade de porte médio como Joinville preocupou-se em fazer com que a formação continuada e em serviço fosse uniforme para toda a rede para que as políticas públicas se viabilizem. Para isso, criou núcleos para atender toda a Educação Básica (Educação Especial, Ambiental etc.) e a supervisão por área (Língua Portuguesa, Geografia etc.) para cada segmento de ensino.

Clique para ampliar

Baixe o infográfico em tamanho legível

O trabalho dos trios gestores, no ano passado, se concentrou em vencer os desafios da implantação do Ensino Fundamental de nove anos e em tornar as escolas municipais inclusivas. "Estamos tendo sucesso na formação dos docentes, que começam a entender e aplicar os princípios da inclusão e a saber que todas as crianças, com a atenção adequada, são capazes de avançar no aprendizado", afirma Valdirene Stiegler, supervisora do Núcleo de Educação Especial.

Redes grandes? Formação com multiplicadores

O gigantismo de redes de ensino como a estadual paulista é um problema: como diminuir a distância entre o centro das decisões e as escolas situadas em localidades distantes - e atender todas da mesma maneira? De que forma fazer com que as políticas públicas cheguem a todas as 5.463 unidades? Há três anos, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo se reestruturou para fortalecer o papel dos supervisores de ensino (hoje são 1.546 supervisores, distribuídos em 91 diretorias). "Um supervisor deve cuidar de no máximo cinco escolas para que todos tenham uma agenda de visitas regulares", afirma Valéria Souza, coordenadora de projetos da Secretaria. Ela conta que a rede sempre contou com supervisores, porém até recentemente o papel deles era fiscalizador. "Queremos um profissional propositivo e facilitador do trabalho do coordenador e do diretor."

O foco do trio gestor tem sido a formação: o supervisor cuida dos coordenadores e diretores, que, por sua vez, formam os professores (veja infográfico abaixo). O diretor pode - e deve -- participar dos horários de trabalho pedagógico coletivo (HTPC), mas seu principal papel é garantir que a formação ocorra, reservando espaços e horários e providenciando materiais. O coordenador é o responsável pelas ações pedagógicas e tem a função de relatá-las ao diretor, explicando as que deram bons resultados e indicando o que precisa ser melhorado. Os resultados são discutidos e levados ao supervisor, que ajuda a pensar estratégias para superar os problemas.

Formação multiplicadora

Para dar conta do gigantismo da rede, o estado de São Paulo optou por vários tipos de formação: ela pode ser presencial ou a distância, feita diretamente pela Secretaria ou pelas diretorias de ensino. Coordenadores, diretores e supervisores de uma região também se reúnem para a troca de experiências.

Clique para ampliar

Baixe o infográfico em tamanho legível

Elianeth Dias Kanthack Hernandez, supervisora da diretoria de ensino de Assis, a 440 quilômetros de São Paulo, monta um plano de ação de acordo com as necessidades das quatro escolas que estão sob sua responsabilidade: "Priorizo as que têm mais dificuldades". Sirley Tronco, diretora da EE Professora Noemia Garcia Ciciliato, em Florínea, a 40 quilômetros de Assis, é uma das diretoras que conta com o apoio de Elianeth. "Agora fazemos diagnósticos mensais para ver como os alunos têm avançado", destaca. Flávia Viana de Lima Pignataro, coordenadora da escola, diz que segue o trabalho dos professores e registra tudo para compartilhar com os outros profissionais do trio gestor. Todas as semanas, ela se reúne com a supervisora para falar sobre a formação dos professores e receber orientações.

Fonte: revistaescola.abril.com.br

ICB lança a linha de painéis luminosos Quasar.

http://www.freeshoppdv.com.br/pdv/fotos/noticias/icb_paineis_luminosos_materia.jpg


A ICB, empresa que oferece soluções de comunicação para PDVs há 14 anos, lança a linha de painéis luminosos Quasar, disponível em duas versões:

Slim: com espessura de 9 mm e molduras extrudadas em alumínio com sistema ‘’ Click’’ que permite a fácil troca de imagens pela frente do painel.

Ultra Slim: indicado para pequenos formatos e com 5 mm de espessura. As imagens são facilmente substituídas por meio de quatro pontos de fechamento removíveis.

O lançamento é fruto de muitas pesquisas, com as quais a empresa encontrou um material que, ao contrário do acrílico, propaga a luz pelas bordas e distribui a luz pela superfície, tornando-se difusor de alto desempenho e, aliado a Leds de grande potência e ângulo superior a 100°, permite o desenvolvimento dos produtos.

A linha Quasar tem inúmeros aplicativos agregados a displays de chão e de balcão, testeiras de gôndolas, bandejas auto iluminadas, Stoppers etc. Entre os principais diferenciais dos produtos estão a espessura (são ultra finos), a longa vida útil sem necessidade de manutenções, o baixo consumo de energia, a flexibilidade de uso, os aplicativos desta tecnologia e o apelo ambiental, pois são ecologicamente corretos.

Fonte: freeshoppdv.com.br

Índice que apura o custo de vida em SP é o maior desde 2003

http://www.sairdobrasil.com/wp-content/uploads/2008/12/dinheiro-jpg.jpg

O custo de vida na cidade de São Paulo aumentou consideravelmente no mês de janeiro. É o que aponta o levantamento mensal realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O Índice de Custo de Vida (ICV) da capital paulista avançou 1,72% no mês passado – a maior taxa desde janeiro de 2003, quando o ICV ficou em 2,92%. Nos últimos 12 meses (de fevereiro de 2009 a janeiro de 2010), o índice aumentou 5,11%. Em janeiro, as maiores contribuições para o crescimento do ICV vieram dos grupos Transportes (5,05%), Educação e Leitura (4,10%), Saúde (1,65%) e Alimentação (1,33%). Apresentaram variação negativa os segmentos Vestuário (0,47%) e Equipamento Doméstico (0,19%). No acumulado dos últimos 12 meses, registraram as maiores altas os grupos Despesas Pessoais (9,91%), Transportes (8,51%), Educação e Leitura (6,11%) e Habitação (5,53%). Outros grupos que apresentaram aumentos, ainda que abaixo da média geral, foram Alimentação (3,78%), Saúde (4,99%), Despesas Diversas (3,49%) e Recreação (1,95%). Vestuário e Equipamento Doméstico registraram taxas negativas, com -1,93% e -2,02%, respectivamente.

Fonte: cosmeticsonline.com.br

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Embalagens de perfume variam conforme a estação do ano

Os perfumes Harajuku Lovers, da cantora Gwen Stefani, estão fazendo sucesso não só pelas fragrâncias, mas também pelos frascos originais. A linha de perfumes é composta por cinco fragrâncias diferentes, cada uma com a sua própria embalagem, que tem uma boneca como tampa. Os perfumes levam os nomes das bailarinas que acompanham a artista nos shows: Love, Lil’Angel, Music e Baby, além de G, de Gwen. As fragrâncias são produzidas pela gigante dos perfumes Coty.

A cantora adotou para os perfumes o estilo Harajuku Lovers, em homenagem ao estilo das meninas do bairro Harajuku, de Tóquio, no Japão (o bairro é considerado o pólo fashion do país. Em Harajuku as pessoas desfilam fantasias e um estilo inusitado de se vestir). O diferencial das embalagens é que em cada estação do ano as bonequinhas ganham uma nova coleção de roupas. Gwen Stefani explica que, “assim como as garotas fashion renovam seu guarda-roupa, as bonecas também estão sempre atualizadas”. O lançamento da coleção de verão aconteceu nesta semana na capital japonesa, e as bonequinhas ganharam biquínis inspirados nos anos 50. Os perfumes não estão à venda no Brasil.


Linha standard

Linha verão

Linha inverno

Cresce desejo de comprar online, diz estudo

Cresce desejo de comprar online, diz estudo
Intenção de compras no varejo online aumenta no primeiro trimestre de 2010

A pesquisa trimestral de Intenção de Compra no Varejo apontou aumento na intenção de compras pela internet.

No levantameto do trimestre atual, 86,8% dos entrevistados declararam intenção de comprar pelo menos um item dos segmentos consultados. Quando comparado com o quarto trimestre de 2009, o índice evidencia um aumento de 0,9%.

A pesquisa é realizada pelo Programa de Administração de Varejo da Fia-USP em conjunto com a Felisoni Consultores Associados com o objetivo de indicar a intenção de compra e de gasto dos consumidores para o trimestre subseqüente.

São investigadas as expectativas com relação à compra de dez categorias de produtos: linha branca, eletroeletrônicos, telefonia e celulares, informática, eletroportáteis, automóveis, informática, cine e foto, material de construção, e cama, mesa e banho.

Fonte: info.abril.com.br

Mudança climática afetará primeiro a água

Mudança climática afetará primeiro a água
Mulher carrega balde de água em Porto Príncipe: os próprios esforços para combater o aquecimento global vão necessitar mais água, devido às exigências econômicas rivais - como para irrigação, biocombustíveis ou energia hidrelétrica.

O principal impacto das mudanças climáticas será sentido no suprimento de água e o mundo precisa aprender com cooperações passadas, como nos rios Indo ou Mekong, para evitar conflitos futuros, disseram especialistas.
Desertificação, enchentes, derretimento de geleiras, ondas de calor, ciclones e doenças transmitidas pela água, como o cólera, estão entre os impactos do aquecimento global inevitavelmente ligados à água. E a disputa pela água também pode provocar conflitos.
"As principais manifestações ligadas à alta das temperaturas dizem respeito à água", disse Zafar Adeel, presidente da ONU-Água, que coordena os trabalhos relacionados à água entre 26 agências das Nações Unidas.
"A água exerce um impacto em todas as partes de nossa vida como sociedade, sobre os sistemas naturais e os habitats", disse ele em entrevista telefônica. As perturbações podem ameaçar a agricultura e o suprimento de água potável, desde a África até o Oriente Médio.
"E isso gera potencial para conflitos," explicou. A escassez de água, como por exemplo em Darfur, no Sudão, vem sendo um fator que contribui para guerras.
Mas Adeel disse que em vários casos a água já serviu para promover cooperações. A Índia e o Paquistão colaboram para gerir o rio Indo, apesar de seus conflitos de fronteira, e Vietnã, Tailândia, Laos e Camboja cooperam na Comissão do rio Mekong.
"A água é um ótimo meio para cooperações. Costuma ser uma questão desvinculada da política e com a qual é possível trabalhar", disse Adeel, que também é diretor do Instituto de Água, Meio Ambiente e Saúde, sediado no Canadá e pertencente à Universidade das Nações Unidas.
As regiões que deverão ficar mais secas em função das mudanças climáticas incluem a Ásia central e o norte da África. Até o ano 2020, até 250 milhões de pessoas na África podem sofrer mais que hoje pela escassez de água, segundo o painel de especialistas climáticos da ONU.
"Há muito mais exemplos de cooperação internacional bem sucedidos que de conflitos em torno de água", ponderou Nikhil Chandavarkar, do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU e secretário da ONU-Água.
"Estamos tentando aproveitar os exemplos bons de cooperação, como o Mekong e o Indo. Mesmo quando havia hostilidades entre os países em volta, os acordos funcionaram", acrescentou.
Adeel disse que a água merece um lugar mais central nos debates sobre segurança alimentar, paz, mudanças climáticas e recuperação da crise financeira: "A água é fundamental em cada uma dessas discussões, mas não costuma ser percebida como tal."
E os próprios esforços para combater o aquecimento global vão necessitar mais água, devido às exigências econômicas rivais - como para irrigação, biocombustíveis ou energia hidrelétrica.
Adeel chamou a atenção para os esforços para gerenciar o suprimento de água, contabilizando quanta água é embutida nos produtos, desde a carne bovina até o café.
Um estudo, disse ele, mostrou que são necessários 15 mil litros de água para produzir uma calça jeans. Conscientizar as indústrias sobre o consumo de água pode ajudar a promover a conservação.
Ele disse que o mundo pode alcançar uma "meta do milênio" de reduzir pela metade até 2015 a parcela de pessoas que não têm acesso a água potável, mas que está fracassando em uma meta relacionada de melhorar o saneamento. Cerca de 2,8 bilhões de pessoas não têm acesso a saneamento básico.

Fonte: info.abril.com.br

Jardim flutuante limpa água e produz energia

Jardim flutuante limpa água e produz energia
Barco que purifica a água visto de frente

Designer Vincent Callebaut apresenta o “Physalia”, um protótipo de embarcação que não só purifica a água como ainda produz energia.

Chamado pelo criador de jardim flutuante, ele tem as formas e a transparência inspirados em uma espécie de caravela chamada Physalia physalis.

Sua estrutura de alumínio é recoberta por células solares, e no casco estão localizadas turbinas que transformam a correnteza em energia. Dessa forma, além de auto-suficiente, o barco ainda gera mais do que necessário para seu consumo.

Além disso, a parte que fica em contato com a água possui uma cobertura especial (com dióxido de titânio) que reage com os raios ultravioletas e quebra os poluentes em moléculas inofensivas, como dióxido de carbono e água.

Outro método de purificação é mais simples: trata-se de um grande filtro. Cruzando o casco, uma rede de canos também coleta a água dos rios e a faz passar pelos jardins internos - nomeados “Água”, “Terra, “Fogo” e “Ar” – devolvendo-a mais limpa ao ambiente.

Veja mais imagens AQUI

Fonte: info.abril.com.br

BNDES amplia financiamento a empresas de design de produtos e embalagens

http://homepage2.nifty.com/fukuyo/forum/logo_BNDES_brasileiros_cor.jpg

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passa a financiar os serviços de design de produtos com o objetivo de incentivar o investimento privado em inovação. A partir de agora, empresas e empresários individuais, prestadores de serviços de design, já podem solicitar o credenciamento como fornecedores no Portal de Operações do Cartão BNDES, para oferecer serviços de design de produtos e embalagens, incluindo ergonomia e modelagem.
Tendo em vista a multiplicidade de aplicações e a utilidade desta atividade, o Cartão BNDES poderá fomentar o investimento das micro, pequenas e médias empresas (MPME) em design, contribuindo para agregar valor à produção nacional, ao mesmo tempo em que a diferencia frente à concorrência estrangeira, em especial dos países asiáticos.
Para os escritórios de design de produtos e embalagens solicitarem o credenciamento, basta acessar o site www.cartaobndes.gov.br, clicar no menu Seja um fornecedor credenciado e preencher o cadastro on-line.
A utilização do Cartão BNDES para financiar inovação começou em junho de 2009, quando foi aberta a possibilidade de contratação de serviços de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), dentre eles o design. À época, o uso estava limitado à pesquisa aplicada para o desenvolvimento de produtos e processos, contratados junto às Instituições Científicas e Tecnológicas (ICT) reconhecidas. A partir de agora, esta possibilidade se amplia para empresas e prestadores de serviço de design.
O Cartão BNDES diferencia-se das demais linhas e programas governamentais de apoio à inovação pela facilidade de acesso e uso, além de não exigir a elaboração de projetos. Até o momento, já foram credenciadas 74 instituições para oferecer serviços tecnológicos, que inclui também os serviços de avaliação de conformidade.
O cartão é uma linha de crédito rotativo e pré-aprovado, com limite de até R$ 1 milhão por banco emissor (Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Nossa Caixa e Banrisul), com prestações fixas, prazo de até 48 meses, além de taxa de juros bastante atrativa (0,99% ao mês, em fevereiro de 2010). Ele pode ser usado por MPME para adquirir itens cadastrados no Portal de Operações do Cartão BNDES.

Camarote Nova Schin vira Devassa

http://www.seeklogo.com/images/C/Cerveja_Devassa-logo-42BFB9F7E5-seeklogo.com.gif
A Schincariol vai exibir no carnaval deste ano sua mais ousada campanha de marketing desde o lançamento da Nova Schin, em 2003. O camarote da cervejaria, que desde 2004 ostenta a marca Nova Schin, principal produto da companhia, será rebatizado como Camarote Devassa.

A cervejaria vai investir mais na marca carioca, comprada há dois anos, e deverá reposicioná-la. Hoje, a Devassa é uma cerveja super premium de alto preço vendida apenas em garrafas long neck. Com a nova estratégia, a Devasa, que tem apenas 0,01% do mercado nacional, deverá ganhar garrafa de 600 ml e competir diretamente com Brahma e Skol, da rival AmBev.

O camarote Devassa terá como madrinha a socialite americana Paris Hilton, que incorporará uma Melindrosa e será a anfitriã do evento, que terá os cabarés como tema. Hilton recebeu 700 000 dólares de cachê.

A estratégia da Schincariol é uma tentativa de ganhar mercado no Rio e reverter as perdas de participação de vendas no último ano. A empresa viu sua fatia cair de 11,6% em janeiro de 2008 para 10,5% em janeiro do ano passado. No Rio, a Nova Schin ficou com 0,5% de participação no ano passado, contra 1,4% de janeiro de 2008.

A Devassa, apesar de cara, tem pouca rejeição e é vista como uma cerveja de boa qualidade pelos consumidores fluminenses, diferente do que acontece com a Nova Schin.

A nova campanha será apresentada amanhã na Casa Julieta Serpa, no bairro do Flamengo.

Fonte: portalexame.abril.com.br

Euroesclerose

O epicentro da crise global já não é mais a economia americana, mas sim a Europa, que está na UTI. E, no Velho Continente, os problemas estruturais são tão graves que já ameaçam até a saúde do euro


Nos últimos dias, o mundo descobriu que a Europa está doente. Não de uma enfermidade ocasional, provocada por algum vírus oportunista. A doença europeia é congênita e o foco de infecção está no próprio modelo que forjou, ao longo de mais de 50 anos, o mais poderoso e rico bloco econômico do mundo, com um PIB de quase US$ 15 trilhões. Engessado por políticas sociais e trabalhistas rígidas, excessivamente dependente de seu mercado interno e sob o peso de economias frágeis, como Grécia, Portugal e Espanha, o Velho Continente parecia não ter forças de reação à crise inaugurada em setembro de 2008 e que dá sinais de estar mais próxima da cura até mesmo nos Estados Unidos. Embora não haja riscos de um contágio maior em economias como a brasileira, a situação local inspira cuidados. E, na semana passada, um sintoma da enfermidade apareceu no quadro clínico do paciente, na forma de uma corrida especulativa. Fundos montaram posições de US$ 8 bilhões para apostar contra a moeda europeia - o euro, que já valeu mais de US$ 1,50 em dezembro do ano passado, caiu para US$ 1,36. Especulava-se até que alguns países, no médio prazo, poderiam abandonar a moeda comum e resgatar suas antigas e combalidas divisas, como a lira italiana, a peseta espanhola, o escudo português e a dracma grega. No caso da Grécia, o risco era iminente. E o que se discutia em Bruxelas, sede do Parlamento europeu, na noite da quarta-feira 10, era se o governo de Atenas deveria ser socorrido pelo Fundo Monetário Internacional ou por instituições locais. O debate mobilizou as duas principais vozes econômicas da Europa. O presidente do FMI, o francês Dominique Strauss-Kahn, se colocou à disposição para ajudar. Mas o presidente do Banco Central Europeu, o também francês Jean Claude Trichet, recusou a oferta de forma simples e direta. "Seria uma humilhação", disse ele.

A expressão usada por Trichet revela bem o estado de ânimo dos europeus, que vivem uma crise que pode até abrir novas oportunidades para países emergentes como o Brasil. Mal comparando, eles vivem uma situação parecida com a de uma família quatrocentona, que ainda ostenta títulos de nobreza, mas que perdeu patrimônio e não pode passar pelo vexame de ver seu nome nas páginas de protestos judiciais. "A única coisa capaz de acalmar os mercados é um pacote interno, 100% europeu, de resgate das economias mais problemáticas", disse à DINHEIRO Jim Reid, estrategista do Deutsche Bank em Londres. Na semana passada, as negociações com os gregos eram lideradas pelas duas economias mais fortes da Europa - Alemanha e França -, que exigiam cortes orçamentários para aprovar um pacote de ajuda. Sem alternativas, o governo do primeiro-ministro George Papandreou prometia aprovar em regime de urgência medidas impopulares, como a flexiblização dos direitos trabalhistas e o aumento da idade mínima de aposentadoria. "A prioridade é salvar a economia", disse ele.

Em tese, com um PIB de apenas US$ 343 bilhões, a economia do Mediterrâneo é relativamente pequena e não deveria ser capaz de provocar nenhuma turbulência no globo. Mas o caso grego expõe as fragilidades da União Europeia, um bloco que já conta com 16 países na Zona do Euro e tem outros na fila - a Grécia foi aceita em 2000. Durante a bonança, os países mais frágeis do continente receberam grandes investimentos das economias centrais, mas não encontraram novas vocações econômicas. E o euro criou uma ilusão de riqueza. Agora, com a retração econômica, as contas fiscais entraram em colapso - a Grécia registrou um rombo de 12,7% do PIB, quando as regras do Tratado de Maastricht, que fixou as regras do euro, estipulava um teto de 3% do PIB. E é exatamente aí que entra um outro complicador. Numa situação normal, um governo neste estâgio poderia adotar medidas de política monetária, usando a inflação para reduzir a dívida, ou de política cambial, para aumentar a competitividade externa de seus produtos. Mas os países do euro perderam instrumentos de ação. E por isso ficaram na mira dos mais pessimistas. "Se nada fosse feito, a Grécia poderia voltar aos tempos da dracma", previu o economista Nouriel Roubini.

A questão é que a crise de confiança está se disseminando rapidamente em vários países da Europa. Paul Krugman, prêmio Nobel de Economia, afirmou na semana passada que "o coração da crise se chama Espanha". E ele também apontou a falta de instrumentos por parte do governo de José Luis Zapatero. "Se a Espanha tivesse a sua moeda, poderia desvalorizá-la para voltar a ser competitiva", disse ele. "Como não tem, está condenada a vários anos de deflação e alto desemprego." Embora esteja no centro das preocupações, a Espanha teve uma boa notícia na semana passada, quando a agência Moody's reafirmou o rating AAA do país, diante das promessas de que o país também enfrentaria seu problema previdenciário. Mas o que é dito pelas agências nem sempre é levado ao pé da letra pelo mercado - na semana passada, pela primeira vez na história, Grécia, Portugal, Irlanda e a própria Espanha apresentavam uma taxa de risco de crêdito superior à brasileira (leia gráfico).

Na Espanha, o desemprego já se aproxima de 20%. Entre os mais jovens é de quase 40%. E isso revela um outro aspecto da euroesclerose: a rigidez do mercado de trabalho, que se soma a um grave problema demográfico. Países como Itália e Alemanha estão perdendo população. Na Espanha, ela já não cresce mais. E, quando se leva em conta que as populações têm idades médias elevadas, o problema previdenciário se torna crítico. Tão grave quanto isso é a imensa reação dos europeus a qualquer mudança. No mês passado, na Bélgica, a demissão de 260 pessoas na ABInbev, num quadro de 2,7 mil funcionários, provocou bloqueios nas estradas, que paralisaram totalmente a produção da empresa. Além disso, parlamentares passaram a pedir a cabeça do CEO da companhia, o brasileiro Carlos Brito. No início deste mês, na França, dois gerentes de uma empresa de móveis perto de Paris, a Pier Import, foram feitos reféns pelos trabalhadores, que protestaram contra futuras demissões. E a gigante France Telecom foi palco de uma onda de suicídios - 25 em 20 meses -, em decorrência de um estilo de gestão mais agressivo. "Eles viveram durante muitos anos num mundo de privilégios e criaram economias que hoje são elefantes brancos", aponta o sociólogo Paulo Edgar de Almeida Resende, professor da PUC-SP.


Justamente por isso, o mundo hoje parece mais preocupado com a situação da Europa do que com a dos Estados Unidos. Enquanto o consenso dos bancos internacionais já projeta algum crescimento da economia americana em 2010, entre 1% e 2%, o PIB europeu deverá recuar cerca de 1%. E há também a convicção de que os Estados Unidos têm maior poder de reação, pelo simples fato de estarem mais integrados à economia global - a Europa ainda é a região mais protecionista do mundo. E que também não cumpriu uma das promessas da união econômica - a de criar grandes conglomerados globais, com centros de produção em todo o continente. Uma das únicas exceções é a Airbus, com atividade industrial na França, na Alemanha e na Espanha. Muitas economias, especialmente as dos PIIGS, foram capazes de transpor para além de suas fronteiras apenas grandes empresas de serviços - como a Telefônica e o Santander, na Espanha, ou a Portugal Telecom, em Portugal. E, de certa forma, acabaram concentrando todo o esforço de crescimento no setor imobiliário. Na Espanha, que se tornou uma espécie de balneário de luxo de toda a Europa, já existem quase duas casas por família - é a maior média do mundo.

Como o espaço para crescer na Europa hoje parece limitado, as grandes multinacionais do Velho Continente voltam suas atenções cada vez mais para os países emergentes - e nisso o Brasil ganha posição de destaque. O Carrefour cresceu 14% no Brasil em 2009, contra 2,6% na Europa. A Renault passou a ter no País seu quinto maior mercado global - éramos o décimo. E, no caso da sueca Volvo Caminhões, o Brasil assumiu a liderança, com a venda de 8,7 mil unidades. O mesmo fenômeno está ocorrendo na MAN, que adquiriu a Volks Caminhões e anunciou que o Brasil será sua plataforma de crescimento no mundo". Isso prova que o contágio da crise europeia por aqui, diferentemente do que ocorreu com o colapso dos bancos nos EUA, pode ser até positivo.

Fonte: istoedinheiro

Tempestades solares afetarão mundo em 2012

Tempestades solares afetarão mundo em 2012

O aviso foi feito enquanto astrônomos se preparam para o lançamento do Solar Dynamics Observatory (SDO), projeto da NASA que irá monitorar de forma muito mais precisa o Sol.

"Uma nuvem solar pode literalmente engolir a Terra", explica o professor Richard Harrison, diretor da divisão de Física Espacial do Rutherford Appleton Laboratory, umas das organizações envolvidas na missão da NASA.

A interação do campo magnético da nuvem com o do nosso planeta pode levar a fenômenos como a formação de auroras boreais, mas também causar impactos nos sistemas de navegação, distribuição de energia e controle de satélites. "Podemos ter blecautes e panes nos sistemas de comunicação", diz Harrison.

Mas calma: não se trata de alguma análise catastrófica ou de previsões do Armageddon envolvendo o ano de 2012. Este é um fenômeno natural do Sol, que pode nos afetar a qualquer momento, mas torna-se mais provável quando atinge o pico de seu ciclo de 11 anos.

"O Sol é uma grande bola de gás, cujos campos magnéticos se embaralham. Não podemos ver na luz visível, mas em ultra violeta percebemos que sua atmosfera não é lisa: parece um espaguete", ensina o professor.

Dessa grande massa saem nuvens carregadas de magnetismo em direção ao espaço, algumas de até um bilhão de toneladas. Elas se propagam e podem chegar à Terra, ou não. "É tudo uma questão de sorte, ou azar - e os efeitos podem ser poucos ou muitos", explica Harrison.

Em 1859, por exemplo, um evento significativo causou problemas no sistema de telégrafos do mundo todo. "Na época, poucas pessoas conseguiram associar a pane ao Sol. Hoje em dia, temos que ter em mente que somos muito mais dependentes de sistemas que podem ser afetados do que antes", explica Rutherford. Em 2012, o professor ressalta que a transmissão de eventos como as Olimpíadas de Londres poderá ser prejudicada.

Fonte: portalexame.abril.com.br

Como copiar música da web (em um clique)

Como copiar música da web (em um clique)

No BitTorrent qualquer um consegue encontrar discografias completas. Em comunidades do orkut, dá para achar links do RapidShare para baixar discos de tudo quanto é artista nacional ou gringo. Mas, como você faz quando quer baixar apenas uma música?

No bom e velho Napster (e mais tarde também no KaZaa e no SoulSeek) o download de MP3 era feito arquivo por arquivo. Hoje redes desse tipo estão esvaziadas e sofrem com vírus e arquivos falsos. Quem reina é o excesso do BitTorrent e os estressantes serviços de armazenamento online do tipo RapidShare, MegaUpload etc... As duas opções são excelentes para quem quer baixar muitas músicas, mas, para baixar um arquivo só, existe um esquema bem mais rápido.

Certamente você já usou sites musicais como o Grooveshark, Imeem e Last.FM. Nesse tipo de serviço, você consegue buscar e ouvir uma música rapidamente, por streaming. O pulo do gato para os downloads individuais de músicas é usar um programa para fazer um “backup local” dessas transmissões.

Uma das opções mais completas é o Orbit Downloader. O programa originalmente é um gerenciador e acelerador de downloads meio dispensável. O lance é que ele traz um recurso de integração com o browser (I.E e Firefox) para gravar dados de streaming.

No caso, quem quer baixar uma música rapidamente, pode, depois de instalar o programa e seu acessório Grab++, entrar num Grooveshark da vida e simplesmente apertar “Record it”. Pronto, um arquivo .MP3 da música será salvo na pasta de sua preferência.

O Orbit também funciona com vídeos do YouTube. Mas, nesse caso, é mais proveitoso usar o truque de digitar a palavra ‘kick’ na frente de ‘youtube’ na URL de qualquer vídeo, como já expliquei em mais detalhes num post anterior.

Fonte: info.abril.com.br

Parabéns Photoshop – 20 anos de existência

Falar de design sem falar de Photoshop é quase uma blasfêmia, a ferramenta revolucionou e facilitou muito o trabalho dos designers e hoje é uma ferramenta obrigatória para qualquer um que pega no mouse e diz: “vou ser designer”.

Em Fevereiro faz 20 anos que o Photoshop foi lançado e para comemorar este adorável “companheiro de trabalho”, vamos traduzir aqui um texto da Angela West , que saiu no Webdesigner Depot, chamado de A evolução do Photoshop, desde seu modesto início, sendo vendido como parte de pacotes de scanners, até o ápice dos dias de hoje, onde com certeza não vemos uma foto sequer nas bancas, que não tenham sido corrigidas e manipuladas nele, tendo seu nome associado ao ato de ajuste. Não se fala mais “vou ajustar uma foto”, se fala “vou photoshopar uma foto” ou “esta foto esta photoshopada”.

A cada versão a evolução do software é significativa e também pela diversão, já que os desenvolvedores embutem Easter Eggs como parte da brincadeira, que são comosurpresas colocadas no código do software que são acionadas com determinados comandos, como um cheat de jogo de video-game que te faz ganhar alguma coisa apertando uma sequência de botões).

Espero que gostem do texto traduzido e agreguem mais conhecimento desta ferramenta tão importante de nossas vidas.

Photoshop: Origem

O mais impressionante sobre o Photoshop é o fato de uma talentosa família, composta por um professor de engenharia, um estudante de PHD em engenharia e um talentoso artista de efeitos especiais que trabalha na ILM (Industrial Light and Magic de George Lucas (criada para conceber Star Wars), tiveram a brilhante idéia de conceber este software chamado Photoshop.

Thomas Knoll, o estudande de PHD, ainda é envolvido com o programa até hoje.

Glen Knoll era um professor universitário com dois filhos e dois hobbies: computadores e fotografia. Ele tinha uma sala escura no porão da sua casa e um Apple II Plus que o proporcionava trabalhar em casa as vezes.

Thomas Knoll acabou pegando o gosto do pai por fotografia no colégio, enquanto seu irmão , John Knoll, simplesmente comprou um dos primeiros Macs disponíveis para o público.

Em 1987 Thomas Knoll estudava engenharia na Universidade de Michigan e seu irmão trabalhava na ILM. Ele então escreveu um programa que transformava fotografias monocromáticas em tons de cinza no seu computador. O sucesso deste código fez com que ele criasse mais e mais a ponto de ter rapidamente um número de processos considerável para efeitos de fotografia e imagens digitais.

Depois que seu irmão John viu o que ele andava fazendo, recomendou ao irmão reunir tudo em um editor de imagens completo.

A combinação da habilidade de Thomas em programar, com a habilidade de John em design, levou os irmãos a um trabalho colaborativo que desenvolveu mais processos e avançou com o programa inicial. Com apenas uma interrupção para a formação de tese de Thomas, em 1988 eles lançaram o “Image Pro” e John sugeriu que vendessem o programa como um aplicativo.


Com 6 meses, os irmãos firmaram parceria com uma empresa de escanners chamada Barneyscan. Eles compraram 200 cópias do programa para incluir no pacote de seu produto.

Eles também foram chamados pela Supermac e Aldus, mas não fecharam nada com ambos.

Pouco tempo depois, os irmão Knoll fizeram ouro quando passaram na frente dos produtos Adobe e isso deu início a parceria de licenças com a Adobe que lançaria o produto, elevando ele à estratosfera.

Em 10 de Fevereiro de 1990, nascia o Adobe 1.0

O vídeo abaixo e uma entrevista feita com John Knoll este ano, onde ele fala do Photoshop nos dias de hoje.

Google revela novo projeto, o Liquid Galaxy

GOOGLE revelou um dos melhores brinquedos de todos os tempos: Um elevador de vidro virtual incrível que lhe permite voar ao redor do mundo.

Feitas por alguns dos engenheiros em seu tempo livre, o projeto “líquido Galaxy” é uma cabine interativa com telas de LCD.

As telas mostram imagens sincronizadas do Google Earth e você pode usar um de seis eixos mouse para mover o seu caminho através do ar e da água.

O efeito é deslumbrante. Dê uma olhada abaixo:

:

O vídeo foi feito pelo pessoal Mashable em uma demonstração ao vivo pelo criador Jason Holt na TED.

Senhor Holt, um engenheiro de software do Google, anunciou o primeiro projeto no ano passado.

“Foi surpreendente para todos nós, quanto mais impressionante Google Earth sentia quando estávamos cercados por telas e capaz de virar a cabeça para olhar em volta (e até mesmo andar),” ele disse.

“Senti-me mais como um passeio de um programa de computador, algo entre um deck de observação e uma nave de paredes de vidro“.

Liquid Galaxy é o produto do Google “20 por cento do tempo” iniciativa que vê seus engenheiros encorajados a prosseguir os seus próprios projectos no tempo da companhia.

Fonte: blogpop.com.br

Consumo de combustíveis no País cresce 2,7% em 2009

http://www.diganaoaoaumento.com.br/imagens/gol.jpg

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgou hoje que o consumo de combustíveis no País cresceu 2,7% no ano passado, na comparação a 2008, somando 108,8 bilhões de litros. De acordo com a ANP, o consumo de diesel caiu 1% no período, principalmente por conta do aumento da adição de biodiesel, que passou de 2% no primeiro semestre de 2008 para 4% no segundo semestre de 2009. Já o consumo de biodiesel no período aumentou 39% na mesma base de comparação, passando de 1,125 bilhão de litros para 1,565 bilhão de litros. "Apesar da crise, são números que mostram a exuberância do mercado", disse o diretor da ANP, Alan Kardec.
O consumo de gasolina em 2009 no País aumentou apenas 0,9% ante 2008, ao mesmo tempo em que cresceram as vendas de etanol. De 2008 para 2009, o consumo de etanol hidratado aumentou 23,9%. Considerando as vendas de etanol anidro, que é o álcool adicionado à gasolina e subiu 0,9% em vendas, o volume total de etanol vendido no País em 2009 superou os números de 2008 em 16,5%. Ainda segundo a ANP, o consumo de gás natural veicular (GNV) caiu 2,7% em 2009, ante 2008, para 6,3 milhões de metros cúbicos por dia. Já o consumo de querosene de aviação (QAV) aumentou 3,8%.

Fonte: portalexame.abril.com.br

O pensador do pop

O escritor inglês diz que o iPod e a internet mudaram completamente
a forma como os fãs se relacionam com a música e que o rock
já não serve mais para os jovens expressarem rebeldia


"O rock agora é como a literatura. Os jovens ouvem Jimi Hendrix como quem lê Flaubert"

Nick Hornby, 52 anos, é um dos principais nomes da ficção inglesa contemporânea. Com best-sellers como Alta Fidelidade e Um Grande Garoto no currículo (ambos transpostos com sucesso para o cinema), ele é às vezes descrito como alguém que se dedica a retratar um tipo muito específico: trintões e quarentões que se recusam a crescer. Seu tema, no entanto, é outro: a maneira como a cultura pop - e a música em especial - moldou a sua geração e as gerações seguintes. Seus personagens são um amálgama das canções que ouvem, do estilo de roupa que usam, do time para que torcem. Mas não são só superfície. Partindo desses adereços, Hornby sabe como dar densidade a cada um de seus heróis - sempre num estilo leve e mordaz. Seus trabalhos mais recentes, aliás, têm mulheres como protagonistas. O romance Juliet, Nua e Crua será lançado em maio no Brasil pela editora Rocco. Bem antes disso, nesta sexta-feira, estreia em circuito nacional Uma Educação, que narra o caso de uma adolescente com um homem mais velho, no início dos anos 60. O filme concorre ao Oscar nas categorias melhor filme, melhor atriz (Carey Mulligan) e roteiro adaptado - esse último assinado por Hornby e publicado no Brasil, nesta semana, também pela Rocco. "Uma produção independente inglesa não tem chance de ganhar, por isso nem escreverei um discurso de agradecimento", diz o autor, que falou a VEJA por telefone, da Inglaterra.

A música pop ainda é um canal para os jovens expressarem suas diferenças em relação aos pais?
Isso não funciona mais bem assim. O rock agora é como a literatura: existe uma biblioteca estabelecida. Você ouve o que está sendo feito hoje, e se dá conta de que algumas coisas se parecem com Jimi Hendrix ou Pink Floyd, e volta a escutar esses músicos. Sei que os jovens fazem isso: estão ouvindo Jimi Hendrix como quem lê Flaubert.

Então não há mais música para expressar rebeldia?
Bem, fora do rock, ainda há algumas formas musicais que os pais têm dificuldade para entender. O hip-hop é um exemplo, não tanto pela música em si, mas pela atitude social que seus artistas transmitem. É irônico: achamos que somos muito liberais e que nada do que nossos filhos façam pode nos chocar. O que nos choca no hip-hop são o machismo e o materialismo das letras. De certo modo, ficamos incomodados com o conservadorismo dessa música.

Em um artigo do ano passado sobre música digital, o senhor comenta que "uma música de três minutos não vai durar a sua vida toda". É uma ideia um tanto diferente da noção tradicional que temos de arte, como algo duradouro, que fala para apreciadores de todas as gerações.
Na verdade, não acho que as duas ideias sejam necessariamente incompatíveis. Uma boa canção pop pode ter algo a dizer a sucessivas gerações. Mas, no meu consumo diário de música, não quero ouvir algo que já ouvi 500 vezes antes. Ainda ouço Bob Dylan de vez em quando, mas não sei se vou ouvir, por exemplo, Blonde on Blonde do começo ao fim. Meus filhos ainda podem ter uma relação intensa com esse disco de Dylan. Trata-se de uma obra de arte que resiste ao tempo.

Seu filho mais velho é autista. Qual é a relação dele com a música?
Ele tem um iPod e ouve música no carro ou na hora de dormir. Tem seu gosto musical, e a música ajuda em alguns momentos. Mas ele não pede para ouvir música com frequência.

Seus livros costumam ter vários elementos autobiográficos. O senhor cogita escrever um romance sobre a experiência de ter um filho autista?
Não, no momento não. Como leitor, mesmo tendo um filho autista, não creio que teria o desejo de ler um livro sobre o tema. E, se um livro pode se tornar um peso para o leitor, não vale a pena escrevê-lo.

Não haveria um modo de escrever sobre o tema sem que o livro se tornasse, como o senhor diz, um peso?
Não sei. Não consigo pensar em um modo leve de escrever sobre isso.

O iPod e a música em formato digital mudaram o modo como o ouvinte se relaciona com a música?
Sim. Foi uma mudança completa, e não sei ainda se para o bem ou para o mal. Há inúmeras comunidades organizadas em torno da música no mundo virtual, mas esse intercâmbio não existe mais no mundo real. Em Londres, pelo menos, não dá mais para ir a uma loja de discos para se encontrar com pessoas que tenham gosto musical similar ao seu. Esse tipo de loja, que eu retratei em Alta Fidelidade, não existe mais - aliás, seria impossível escrever esse livro ambientado nos dias de hoje. Ao mesmo tempo, cresceu demais o volume de músicas disponíveis.

Como assim?
Na adolescência, minha relação com a música era muito íntima e intensa, porque eu não tinha dinheiro para comprar muitos discos. Comecei minha coleção com o primeiro disco- solo do Paul McCartney, que eu ouvi bastante. Comprei outros discos, mas não foram muitos. Hoje é bem diferente. Outro dia, uma sobrinha minha me pediu algumas indicações de música. Dez minutos depois, eu havia carregado perto de 200 álbuns no iPod dela. Uma quantidade dessas seria um sonho inalcançável quando eu tinha 15 ou 16 anos. Não sei como os jovens se relacionam hoje com a música, que importância lhe dão, com esse acesso tão fácil a uma quantidade tão grande.

O senhor sente falta das lojas de discos que fecharam?
Não sou um nostálgico. Não temos mais esses lugares de encontro para falar pessoalmente com outros fãs de música. Mas a internet oferece compensações. Eu vejo muitos blogs de MP3, que funcionam mais ou menos como lojas de discos - mas dando algumas canções de graça. Como consumidor, não estou preocupado com os formatos digitais. É como profissional de uma área criativa que eles me preocupam.

Por causa da dificuldade de cobrar por produtos digitais que caem na rede?
Sim. Daqui a dez anos, poderá ser difícil fazer dinheiro com livros, com música ou com filmes. Será um obstáculo para a profissionalização do artista. Pode afetar a qualidade das obras e até mesmo a idade das pessoas que fazem música. A única maneira de ganhar dinheiro com música será fazendo turnês a todo momento, o que, com exceções, não é uma atividade tão comum entre músicos mais velhos. Se você está na faixa dos 40 ou 50 anos e tem família, filhos para cuidar, a estrada não é necessariamente compatível com seu estilo de vida. A música pode acabar sendo como o serviço militar: algo que você faz por pouco tempo quando é jovem - e depois parte para outras coisas.

O senhor ainda compra CDs ou já aderiu completamente à música digital?
Não sou inteiramente digital. Compro CDs de vez em quando. Tenho a sensação de que, se não tenho a música fisicamente, ela se perde. Quando faço o download de alguns discos, uma semana depois não lembro mais quais eram. Já não sei mais o que tenho no meu iPod. É por isso que gosto de comprar os CDs mais importantes: é mais fácil lembrar deles quando estão visíveis em uma pilha na minha casa.

O ensaio autobiográfico da jornalista Lynn Barber em que se baseia Uma Educação está muito distante do seu território pop habitual. A protagonista é uma menina de 16 anos, no início dos anos 60, que gosta de música clássica e chanson francesa. O que o motivou a escrever o roteiro do filme?
No seu tom, entre engraçado e doloroso, o ensaio de Lynn Barber não é tão diferente do que eu tento fazer na ficção. A protagonista do filme é uma menina do subúrbio que receia estar perdendo as coisas legais que acontecem na cidade. Esse também já foi um tema dos meus livros, especialmente Febre de Bola. Penso em Uma Educação como uma espécie de versão feminina - e sem futebol - de Febre de Bola.

O senhor foi esse adolescente que temia estar perdendo as coisas?
Eu me reconheço nesses personagens, sim. Vivia a uns 50 quilômetros de Londres e não gostava de ficar em casa. Na minha adolescência, eu passava muito tempo em Londres, atrás não só do futebol, mas também de música e de livros.

O que a trilha sonora do filme diz sobre o início dos anos 60 na Inglaterra?
Queria uma trilha que se afastasse do rock’n’roll - uma trilha que parecesse mais velha do que Jenny (a personagem principal, que tem 16 anos). É o tipo de música que ela ouviria para parecer sofisticada e adulta - Ravel, Juliette Gréco. Uma garota como Jenny não poderia gostar de música pop, que só começou a ser levada a sério alguns anos depois, quando os Beatles e os Rolling Stones conquistaram reconhecimento artístico. Nos anos retratados no filme, os jovens ingleses educados não se interessavam pela cultura americana, mas pela francesa. Queriam comer comida francesa, ouvir música francesa, ler romances franceses e ver filmes franceses da nouvelle vague.

O que aconteceu com a França para perder essa influência cultural?
Não sei explicar - você teria de perguntar aos franceses. Acho que é difícil manter a autoconfiança quando as pessoas não se interessam mais por você (risos). E, claro, quando os americanos começaram a levar sua cultura pop mais a sério, o resto do mundo também se interessou por ela.

O crítico musical Jon Savage, autor de A Criação da Juventude, diz que seus livros só fazem exaltar o quarentão que tenta parecer jovem ouvindo música pop. Como o senhor responde a esse tipo de crítica?
Jon Savage não é um escritor muito bem-sucedido - e, quando alguém faz sucesso, isso o deixa furioso. De certo modo, somos inimigos ideológicos. Acho que a crítica musical que ele faz é pretensiosa e tediosa. Minha obra não glamouriza o quarentão imaturo - mas não acredito que críticos como Savage tenham lido meus livros. Eles se atêm a uma ideia feita sobre a minha literatura.

Seu primeiro livro, o autobiográfico Febre de Bola, era sobre sua paixão pelo Arsenal, time de Londres. Nunca lhe ocorreu escrever mais sobre futebol - sobre a seleção inglesa, talvez?
Sinto que tudo o que eu tinha a dizer sobre futebol já foi dito em Febre de Bola. Fazer outro livro sobre o tema seria barateá-lo. E eu torço apenas pelo Arsenal, não pela seleção.

Por que não?
Não gosto muito dos jogadores ingleses. Recentemente, houve um escândalo com John Terry, que deixou de ser o capitão da seleção inglesa por causa de uma série de problemas em sua vida privada - que envolvem infidelidade e bebida. A torcida inglesa já teve, pelo menos no passado, seus problemas de violência e racismo. Para um torcedor da minha idade, é um pouco difícil se identificar com um time desses. De resto, as disputas interclubes andam mais interessantes do que as Copas do Mundo. Costumava ser o contrário - mas, hoje, todos os melhores jogadores do mundo estão em cinco ou seis times europeus.

Seus livros mostram uma compreensão aguda da psicologia dos fãs - sejam de esporte, sejam de música. Nos seus romances, esse fã obsessivo que idolatra um time ou um músico é sempre um homem. A admiração fanática não existe entre mulheres?
Logo que comecei a ir ao estádio para torcer pelo Arsenal, eu olhava ao redor e via homens de todas as gerações - garotos, adultos, velhos. Eu já imaginava então que o time seria uma paixão para a minha vida toda. Não creio que o mesmo se dê com as mulheres. Para elas, essas paixões são coisa da infância, que elas abandonam quando chegam à idade adulta. Aos 13, 14 anos, elas podem idolatrar uma boy band, mas depois se esquecem disso. E essa talvez seja uma atitude mais saudável.

O senhor imagina que, como cantor de rock ou jogador de futebol, seria mais feliz do que é como escritor?
Já senti isso, mas não mais. Tenho 52 anos e um joelho ruim. Há uma vantagem fantástica na escrita: é uma atividade à prova de idade. Também fico satisfeito com o anonimato do escritor. Você pode ser tremendamente famoso como autor e, mesmo assim, levar uma vida normal. Não costumam nos reconhecer na rua. Um astro pop ou um jogador de futebol não contam com isso.

Fonte: veja.abril.com.br

O que fazer com uma espuma de aço?

O que fazer com uma espuma de aço?
Espuma feita de metal em experimento científico

Assim como a palha de aço, a espuma feita do metal também tem mil e uma utilidades.

Quem garante é engenheira mecânica e aeroespacial Afsaneh Rabiei, pós doutoranda de Harvard e professora na Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

De carros a implantes no corpo, passando por dispositivos capazes de impedir a destruição causada por terremotos, a espuma de aço pode ser usada em inúmeras situações.

"Poderia escrever páginas e páginas sobre isso, mas acredito que a maneira mais fácil de dizer para que serve é explicar que ela é 100% feita de aço, tem a densidade mais baixa que a do alumínio e sua capacidade de absorção de energia é cerca de 80 vezes maior que a do aço maciço”, diz Afsaneh.

O conceito de espuma metálica não é novo para a pesquisadora, que em 1997 começou a trabalhar com o produto na Universidade de Harvard. Sua primeira espuma era feita de alumínio, mas a pesquisadora, que se formou no Irã, desejava um material ainda mais resistente.

Hoje, o segredo da espuma de aço está nas microesferas: as bolhas de ar mais uniformes a tornam mais resistente do que qualquer versão anterior, pois dão espaço para melhor absorção de energia durante impactos. “É o mesmo conceito do plástico bolha usado para envolver objetos delicados”, explica a pesquisadora. “Com o plástico, você envolve materiais delicados, e impede que o impacto chegue neles”.

Por isso, uma das aplicações mais promissoras seriam os carros: a espuma irá absorver a maior parte do impacto e se deformar, e assim a energia transferida ao carro e, consequentemente ao passageiro, é menor. Em um veículo equipado com a espuma de aço, se você sofrer um acidente a 45 km/h, a sensação será de apenas 8 km/h.

A fabricação é relativamente simples: são usadas esferas ocas pré fabricadas para tornar os poros mais uniformes; o espaço entre as esferas é preenchido com pó de ferro e aquecido a altíssimas temperaturas. No caso de espumas de alumínio ou mistas, os cientistas derramam metal fundido no lugar do pó.

“Podemos usá-la também nas paredes para absorver a energia e impedir que elas chacoalhem e caiam em terremotos”, explica Afsaneh. Um outro projeto é aplicá-la a próteses e implantes, uma vez que o material poroso é bem mais similar aos ossos do que aço maciço. No entanto, teste com animais ou humanos ainda estão um pouco distantes.

No momento, a pesquisadora está licenciando o produto com uma das muitas empresas que se mostraram interessadas e, em breve, ele pode ser encontrado a um preço acessível.


Fonte: info.abril.com.br

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Casa da Moeda atua com certificação digital

Casa da Moeda atua com certificação digital

A Casa da Moeda do Brasil (CMB) está, a partir de hoje (8), integrada ao grupo de empresas que atuam com certificação digital no país. Isso vai trazer benefícios aos órgãos que trabalham em parceria com a estatal, como a Polícia Federal, e também aos cidadãos brasileiros, disse o presidente da CMB, Luiz Felipe Denucci.

A certificação digital é usada para garantir um tráfego seguro de informações pela internet. A utilização dessa tecnologia diminui custos, ao mesmo tempo que reduz a burocracia e agiliza os serviços públicos.

Denucci afirmou que os documentos de segurança emitidos pela Casa da Moeda necessitavam da certificação digital “para não serem questionados” nos dias atuais. “Era preciso que nós não dependêssemos de terceiros”, disse ele.

O certificado digital acaba com o anonimato, garantindo a origem de mensagens e documentos e sua autenticidade. O conteúdo é validado pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), do Casa Civil da Presidência da República.

“O certificado já nasce com a validade jurídica e, somando-se a isso, o sigilo da informação”, afirmou Denucci. Isso significa que qualquer operação feita a partir dessa tecnologia eletrônica tem a autenticidade do emissor garantida.

Denucci lembrou que o processo de modernização da CMB, com a adoção de tecnologia de ponta, permitiu que a empresa lançasse, na semana passada, a nova família de cédulas do real, prevendo a produção industrial já em dois meses.

A nova família do real é “tão ou mais moderna que o euro ou o dólar”, enfatizou, acrescentando que a principal vantagem para o cidadão será a segurança dos documentos emitidos. “Quem recorrer à CMB como certificadora vai saber que vai ter uma resposta rápida. E que as informações que ela autenticar com segurança serão fidedignas e reconhecidas internacionalmente”.

Denucci disse ainda que além de entrar na era digital, a empresa vai instalar uma fábrica de cartões inteligentes, selecionados pelo governo federal como ideais para suas transações. Nos próximos dois anos, a CMB pretende investir entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões para ter sua própria sala cofre, para armazenamento de dados, consolidando-se nesse segmento de negócio.

A CMB passou a ser a 9ª autoridade certificadora de primeiro nível na cadeia da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-Brasil).

Fonte: info.abril.com.br

Detroit uma cidade em busca de um novo caminho

O principal símbolo da indústria automobilística mundial vive a maior crise de sua história. Mas uma revolução pode salvar a cidade: no lugar dos carros, entra em cena a produção agrícola

Foto: Spencer Platt/Getty Images

As últimas décadas do século passado testemunharam uma grande transformação em algumas das principais metrópoles mundiais. Erguidas sob o impacto do desenvolvimento industrial, elas foram obrigadas a se reinventar depois que a decadência econômica levou a um grau de desordem urbana que tornou a vida nesses locais praticamente inviável. Em Nova York, empresários se uniram para revitalizar áreas centrais degradadas e velhos galpões fabris viraram restaurantes, galerias de arte e butiques visitados por turistas do mundo inteiro. Londres, berço da revolução industrial, é hoje essencialmente uma cidade de serviços. Barcelona viu nos Jogos Olímpicos de 1992 uma oportunidade de reorganizar o espaço urbano, que virou exemplo de boa convivência entre os cidadãos e o seu município. Com alguns anos de atraso, Detroit, a antiga capital mundial da indústria automobilística e que experimenta uma debacle sem precedentes, está em busca de uma nova vocação - vocação essa que representa o oposto de tudo o que a cidade já simbolizou.

Pela proposta das autoridades locais, a ideia é fazer Detroit encolher e transformar suas áreas periféricas em grandes campos agrícolas. Em vez de carros e picapes, a cidade quer ficar conhecida pela produção de milho e trigo. "Isso vai acontecer já nos próximos dois ou três anos", garante o prefeito Dave Bing, empossado no início do ano e que tem a dura missão de fazer Detroit renascer. Com uma área total estimada em cerca de 35 mil hectares, Detroit é uma das maiores cidades em extensão dos Estados Unidos. Seus subúrbios são gigantescos, mas hoje apresentam as menores taxas de ocupação do país. A reportagem da DINHEIRO percorreu as ruas da periferia e viu muitos lugares em ruínas. Milhares de casas foram abandonadas, em sua maioria por profissionais que trabalhavam na indústria automobilística e que perderam o emprego após o agravamento da crise do setor nos últimos anos. É possível percorrer alguns quarteirões sem encontrar pela frente pedestres ou automóveis. Fábricas estão caindo aos pedaços, lanchonetes apresentam letreiros apagados e muitas residências parecem ocupadas apenas por fantasmas.

Segundo o prefeito, custa caro manter essas zonas periféricas. Apesar do abandono, é preciso oferecer serviços básicos como iluminação pública, coleta de lixo e policiamento, sob o risco de esses lugares virarem um verdadeiro inferno.
Bing planeja trazer os moradores das periferias para as áreas centrais e com isso reduzir os custos fixos da prefeitura. Por sua vez, os subúrbios se transformariam em áreas agrícolas, com lavouras e fazendas verticais - prédios destinados à produção de alimentos hidropônicos -, e passariam a suprir a região metropolitana. Com o tempo, o excedente dessa produção seria vendido para outros municípios. O prefeito já conta com aliados de peso. John Hantz, um dos maiores investidores do mercado financeiro dos Estados Unidos (possui uma carteira com mais de US$ 3 bilhões em ativos administrados por sua empresa), diz que seu objetivo é ser o maior "produtor rural urbano" do mundo. Hantz está investindo cerca de US$ 30 milhões na compra de áreas abandonadas com a intenção de transformá- las, o quanto antes, em áreas produtivas. Segundo ele, esta é a solução mais eficiente para salvar os espaços degradados, criar empregos e ao mesmo tempo abastecer a cidade com alimentos. "Detroit vai ser a maior fazenda urbana do mundo", afirma o empresário. "Espero começar a plantar já na próxima primavera."

Para o professor Eduardo Nobre, titular do Departamento de Projetos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e que acompanha a transformação de Detroit de perto, a inédita solução é acertada.
"Trata-se de uma grande oportunidade para Detroit deixar de ser reconhecida como uma cidade cinza e poluída", diz Nobre. "As áreas livres vão estimular a criação de um sistema ambientalmente mais adequado e socialmente mais justo." Segundo Nobre, a situação de Detroit é muito parecida com a vivida por Londres nos anos 1970, quando a capital inglesa apresentava um declínio econômico e populacional que a obrigou a se desenvolver no setor de serviços.

Os números comprovam a decadência de Detroit. O atual déficit orçamentário está na casa dos US$ 300 milhões, o que obrigou a prefeitura a eliminar 13 mil postos de trabalho, medida que, por sua vez, aumentou o contingente de desempregados da região. Calcula-se que hoje a taxa de desemprego em Detroit esteja em torno de 20% da população ativa. É o dobro da média americana. Isso estimula um fenômeno típico de países emergentes e que algumas metrópoles brasileiras conhecem muito bem: a explosão da criminalidade. Detroit tem uma média de 47 homicídios para cada 100 mil pessoas. Para efeito de comparação, é o dobro do índice registrado em São Paulo. Se nos tempos áureos da indústria automobilística Detroit chegou a ter quase dois milhões de habitantes, hoje possui apenas 800 mil, número equivalente ao de 100 anos atrás, quando a linha de montagem na fabricação de automóveis havia acabado de ser inventada por Henry Ford e os carros eram artigos rarísssimos nas ruas.

Infografia: Evandro Rogrigues

"Detroit já não é mais o centro do mundo", disse à DINHEIRO Tim Lee, presidente da General Motors International Operations, divisão da empresa responsável pelas operações da GM fora da América do Norte. Segundo Lee, a tendência é de que a partir de agora a matriz tenha cada vez menos influência nas decisões de suas subsidiárias. Ou seja: mesmo abrigando o quartel-general da GM, a cidade já não tem a força do passado. Um exemplo dessa transformação: a montadora vem investindo na construção de fábricas regionalizadas em outros Estados americanos e até mesmo no México, onde a mão de obra é mais barata. A Chrysler, agora parceira global da Fiat, vai desenvolver cada vez menos produtos em sua matriz e priorizar modelos já consagrados na Europa. Única das "três gigantes de Detroit" a se manter a pleno vapor na cidade, a Ford afirmou recentemente que sua prioridade são os emergentes, entre eles o Brasil e a China.

Enquanto a agricultura não chega, muitos empresários locais se mobilizam para adaptar seus negócios à nova realidade. Ed Walker é CEO da W Industries, empresa fundada em 1981 como fornecedora de peças automotivas para GM, Ford e Chrysler. Diante da queda de demanda por parte das montadoras nos últimos anos, Walker decidiu diversificar seus negócios.
"Para não depender das grandes montadoras, abri uma divisão especializada na construção de equipamentos militares e de segurança", disse Walker à DINHEIRO. "O negócio foi tão bem que depois criei uma área voltada para o desenvolvimento de equipamentos para a indústria pesada." A diversificação fez com que Walker passasse ileso pela crise e ainda fizesse com que o faturamento da W Industries pulasse de US$ 15 milhões para US$ 100 milhões em cinco anos. "A expectativa é de manter o crescimento pelos próximos anos", afirma o empresário. Hoje a empresa comandada por Walker, que nasceu para servir a indústria automobilística, tem apenas 5% de suas receitas ligadas a esse setor. Walker é exemplo de empreendedor que se reinventou. Detroit conseguirá o mesmo?

DETROIT AGONIZA

Nos últimos anos, as montadoras americanas têm perdido espaço para os concorrentes - especialmente japoneses. Em 2009, as "três grandes de Detroit" apresentaram quedas bruscas nas vendas
Mas a situação da GM vem piorando ano após ano na última década. Confira abaixo as vendas de carros da empresa desde 1999 - ano em que apresentou seu último crescimento:

Infografia: Anderson Cattai

A lição de new orleans

Na noite de 7 de fevereiro, o esporte americano protagonizou um daqueles momentos históricos que parecem gritar por uma adaptação cinematográfica. Naquela data, o New Orleans Saints sagrou-se campeão do Super Bowl, a grande final do futebol americano. Foi a primeira vez que o time, considerado um azarão por especialistas, ergueu o troféu mais cobiçado de todas as competições esportivas realizadas nos Estados Unidos. A conquista não foi comemorada apenas pelos moradores de New Orleans, mas praticamente por todo o país. O motivo: o título dos Saints simboliza a própria redenção de New Orleans. Em 2005, a passagem do furacão Katrina pela cidade deixou um impressionante rastro de destruição.

Após a sua passagem, 80% da cidade foi inundada, 1,8 mil pessoas morreram e os prejuízos somaram US$ 75 bilhões. O impacto econômico com a saída de empresas, perda de empregos e turismo em baixa atingiu US$ 250 bilhões. O estádio onde o Saints treinava e jogava serviu de abrigo para pessoas que perderam suas casas e por pouco o time não foi desativado por falta de recursos. Nos últimos anos, porém, empresários locais uniram-se para tornar a equipe mais forte - e para fazer a cidade respirar novamente. Projetos públicos foram associados a iniciativas privadas e a própria comunidade se mobilizou para ajudar na reconstrução da capital mundial do jazz. O resultado é uma reviravolta impressionante para uma cidade dada por acabada e que pode servir de inspiração para o renascimento de Detroit.

.

Fonte: istoedinheiro