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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Como lucrar com a nova classe média

O número de consumidores de renda média deve crescer três bilhões até 2030. Criar produtos e serviços que atendam essa demanda será o grande desafio das empresas, defende estudo

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As empresas terão que mudar sua direção estratégica para capitalizar novas demandas de uma classe média global que cresce rapidamente, principalmente nos mercados emergentes. Isso irá envolver a criação de produtos e serviços totalmente novos para atender uma faixa populacional que será engrossada por mais três bilhões de pessoas até 2030. Essas são as principais conclusões de um novo estudo da Ernst & Young, Innovating for the next three billion: The rise of the global middle class, baseado em uma pesquisa com 547 executivos de todo o mundo – 13% deles do Brasil – e entrevistas com alguns dos principais empreendedores do mundo.

“O estudo mostra que os mercados de crescimento rápido, entre eles o Brasil, começarão a não mais dirigir suas economias para uma dependência em exportações, mas para um modelo de crescente consumo interno”, afirma André Viola Ferreira, sócio-líder da Ernst & Young Terco para Mercados Estratégicos. “Apesar de não ser rica pelos padrões dos países desenvolvidos, a classe média nesses mercados já está poupando menos e gastando mais, criando grandes oportunidades para companhias que podem servi-la com produtos e serviços relevantes para suas necessidades.”

A pesquisa destaca que a maioria das empresas de economias desenvolvidas atualmente dirige suas energias e atividades principalmente para produtos finais premium em seus mercados de alto crescimento. Mesmo entre companhias de alta performance nesses mercados, essa proporção é alta: 40%. O relatório argumenta que esse foco em bens de luxo terá que mudar.

O aumento no número de consumidores de renda média previsto até 2030 representará um aumento de demanda de US$ 21 trilhões para US$ 56 trilhões. “Trata-se de um enorme potencial em economias de rápido crescimento, e essa pesquisa demonstra a escala de oportunidade para companhias que desenvolvem produtos inovadores”, diz Ferreira. “As empresas precisam pensar sobre mudanças fundamentais no modo como trabalham para tirar vantagem dessas mudanças demográficas”, destaca.

Inovação

O estudo demonstra ainda que as empresas estão ao menos começando a inovar nesses mercados. Mais de três quartos dos entrevistados disseram acreditam que adotar a “inovação frugal” – ou o uso econômico de recursos para fornecer produtos acessíveis pela baixa renda – é uma grande oportunidade.

As companhias pesquisadas com crescimento acima da média de EBITDA (lucro antes de juros, taxas, depreciação e amortização) estão mais propensas a reconhecer o tamanho dessa oportunidade. Do total, 81% dos entrevistados de companhias de alta performance disseram que a inovação frugal é uma grande oportunidade, comparado com 68% entre as empresas com menor crescimento de EBITDA que responderam o mesmo.

Fonte: Istoé Dinheiro

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