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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Apple ensaia lançamento de dispositivos portáteis a energia solar

Empresa apresentou esta semana modelo de aparelho baseado em patente criada originalmente em 2008

Apple ensaia lançamento de dispositivos portáteis a energia solar

O escritório norte-americano de marcas e patentes mais parece uma mina de ouro para os fãs ecológicos da Apple. Na semana passada, a empresa apresentou ao U.S Patent and Trademark Office uma patente de um sistema inteligente de monitoramento de energia. Agora, segundo site da revista Fast Company, a Apple revelou um design para um dispositivo portátil com energia solar (provavelmente para iPhone ou iPod), em um modelo avançado de uma patente apresentada originalmente em 2008.

Pela patente, o dispositivo incluiria células solares na frente e atrás, em uma superficie aperfeiçoada para colher energia suficiente. Uma vez que as células solares possam ser feitas com material rígido, a Apple acredita que as partes inteiras da frente e de trás do dispositivo poderiam ser cobertas destas células. O gadget contaria ainda com circuitos para monitorar o estado da bateria e determinar se a recarga vai utiizar a energia solar externa ou se deve armazenar para uso posterior.

Já é possível desfrutar de um iPhone com energia solar - o carregador Novothink para iPods e iPhones é certificado pela Apple - mas esta é aprimeira vez que a companhia revela interesse em produzir dispositivos portáveis com energia solar captada pelo próprio aparelho.

Fonte: tecnologia.br.msn.com

YoGen mantém celular vivo em 5 minutos

O YoGen é mais um recarregador manual para te salvar em ambientes inóspitos ou quando você não consegue se lembrar de que é preciso carregar a bateria do celular de vez em quando.

A companhia EasyEnergy, que patenteou o produto, usa o princípio básico dos dispositivos de corda para criar energia limpa para seu celular, iPod e afins. De acordo com o fabricante, cinco minutos dando corda no dispositivo são suficientes para dez minutos de conversa no celular.

Ele já está sendo vendido no site da EasyEnergy por 39, 99 dólares.


Fonte: abril.com.br

150 amigos é o limite nas redes sociais

Um estudo apontou que o cérebro humano é capaz de administrar, o máximo, 150 amigos em redes sociais como Orkut, Facebook e Twitter.

150 amigos é o limite nas redes sociais
A pesquisa, realizada por Robin Dunbar, antropólogo da Universidade de Oxford, é baseada em números gerados em 1990, quando o especialista fez testes com primatas.

"O interessante é que você pode ter 1.500 amigos, mas, quando você olha o tráfego dos sites, é possível notar que as pessoas mantêm o mesmo circulo de amigos que gira em torno as 150 pessoas, o que ocorre também no mundo real”, afirmou o especialista em entrevista ao Times do Reino Unido.

O motivo seria a capacidade do neocortex cerebral, que não teria se desenvolvido muito em mais de 250 mil anos de evolução.

O número 150, conhecido como Dunbar Number, foi atingido durante estudos de grupos sociais em várias sociedades. Por exemplo, ele aponta que o tamanho de uma unidade do exército romano tinha aproximadamente essa quantidade de integrantes, enquanto que uma comunidade do período neolítico não poderia ir além. Algo acima disso começaria a perder a coesão.

O antropólogo ainda afirma que não adianta se gabar das centenas ou milhares de amigos nas redes sociais, já que seu número de contatos reais sempre vai girar ao redor dessa quantidade de pessoas.

O fim do escritório formal?

Em entrevista a Pequenas Empresas & Grandes Negócios, o criador do espaço de coworking New Work City, Tony Bacigalupo, fala sobre a mais nova tendência no ambiente de trabalho

 Divulgação

Será mesmo que o escritório como o conhecemos deixará de existir com o avanço do coworking? Esse sistema surgiu em 2005, criado pelo analista de sistemas Bred Neuberg, nos Estados Unidos, como alternativa para trabalho em casa. Nele, trabalhadores de diferentes áreas alugam espaços para trabalhar em um local de coworking, aumentando a interação e possibilidades de networking. Mesmo fugindo das amarras de um escritório formal, não são tentados pelas liberdades do home office.

Para saber mais sobre essa nova tendência, conversamos com Tony Bacigalupo, criador do New Work City, um espaço de coworking em Manhattan, e co-autor do livro “I’m Outta Here! How coworking is making the office obsolete” (Estou fora daqui! Como o coworking está tornando o escritório obsoleto), primeiro a abordar o assunto.

Por que o coworking está se tornando uma tendência?
Cada vez mais as pessoas podem trabalhar em qualquer lugar. E em casa, em uma cafeteria ou cyber-café não funciona para todo mundo.

Quantos espaços de coworking já existem nos Estados Unidos?
É difícil determinar o que exatamente se constitui em um espaço de coworking, mas parece haver bem mais de 100.

Quais são os benefícios do coworking para pequenas e médias empresas?
É um ambiente de trabalho melhor do que sua sala, mais flexível e possivelmente mais barato. É uma ótima forma de se conectar com pessoas talentosas, pessoas com quem você pode trabalhar também.

O coworking é o futuro do jeito como trabalhamos?
Eu acho que o coworking é uma parte integral de uma mudança maior no jeito como pensamos o trabalho. Assim como o século XX foi caracterizado por uma mudança para fora das fábricas e fazendas e para dentro dos escritórios, esse século nos verá mudando do escritório que conhecemos para os mais variados tipos de ambientes. Alguns deles serão chamados de coworking, mas muitos não. Muitos irão incorporar elementos do que nós vemos nesse sistema e isso é ótimo. Comunidade, colaboração, mentalidade aberta, esses são os tipos de comportamento que as pessoas esperam num local de trabalho, e haverá mais disso em todos os lugares.

Abrir um local de coworking é um bom negócio?
Pessoas que abriram locais de coworking com o intuito de construir um espírito de comunidade foram bem sucedidas, mas não muito lucrativas. Eles tendem a ser sustentáveis, mas não para gerar lucros além do necessário para manter o espaço aberto. Pessoas que tem gerido espaços com ênfase em lucrar significativamente têm se afastado cada vez mais da essência-base do coworking, mas muitos dos espaços são tão recentes que ainda é difícil dizer quantos deles se tornarão verdadeiros negócios.

Quais seriam algumas regras de etiqueta no coworking?
Não seja chato e respeite as pessoas a sua volta. Seja um bom cidadão. Qualquer situação acaba sendo resolvida com isso.

Fonte: revistapegn

"Economia brasileira é mais sustentável que a da China", diz Mark Mobius

Investidor afirma que a variedade das exportações brasileiras torna o país mais sólidoO megainvestidor norte-americano Mark Mobius afirmou nesta segunda-feira (25/01) que a economia do Brasil é "mais sustentável" do que a da China, porque o país tem uma pauta de exportações de matérias-primas variada, que abrange desde metais a produtos agrícolas. Segundo Mobius, essa característica torna a economia brasileira mais resiliente.

Ao falar sobre o mercado de ações no Brasil, ele afirmou que o Ibovespa, índice das ações mais negociadas na bolsa, não está excessivamente valorizado ao contrário do que sugerem muitos analistas. Segundo informações da Bloomberg, as empresas do Ibovespa são negociadas em média a um valor equivalente a 13,2 vezes seus lucros, enquanto o índice de ações da bolsa de Xangai vem registrando uma valorização que é 17,9 vezes maior que os lucros.

"A economia do Brasil é mais sustentável porque eles não têm que importar nada. A China tem que importar petróleo, ferro e alimentos", disse Mobius, que administra em seu fundo de investimentos cerca de 35 bilhões de dólares em ativos de países emergentes. "O Brasil está em uma situação na qual ele possui recursos tremendos, não apenas minerais mas também agrícolas", enfatizou.

Mercados de ações em diversos países despencaram na semana passada depois do anúncio do crescimento econômico chinês, que ficou acima do esperado. Como o índice de inflação do país também mostrou elevação, os investidores ficaram preocupados com a possibilidade do país aumentar o custo de seus empréstimos.

No Brasil, o Ibovespa, que caiu forte na semana passada, permanece em um patamar de pontos 72% acima do observado no mesmo período em 2009. De acordo com dados compilados pela Bloomberg, o índice preço-lucro do Ibovespa é o mais baixo dentre os principais mercados da América Latina.

Fonte: portalexame

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A maçã que mudou o mundo

Manuscrito do século XVIII, agora publicado na internet, conta como Isaac
Newton começou a elaborar a lei da gravidade ao observar uma macieira nos
jardins de sua casa. Ao contrário da lenda, a fruta não caiu na sua cabeça



EM PRIMEIRA MÃO
Capa do manuscrito do biógrafo Stukeley: o autor ouviu pessoalmente de Newton (no detalhe) o relato de como chegou às suas teorias


"Por que a maçã sempre cai perpendicularmente ao chão?, perguntou-se Newton. Por que ela não se move para os lados, ou para cima, mas sempre em direção ao centro da Terra? Certamente, porque a Terra a atrai. Tem de haver uma força de atração envolvida nisso."

Trecho do manuscrito de William Stukeley

Numa tarde de primavera em 1726, um ano antes de sua morte, o físico inglês Isaac Newton sentou-se no jardim para tomar chá com um amigo, o antiquário William Stukeley, que se tornaria seu biógrafo. Apontando para as macieiras em volta, o pai da ciência moderna relatou como tiveram início as investigações que o levaram a formular a lei da gravidade, a explicar o movimento dos planetas e, em última análise, a finalmente dar um sentido a tudo o que acontece no universo. Newton disse-lhe que tudo começou quando viu uma maçã cair da árvore, o que o levou a perguntar: por que a maçã não se move para os lados ou para cima? Só pode ser porque uma força a atrai para a Terra, ele concluiu. A descrição desse diálogo consta do manuscrito elaborado por Stukeley em 1752, Memoirs of Sir Isaac Newton’s Life (Memórias da Vida de Sir Isaac Newton), que desde a semana passada pode ser lido na internet.

O documento encontra-se guardado na Royal Society, a lendária associação de cientistas ingleses. Neste ano, ela completa 350 anos de existência, e, para celebrar a data, a entidade decidiu publicar em seu site vários documentos famosos. Além do manuscrito de Stukeley, podem ser lidos no site originais do filósofo inglês John Locke, entre outros documentos. Todos esses textos podem ser encontrados em edições impressas - mas a leitura do original, com a letra do autor, tem especial sabor. "O episódio de Newton com a maçã é um dos mais famosos da ciência, por isso resolvemos publicá-lo", disse a VEJA Keith Moore, diretor da biblioteca da Royal Society.

A leitura de William Stukeley serve para desmentir duas falácias comumente associadas ao episódio de Newton com a maçã. O primeiro é que a maçã teria caído sobre sua cabeça. Essa informação sempre rendeu ilustrações e charges divertidas, mas não é verdadeira. A segunda é que, diante da maçã caindo da árvore, Newton teria tido um estalo genial e formulado a lei da gravitação universal. Ele ainda levaria vinte anos se debruçando sobre seus estudos até publicá-la em sua obra mais conhecida e mais notável, Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, conhecida pela abreviatura Principia. A história da ciência é rica em episódios nebulosos, mais conhecidos por versões deturpadas ou cuja veracidade é duvidosa (veja o quadro).

Foi justamente por meio da Royal Society que Isaac Newton publicou a Principia. Na obra, ele disseca a primeira lei verdadeiramente universal da natureza produzida pela ciência. Newton explica que existe uma força de atração entre todos os corpos do universo, relacionada à sua massa e à distância entre eles. Isso explica por que os planetas giram em torno do Sol e a Lua gira em torno da Terra. É também por isso que os homens e os animais não são lançados para o espaço, mesmo com a Terra girando a mais de 1 600 quilômetros por hora na região do Equador (essa velocidade diminui à medida que se aproximam os polos). A lei explica ainda os movimentos das marés, resultado da atração da massa lunar sobre as águas dos oceanos. Além disso, a Principia contém os fundamentos da mecânica clássica:

• Lei da inércia - Todo objeto tende a ficar parado ou em movimento uniforme, a não ser que uma força aja sobre ele.

• Princípio da dinâmica - A aceleração de um objeto é proporcional à força aplicada sobre ele.

• Princípio da ação e reação - A toda ação corresponde uma reação, de mesma intensidade, mas em sentido oposto.

A publicação da Principia rendeu a Newton fama imediata. Suas teorias forneciam explicações para um conjunto tão grande de fenômenos, tanto no mundo palpável do dia a dia quanto nas esferas celestes, que mudaram a compreensão que as pessoas tinham do mundo à sua volta. Embora festejado, Newton manteve o comportamento excêntrico que sempre o caracterizou. Solitário, com fama de teimoso e mal-humorado, colecionou uma série de extravagâncias. Era religioso, mas pertencia a uma seita herética chamada arianismo, que negava a Santíssima Trindade. Em 1936, o economista John Maynard Keynes arrebatou num leilão um maço de trabalhos de Newton e constatou, surpreso, que eles relatavam experiências no campo da alquimia - tentativas de transformar metais comuns em metais preciosos. Nenhuma dessas esquisitices apaga o brilho formidável do cientista que mudou a percepção da humanidade a respeito do mundo - a partir de uma simples maçã.


Fotos Bettmann/Corbis/Latinstock, Alessia Pierdomenico/Reuters, The Corcoran Gallery/Corbis/Latinstock e AGK-Images/Latinstock

Fonte: VEJA

Todos estão de olho nele

Saiba como a Insinuante, uma ex-loja de sapatos de Vitória da Conquista (BA ), tornou-se a maior varejista do Nordeste e passou a ser cortejada pelas grandes empresas do setor

fotos: Thiago Teixeira/ag istoé
"A Casas Bahia está chegando aqui (na Bahia)
e estou pronto para chegar lá (em São Paulo)"
Luiz Batista, presidente da Insinuante

Fim da tarde em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador (BA). O empresário Luiz Carlos Batista não desgruda os olhos do imenso painel de vendas que toma uma parede inteira da sala principal do escritório central da Insinuante, a maior cadeia de móveis, eletrodomésticos e produtos eletrônicos do Nordeste e terceira do País. O olhar de Batista percorre todos os cantos do painel. Três batedeiras vendidas em Garanhus (PE), duas geladeiras em Sobral (CE), quatro microondas em Imperatriz (MA)... De repente, o até então impassível empreendedor entra em transe, corre em direção a um imenso sino, no canto da sala, e começa a tocá-lo enquanto entoa o grito de guerra da companhia, imediatamente seguido por todos os funcionários presentes: "Insinuante, aqui você manda!"

"Insinuante, aqui você manda!" "Insinuante, aqui você manda!" O ritual tem sido repetido nos últimos dias, desde o começo do ano, todas as vezes que as vendas da Insinuante atingem a meta projetada por Batista. No final de 2010, Batista tocará o sino se a Insinuante crescer pelo menos 30%, atingir R$ 2,5 bilhões de faturamento e passar de 260 para 300 lojas. Seu passo mais ousado, porém, ainda está por vir. A Insinuante pretende dobrar, ainda este ano, o número de lojas no Rio de Janeiro (de 20 para 40) e povoar um território até então não explorado pelo grupo: São Paulo. "Quero crescer no Centro-Oeste e concluir a expansão no Rio no máximo em dois anos. Assim que atingir minha meta, partirei para São Paulo", afirma Batista.

Aos 45 anos, Batista é um sujeito simpático e falante, mas pouco disposto a aparições públicas e, sobretudo, a contatos com a imprensa. A entrevista exclusiva dada à DINHEIRO é uma das raríssimas concedidas em toda sua trajetória profissional. Sua aversão aos holofotes, porém, não deve ser confundida com o desconhecimento do mercado em que atua. Batista sabe que o varejo de eletroeletrônico em São Paulo, seu principal alvo, não é para principiantes. Com a aquisição do Ponto Frio e da Casas Bahia, em apenas seis meses, o grupo Pão de Açúcar praticamente "trancou" o mercado na região Sudeste, criando uma gigante do setor com 1,8 mil lojas, 137 mil funcionários e R$ 40 bilhões de faturamento. Batista não se intimida e diz que a fusão não muda em nada o planejamento estratégico da Insinuante.

"Para mim, a fusão foi ótima - passei do quarto para o terceiro lugar", brinca Batista, para depois falar sério. "Eles (Casas Bahia) estão chegando aqui e eu quero chegar lá", diz Batista, referindo-se a entrada, pela primeira vez na história, da empresa de Michel Klein na Bahia - o grupo pretende inaugurar, no médio prazo, 30 lojas na nome de um Estado e não estar presente nele. "É ótimo que eles entrem aqui - não interessa a ninguém um mercado tão concentrado", completa o empresário. Esse cenário, porém, levou a Insinuante à condição de noiva desejada por vários pretendentes, mas o empresário manda um recado para gigantes do setor como Walmart e Carrefour, que ficaram para trás com a fusão entre Casas Bahia e Pão de Açúcar: a Insinuante não está à venda. "A minha meta é chegar ao segundo lugar (hoje nas mãos do Magazine Luiza) no setor de eletroeletrônico. E chegarei lá pelas minhas próprias forças", afirma.

fotos: Thiago Teixeira/ag istoé

Porém, é praxe no mercado as empresas negarem qualquer tipo de proposta. Desde a compra do Bompreço, a maior rede de supermercados do Nordeste, pelo Walmart, em 2004, a Insinuante vem sendo cortejada pelas gigantes do setor de varejo.

A Insinuante começou a nascer em 1959, pelas mãos do comerciante pernambucano Antenor Batista, pai de Luiz, que após trabalhar por quase duas décadas como vendedor no Rio de Janeiro decidiu abrir o seu próprio negócio. Ficou na dúvida entre duas cidades: Brasília, a nova capital, em franca expansão, e Vitória da Conquista, município baiano também em pleno desenvolvimento, por estar situado às margens da BR-116 (Rio- Bahia), importante rodovia brasileira. Antenor acabou optando por Vitória da Conquista e abriu por lá uma pequena loja de sapatos femininos, que imediatamente batizou de Insinuante - era assim que as mulheres ficavam ao calçar os tamancos da loja, uma novidade na interiorana cidade baiana. O negócio prosperou. Anos depois, Antenor abriu uma loja de móveis, ao lado da de calçados, que logo migrou para o setor de eletrodomésticos - era preciso aproveitar a explosão da venda de televisores nos anos 70. "Meu pai era um homem à frente de seu tempo. Sempre conseguiu antecipar as novidades do mercado", reconhece Batista.

fotos: Thiago Teixeira/ag istoé

Foi nas mãos de Luiz Batista, porém, que a Insinuante passou de uma pequena butique para um império do varejo, que multiplicou por seis vezes o seu tamanho nos últimos dez anos e está presente em todas as cidades do Nordeste com mais de 50 mil habitantes. No começo dos anos 80, o filho de seu Antenor partiu para Salvador para cursar a universidade e, em um lance ousado, decidiu abrir uma filial da Insinuante na Baixa do Sapateiro, bairro da cidade que concentrava - e ainda concentra - boa parte da população das classes C e D. Com uma política de crédito agressiva e um marketing atuante, em uma época em que as empresas davam pouco espaço para publicidade - a Insinuante chegou, pela quantidade de anúncios veiculados na TV Itapuã (retransmissora do SBT) a ser chamada na cidade de "a Loja de Silvio Santos (leia quadro na página 45) -, Batista foi derrubando todos os concorrentes.

"Luiz tinha um feeling para os negócios impressionante para um rapaz de 18, 20 anos. Ele conseguiu juntar dinheiro suficiente para se capitalizar e financiar as vendas e conquistou rapidamente o consumidor de baixa renda", afirma Edson Duarte Mascarenhas, presidente em exercício da Federação do Comércio do Estado da Bahia. Um a um os concorrentes locais foram derrubados: Ipê Eletrodoméstico, Correia Ribeiro, Casa Corcovado e Provedora Móveis e Eletrodomésticos. "Hoje, a Insinuante precisa manter o ritmo de crescimento para não ser engolida por alguma gigante. O Luiz está em uma bicicleta que não pode mais parar", afirma Mascarenhas.

Para o economista e consultor de varejo Nelson Barrizelli, tanto a Insinuante quanto a Casas Bahia precisam ter muito cuidado na hora de pisar em um terreno desconhecido. "Em varejo, nem sempre tamanho é documento. Veja o exemplo da Casas Bahia que tentou entrar no mercado do Rio Grande do Sul e não teve sucesso, exatamente por desconhecer as idiossincrasias do comércio local ", diz Barrizelli. Segundo o consultor, a mesma lição vale para a Insinuante, que ao entrar em São Paulo estará, pela primeira vez, competindo diretamente com grandes empresas.

Na Bahia, atualmente, ela tem apenas a concorrência da Ricardo Eletro, rede mineira que tem se expandido rapidamente pelo Nordeste. "A Insinuante tem chances de sucesso se migrar para praças ainda pouco exploradas do Estado de São Paulo, como cidades de médio porte. Se resolver entrar na capital, terá de abrir um grande número de lojas, pois o custo de propaganda será muito alto e só seria viável se fosse repartido por todas as unidades", afirma Barrizelli.

A expansão da Insinuante para o Sudeste e a ida da Casas Bahia para o Nordeste não é apenas uma questão de busca de mercado e sim de sobrevivência. É o que pensa o consultor Claudio Felisoni, coordenador-geral do Programa de Administração do Varejo (Provar), "A margem de lucro do setor de bens duráveis que sempre foi baixa está hoje próxima de zero. Para ganhar dinheiro é preciso ter volume e para ter volume é preciso expandir o território, ampliar suas operações", afirma Felisoni. Perguntado sobre quem terá melhor sorte, a Insinuante no Sudeste ou a Casas Bahia no Nordeste, o consultor diz que a segunda leva vantagem por sua grande estrutura, fortalecida após a fusão com o Pão de Açúcar. "A Casas Bahia reúne condições mais favoráveis, músculos mais potentes e tecnologia de distribuição fortíssima. Porém, mesmo assim, terá dificuldades de entrar em um território amplamente dominado pela Insinuante e que ela conhece como poucos", diz Felisoni. Batista diz respeitar a concorrência, mas acha difícil que qualquer grupo do setor de eletromóveis, por mais força que tenha, consiga ter sucesso a curto e médio prazo no Nordeste. "A Insinuante faz parte da cultura do cidadão nordestino e isso não se muda do dia para a noite", afirma Batista. A política de crediário do grupo é agressiva e não difere muito de outras empresas do setor - mais de 80% das vendas são realizadas a prazo. Os clientes pagam o carnê na própria loja nos fins de semana, sem depender do horário dos bancos. Só a chamada "linha branca" (composta por geladeiras, fogões e máquinas de lavar), beneficiada com a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), corresponde a 20% do faturamento da Insinuante. Muito antes de o Nordeste apresentar taxas de PIB acima da média nacional, Batista já investia na região. Quando esta começou a crescer, a Insinuante já estava posicionada. "Nós temos milhões de nordestinos cadastrados no nosso sistema. Um patrimônio que nos pertence e será uma das armas que vamos usar contra a nova concorrência", diz Batista.

A Insinuante aposta todas as fichas em seu marketing agressivo para fazer frente aos gigantes do varejo. Para tanto, construiu um centro de produções dentro da sede principal, em Lauro de Freitas, capaz de gravar 20 comerciais por dia.

São mais de mil inserções comerciais diárias na televisão e em torno de 40 milhões de tablóides distribuídos por ano. Batista pretende investir R$ 80 milhões em publicidade em 2010, o que faz da Insinuante a maior anunciante do Nordeste, a segunda de seu segmento e a décima sexta do Brasil. "Estamos atentos a todos os detalhes. Recentemente, trocamos a cor da marca de marfim, que era usada desde os tempos de meu pai, para o laranja, a mais insinuante das cores", diz Batista. Se a cor precisa ser chamativa como o nome da marca, o mesmo não se pode dizer do seu dono. Batista herdou a discrição e timidez do pai (seu Antenor, aos 81 anos, está afastado das decisões administrativas da empresa) - jamais será visto, por exemplo, apresentando um comercial da Insinuante, como fez recentemente Samuel Klein, o fundador da Casas Bahia. Seu grande prazer está em viajar pelo Brasil e checar pessoalmente o desempenho de suas lojas e, claro, acompanhar os painéis de venda da matriz em Lauro de Freitas. Enquanto o sino não tocar, estão todos proibidos de arredar o pé da empresa.

A "Loja de Silvio Santos
Nos anos 80, quando decidiu abrir uma loja da Insinuante na Baixa do Sapateiro, a primeira de Salvador, Luiz Batista ficou sem um tostão no bolso. Não havia dinheiro para mais nada, apenas para investimentos na terceira unidade do grupo. Foi com espanto, portanto, que ele recebeu a proposta de um vendedor da TV Itapuã (retransmissora do SBT), que oferecia ao empresário inserções comerciais no programa Silvio Santos, um dos dominicais de maior audiência da televisão. "Você está maluco? Não tenho dinheiro para pagar uma propaganda anunciada pelo Silvio Santos", lamentou Batista.

O vendedor explicou ao empresário que quem faria o anúncio não era o famoso apresentador e sim seu locutor oficial, Luiz Lombardi. Batista negociou: disse que topava, desde que a propaganda nos primeiros quatro domingos saísse de graça. No primeiro domingo, no momento em que Silvio Santos convocou seu locutor, o sinal da TV Itapuã entrou na rede nacional e uma voz, parecida com a de Lombardi, porém com sotaque baiano, entrou no ar, anunciando o comercial da Insinuante. "Achei aquilo tudo meio esculhambado, uma tiração de sarro, mas em menos de um mês depois das propagandas as minhas vendas duplicaram", lembra Batista. "Eu peguei minhas economias e comprei absolutamente todos os comerciais da grade de programação." Resultado: por muitos anos, os baianos acharam que a Insinuante pertencia a Silvio Santos e se sentiam orgulhoso de comprar na loja do apresentador e ídolo. Batista, na dele, nunca desmentiu.

Fonte: istoedinheiro

Natura faz parceria para pesquisa de cosméticos

A Natura, maior fabricante brasileira de cosméticos, fechou um contrato com o Laboratório Nacional de Luz Síncroton para instalar um laboratório de pesquisa dentro do Laboratório Nacional de Biociência do Síncroton. O objetivo é promover pesquisas em pele e cabelo para o desenvolvimento de novos produtos cosméticos da empresa.

O centro de pesquisa utilizará a técnica "high throughput screening" (HTS), que acelera os processos de testes bioquímicos. Assim, poderá ser assegurada a eficácia e a segurança de elementos que serão usados por clientes da empresa. As pesquisas formarão uma rede de interação que possibilitará a troca de experiências e testes conjuntos.

Essa parceria faz parte do projeto de "Open Innovation" (Inovação Aberta), criado para estimular a produção de conhecimento e novas tecnologias fora dos laboratórios da Natura. Esse modelo foi adotado em 2005 e, desde então, 50% de suas pesquisas são produzidas em conjunto com universidade, centros e outras empresas - nacionais e internacionais.

"Acreditamos que o investimento apropriado em pesquisa e desenvolvimento é fator crítico para o crescimento sustentável dos negócios", afirma Telma Sinicio, vice-presidente de inovação da empresa.

Às 13h (22/01), as ações da Natura (NATU3) era vendidas a 35,11 reais, apresentando uma alta de 0,31%.

Fonte: portalexame

"O motor do turismo é a classe média, não a Copa"

Foto: Roberto Castro/Ag. istoé
O setor do turismo vive um momento de glória, com o crescimento de 15% no ano passado e uma expansão semelhante prevista para este ano. A escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo, em 2014, e da Olimpíada, em 2016, deve atrair milhões de turistas estrangeiros durante os eventos e nos anos seguintes. Mas o grande mercado, na avaliação do ministro do Turismo, Luiz Eduardo Barretto Filho, está dentro do Brasil e nos países vizinhos. Ele ainda vê muitas oportunidades de negócios com a nova classe média, que passou a viajar e engrossar o mercado de turismo local. "O governo vai fazer os investimentos em infraestrutura, e o setor privado vai aproveitar as oportunidades. O turismo representa apenas 2,6% do PIB. Podemos crescer bastante", afirmou Barretto Filho à DINHEIRO. O setor hoteleiro já está se mexendo: estão em andamento investimentos da ordem de R$ 10,9 bilhões para a construção de 230 novos hotéis no País. Confira, a seguir, a entrevista.

DINHEIRO - O Brasil bateu no ano passado o recorde de passageiros em voos domésticos, com 50,5 milhões até novembro. Não houve crise nesse setor?

LUIZ EDUARDO BARRETTO FILHO - Tivemos um crescimento em torno de 15% em 2009. Isso mostra uma imensa vitalidade do setor, especialmente no mercado interno. Aconteceu no turismo o mesmo que em outros setores da economia: o mercado interno salvou o ano. Numa economia que cresce menos de 1%, ter um setor que cresceu 15% mostra um grande potencial. Com Copa e Olimpíada isso só tende a crescer no longo prazo. Em outros países, o turismo aumentou 15% no ano seguinte ao evento.

DINHEIRO - E qual a expectativa para este ano?

BARRETTO FILHO - Manter este crescimento. Estamos consolidando o mercado de consumo de massas no turismo também. Há pesquisas que mostram um crescimento de 83% no número de pessoas que estão viajando pelo Brasil. Em 2007, 32% dos pesquisados haviam feito pelo menos uma viagem nos últimos dois anos. Em 2009 este número havia subido para 58%. A nova classe média que surgiu nos últimos anos passou a consumir também turismo. O grande desafio do setor é ter produtos para este novo consumidor. Quem se preparar para isto vai ter vantagens muito fortes.

DINHEIRO - O novo consumidor demanda um produto diferente?

BARRETTO FILHO - É preciso fazer mais pesquisas de hábitos culturais, mas é evidente que este turista busca preço, pacotes econômicos, demanda mais serviço. Como não é um viajante experiente, ele necessita de agente de viagens, de roteiros integrados. Existe um campo enorme para esta nova classe média. Sem desprezar o viajante tradicional, que continua viajando e com renda maior deve viajar ainda mais. De maneira geral, o turismo brasileiro melhorou muito. Houve muitos investimentos em infraestrutura turística. Desde 2003, foram cerca de R$ 5 bilhões de investimentos. Estou muito otimista. Melhorou muito também a imagem do Brasil. É muito difícil o turismo ir bem se a imagem do país não está boa. Hoje nós temos um grande garoto-propaganda, que é o presidente Lula. É forte a imagem do Brasil e o turismo só tem a ganhar com isso.

DINHEIRO - O que está puxando o setor? Viagens de lazer ou de negócios?

BARRETTO FILHO - Os dois. O Brasil está se consolidando no segmento de negócios, é hoje o grande hub da América Latina. Qualquer empresa do mundo que queira trabalhar o mercado latino-americano sabe que o Brasil é a porta de entrada. O Brasil é o hoje o sétimo país em turismo de eventos. São Paulo é a 12ª cidade do mundo, à frente de Nova York. O aumento dos investimentos vai significar também um aumento do turismo de lazer. Não é só o segmento sol e praia, que é o carrochefe. Temos crescido no ecoturismo, na região amazônica. O turismo esportivo também está crescendo e deve crescer muito nos próximos anos por causa da Olimpíada. O segmento de luxo é um segmento importante.

DINHEIRO - Qual é o volume de investimentos esperado para os próximos anos em função da Copa e da Olimpíada?

BARRETTO FILHO - Há R$ 10,9 bilhões em projetos privados que já começaram e que vão resultar em 230 novos hotéis em todo o País até 2015. Todas as grandes redes estrangeiras estão investindo no Brasil. A Accor, por exemplo, está investindo muito. A perspectiva é ter 30 novos hotéis Ibis nos próximos anos. Tem o grupo Meliá, os portugueses com o grupo Pestana e o Vila Galé. Há ainda negociações em andamento com os americanos, Hilton e Sheraton. Há grandes perspectivas não só para a área de lazer como para a área de business, em que São Paulo é a porta de entrada. O governo vai fazer os investimentos em infraestrutura, e o setor privado vai aproveitar as oportunidades que serão geradas especialmente com a Copa do Mundo e a Olimpíada. O turismo ainda representa uma parcela pequena do PIB, apenas 2,6%. Podemos crescer bastante. É o quinto item na pauta de exportações, quase US$ 6 bilhões. Podemos crescer mais

DINHEIRO - Como?

BARRETTO FILHO - Precisamos aproveitar para interagir mais com a América do Sul. França e Espanha, os dois países que mais recebem turistas no mundo, com 80 milhões e 60 milhões por ano respectivamente, têm mais de 80% de seus visitantes vindos de outros países europeus, por terra. Em todo o mundo, 70% das viagens são de até quatro horas. Por isso, temos que estreitar as nossas relações com a América do Sul e aproveitar o grande mercado interno brasileiro. Poucos países no mundo têm quase 100 milhões de potenciais consumidores. Aumentamos em 20% os recursos da Embratur para fazer campanha no mercado sul-americano. Em 2010, a Embratur terá seu orçamento ampliado em 60%, já com atividades voltadas à Copa do Mundo.

DINHEIRO - O dólar caiu 25% em 2009, o que torna o País mais caro para estrangeiros. Qual é o efeito no turismo?

BARRETTO FILHO - O que vale para outras indústrias exportadoras vale também para o turismo: tem que aumentar sua competitividade, sua produtividade. Se o dólar estiver muito baixo torna o produto Brasil caro em relação aos seus concorrentes.

O Caribe e o México ficam mais baratos. No médio prazo, o Brasil tem todas as condições de competitividade. É natural que os brasileiros viajem para fora, é bom isso. Se o Brasil quer ser uma grande potência, também vai ser emissor de turismo. As companhias aéreas internacionais têm aumentado o número de voos para o Brasil e, claro, buscam uma via de mão dupla. Quanto mais competição, quanto mais empresas, mais o preço baixa. No ano passado houve muita competição e o preço caiu. Quem ganha com isso é o consumidor.

DINHEIRO - O turista estrangeiro ainda se assusta com a violência no Brasil?

BARRETTO FILHO - Fizemos uma pesquisa com turistas que estiveram aqui e mais de 90% dizem que querem voltar. Está se consolidando no Exterior uma visão mais diversificada do Brasil. Não é mais aquela visão estereotipada só do País do Carnaval, do Rio de Janeiro. O que queremos reforçar, e que já existe, é uma visão mais ampla: de um País que tem uma Embraer, uma AmBev, uma Petrobras, que disputa mercado, que tem empresas multinacionais. Essa ideia da diversidade cultural também começa a aparecer. Nós já vencemos a ideia do exotismo, que limitava a venda do Brasil lá fora.

DINHEIRO - Já definiram que imagem o Brasil vai projetar para a Copa?

BARRETTO FILHO - Estamos trabalhando nisso. E será nessa linha da diversidade, um país com várias portas de entrada, praia, pantanal, cidades históricas, Rio de Janeiro, São Paulo, e um país com povo muito hospitaleiro. O que precisamos fazer é qualificá-lo melhor

DINHEIRO - No Brasil, pouca gente fala uma língua estrangeira. O que vai ser feito para mudar isso?

BARRETTO FILHO - Precisamos melhorar a qualidade do nosso receptivo e o tema da língua é importante. Já iniciamos um treinamento. Vamos trabalhar com até 310 mil trabalhadores do turismo até 2014 não só com o inglês, mas também com o espanhol e outras qualificações. Bares e restaurantes, receptivo da área cultural, receptivo de feiras, hotelaria, taxistas. É um plano que já começou com 80 mil e vai avançar nos próximos anos. O brasileiro é tão hospitaleiro que, se dermos uma ferramenta de qualificação, ele vai ficar ainda melhor

DINHEIRO - A Copa será em várias cidades, mas a Olimpíada é concentrada no Rio de Janeiro. Vai ter leito suficiente na cidade do Rio para receber os turistas?

BARRETTO FILHO - Vamos ter o Hotel Nacional, que foi leiloado com sucesso. O Méridien deve voltar a funcionar. O Hotel Glória está retomando um grande projeto. Há vários investimentos, a revitalização da área portuária. O BNDES tem uma linha de R$ 1 bilhão para hotelaria, com o melhor juro do mercado e prazo de 20 anos para pagamento. Temos mais R$ 8 bilhões para melhorar o transporte público nessas cidades, com financiamento do BNDES, de até R$ 400 milhões, para cada cidadesede investir nas arenas esportivas. A hotelaria brasileira vai ter condições que nunca teve nos últimos anos a partir dessa nova linha de crédito.

DINHEIRO - Os aeroportos estão preparados para receber esse fluxo ampliado de turistas?

BARRETTO FILHO - Os aeroportos são o nosso maior desafio para 2014. Especialmente em São Paulo e Brasília, que já estão com toda a capacidade ocupada. Já o Galeão ainda tem 50% de ociosidade.

DINHEIRO - E isso vai ser resolvido?

BARRETTO FILHO - Tenho certeza. O ministro (da Justiça) Nelson Jobim tem se empenhado. Nós vencemos este ano um grande desafio, os aeroportos funcionaram.

Fonte: istoedinheiro

Índice que apura intenção de consumo cresce em janeiro, diz Fecomercio

Dados da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) mostram uma alta de 2,9% no indicador Intenção de Compra das Famílias (ICF) no mês de janeiro, em relação a dezembro. O ICF passou de 134,8 pontos para 138,7 pontos.

A pontuação chega a 200, sendo que resultados abaixo de 100 pontos demonstram insatisfação e, acima deste nível, satisfação.

O indicador é composto por sete itens: emprego atual, renda atual, compra a prazo, nível de consumo, perspectiva profissional, perspectiva de consumo e momento para duráveis. O índice de emprego atual cresceu 3,7% entre dezembro e janeiro, passando de 137,3 para 142,4 pontos. Segundo a Fecomercio, o índice deve continuar a subir no curto prazo, em parte devido ao aumento do salário mínimo.

Já no indicador de renda atual, a alta foi de 5,1%, de 146,4 para 153,9 pontos, entre dezembro e janeiro. A alta do nível de consumo atual foi de 2,5% no período, passando de 138,5 para 142 pontos.

Fonte: cosmeticsonline

Kraft no mundo das guloseimas

O que muda no mercado brasileiro de balas e doces com a compra da Cadbury Adams pela Kraft Foods
O segmento de balas, guloseimas e chicletes no Brasil tem novo dono. Desde terça-feira 19, quem dá as cartas neste setor é a americana Kraft Foods. Conseguiu isso ao desembolsar US$ 19,5 bilhões pelo controle da britânica Cadbury Adams. A transação, que ainda depende de alguns poucos arranjos societários para ser concretizada, terá impacto imediato no Brasil. Especialmente para a Kraft, que trava um duelo no mercado de chocolates com a arquirrival Nestlé-Garoto. Graças à Cadbury Adams, os americanos terão à disposição um espaço maior nas gôndolas dos supermercados, além de dominarem a frente de caixas de padarias e lojas de conveniência. É nesse ponto estratégico que são atulhados drops, gomas de mascar e balas que integram o portfólio da Cadbury Adams e lhe renderam R$ 1 bilhão em sua operação brasileira em 2009. No Brasil, a Kraft possui vendas em torno R$ 4 bilhões. Com a aquisição, a Kraft ganha poder de barganha, pois passa a oferecer uma gama maior de produtos - e isso amplia em muito seu poder de negociação diante dos varejistas.

Como o negócio ainda está em andamento, os dirigentes locais da Kraft evitam falar sobre os possíveis impactos por aqui. Dizem, contudo, que os planos traçados até então serão mantidos. "Nossa prioridade continua sendo crescer no Brasil", destaca Fabio Acerbi, diretor de assuntos corporativos da Kraft Foods do Brasil. "Apesar das evidentes vantagens que a incorporação da Cadbury trará para a Kraft, a união, na prática, poderá não ser tão fácil quanto se imagina", pondera o consultor Lucas Copelli, sócio-diretor da Vallua Consultoria e Gestão. Os americanos têm obsessão por resultados de curto prazo. Por conta disso, são mais ágeis na tomada de decisão. Já o estilo britânico de trabalhar privilegia o planejamento de longo prazo.

Para crescer na faixa de dois dígitos por ano, a Kraft implementou uma política agressiva, baseada em lançamentos. Apenas em 2009 foram colocadas no mercado brasileiro 41 novos produtos, especialmente nas linhas de chocolates e de biscoitos. Com a Cadbury, será possível não só manter como ampliar esse ritmo.

Fonte: istoedinheiro

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Indicadores industriais confirmam “retomada do crescimento”, afirma CNI

A pesquisa Indicadores Industriais, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revela que o faturamento da indústria brasileira em novembro de 2009 teve alta de 8,4% em relação a novembro de 2008 e de 1,3% na comparação com outubro, na série com ajuste sazonal. O resultado, destaca a CNI, confirma “a retomada do crescimento econômico”. Foi o sétimo mês seguido de expansão do indicador. Contudo, nos 11 primeiros meses do ano passado, houve queda de 5,7% ante o mesmo período do ano anterior.
Os dados mostram que a oferta de vagas continua inferior ao período pré-crise. Ainda assim, o emprego cresceu 0,8% em novembro na comparação com outubro, também na série dessazonalizada, a maior taxa de expansão desde março de 2004. As horas trabalhadas aumentaram 2,6% em relação ao mês de outubro, com ajuste sazonal – a maior alta desde junho de 2008. Pelo quinto mês seguido, a capacidade instalada aumentou na comparação com o mês anterior. O nível de utilização da capacidade instalada chegou a 81,4% na série com ajuste sazonal, um crescimento de 0,3% na comparação com outubro.
Esse patamar foi o mais alto desde outubro de 2008, quando o indicador ficou em 82,4%.

Fonte: cosmeticsonline

Você X Seu Micro

Muito tempo na frente do computador?

1 - Olhos ressecados
O número de piscadas cai até 30% durante o trabalho em frente ao computador.
Assim, ocorre uma rápida evaporação do filme lacrimal, uma fina camada de água que recobre os olhos.
A córnea, então, fica seca. Daí, o olho pode ficar irritado, já que há menos proteção.
Qualquer partícula de poeira causa incômodo e a visão pode ficar embaçada

2 - Cansaço visual
Para ler as informações na tela, a gente, sem se dar conta, faz um grande esforço.
Depois de horas e horas de leitura, os músculos que sustentam o cristalino, lente responsável por focar o que vemos, entram em fadiga, deixando a visão turva e desfocada.
Luz de mais ou de menos também contribui para o desconforto, porque a pupila tem de se fechar ou se abrir mais para controlar a passagem dos raios luminosos.

3 - Pescoço tensionado
A flexão exagerada do pescoço sobre a tela é ruim para os músculos da região.
Eles tendem a ficar contraídos e duros, como esponjas que retêm água, e não conseguem voltar rapidamente a seu formato original.

4 - Postura e coluna
Quando sentamos inclinados em direção à tela do computador e em cadeiras inadequadas, a curvatura da lombar fica mais plana e a curva das vértebras cervicais, mais acentuada, em forma de corcunda.
Os músculos são tensionados e pressionam os nervos da coluna, causando dor nas costas.
Depois de muito tempo sendo tracionada, a musculatura relaxa e a tensão vai toda para os ligamentos.
A sensação de queimação, ou dor do arrancamento de prego, como também é conhecida, aumenta progressivamente.

5 - Tendão lesionado
Muito comum, a LER (lesão por esforço repetitivo) inclui uma série de problemas, como
tendinite (inflamação dos tendões dos dedos e punhos), tenossinovite (inflamação de membranas dos tendões) e bursite (inflamação das bursas, almofadas que permitem o deslizamento dos tendões).

6 - Inchaço nas pernas
Esta posição pressiona os vasos da coxa e, dessa forma, torna-se mais difícil para o sangue fazer o caminho de volta para o coração.
Ele fica represado nas veias, que se distendem e permitem a passagem de água para os tecidos, inchando as pernas.

7 - Barriga saliente
Quando a musculatura das costas fica tensionada, caso de quando a gente se senta horas a fio diante do PC, os músculos do abdômen acabam relaxados.
Aí, sem a prática regular de exercícios físicos, a barriga começa a exibir sinais de flacidez e se transforma em um alvo fácil para o acúmulo de gordura.

Por Amanda Polato

O barato dos mares

É cada vez maior o número de pessoas que preferem investir em uma lancha com o dinheiro que compraria um segundo carro, e as filas de espera já chegam a três meses


Ter um barco é o tipo de luxo comum entre milionários e que para a maioria dos brasileiros nunca passou de sonho distante na lista de compras. Isso até pouco tempo atrás. Há dois anos, desde que o governo federal reduziu a alíquota do imposto de barcos de lazer e esportes de 25% para 10%, navegar está mais acessível. Já é possível comprar uma lancha de pequeno porte por cerca de 85 000 reais, preço equivalente ao de um sedã de luxo como o Ford Fusion. São lanchas de até 25 pés, como a Ventura 195, a Focker 215 ou a Real 24 Class, com ou sem cabine, que navegam com tranquilidade em rios, represas, baías ou próximas à orla. O público-alvo são literalmente os marinheiros de primeira viagem, aqueles com pouca ou nenhuma experiência em navegação - no máximo uma aventura num jet ski. A chance palpável de tornar-se dono de um barco tem lotado as revendas. As filas de espera por uma embarcação desse tipo chegam a cerca de três meses. A procura é tanta que os fabricantes já reclamam da falta de motores. A maioria é importada, e fábricas como Yamaha, Bombardier e Mercury ainda estão em marcha lenta desde a crise. Em 2009, as vendas dos principais estaleiros do país subiram 30% em relação ao ano anterior, e a expectativa é que esse número não pare de crescer tão cedo.

CRÉDITO ESPECIAL e financiamento fácil são dois dos fatores que têm contribuído para a boa fase das vendas do setor náutico. A Aymoré Financiamentos, braço de crédito do banco Santander, há dez anos dedica uma linha especial para esse mercado e percebe um aquecimento do setor há vários meses. Entre 2006 e 2009, a carteira de financiamentos do setor cresceu 89%. As lanchas de pequeno porte já representam 54% do crédito concedido, segundo André Novaes, superintendente da Aymoré. E não são apenas clientes individuais que contribuem com o crescimento das vendas. Pequenas e médias empresas também estão usando o crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra de pequenas lanchas a juros baixos. “Os últimos anos foram ótimos para nós porque a capacidade de compra do consumidor só cresceu, e os preços caíram, graças aos cortes nos impostos e o crescimento da concorrência”, diz Novaes.

Os custos de seguro e manutenção - que poderiam inviabilizar a compra - já não são empecilho para a decisão de ter uma embarcação. Quem decide comprar uma lancha, por exemplo, deve desembolsar anualmente entre 1% e 4% de seu valor para o seguro, patamar inferior ao de um automóvel, que varia de 5% a 10%, segundo a Allianz, maior seguradora do setor náutico. A marina que vai abrigar o barco cobra em média 28 reais por mês a cada pé de comprimento - para uma lancha de 21,5 pés, por exemplo, o serviço custa 600 reais mensais. O valor inclui a limpeza do barco e do motor, funcionamento periódico, além de colocação e retirada do barco da água para a navegação. Uma lancha exige revisões a cada 12 meses, mais ou menos, e, para um motor de 115 cavalos, o serviço custa cerca de 1 200 reais.

Apesar do crescimento na demanda, o Brasil ainda está longe de ter destaque no mercado náutico. O setor é irrisório quando comparado ao de países como os Estados Unidos, onde a frota de barcos de esporte e lazer passa dos 16 milhões. Por aqui, até pouco tempo atrás, navegavam modestas 63 000 lanchas, segundo a pesquisa mais recente da Associação Brasileira de Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar),de 2005. “É uma questão cultural. Existe uma ideia aqui de que lancha é coisa de rico. O barco sempre foi o último bem de consumo que o brasileiro procura”, diz Lenílson Bezerra, diretor executivo da Acobar. Aliada à queda de preço dos barcos e dos serviços, a infraestrutura dedicada à navegação tem tudo para mudar essa lógica. Há projetos para a construção de novas marinas em todo o litoral brasileiro. Esses projetos devem avançar gradualmente com o entendimento entre os governos em relação à legislação ambiental. A expansão dos ancoradouros deverá aliviar a sobrecarga das marinas públicas e particulares que recebem os novos barcos. Na disputa por uma fatia do orçamento da classe média, os barcos estão cada vez mais fortes no páreo com um segundo carro ou uma casa na praia.

Lanchas a preços populares

As facilidades de financiamento e os preços em conta trouxeram as lanchas para a realidade da classe média. Confira os principais modelos fabricados no Brasil

24 CLASS - Real
Preço: 78 000 reais
Tamanho: 24 pés
Diferencial: Melhor navegabilidade da categoria

FOCKER 215 - Fibra Fort
Preço: 77 000 reais
Tamanho: 21,5 pés
Diferencial: Cabine com cama de casal e banheiro

VENTURA - 195
Preço: 58 000
Tamanho: 19,5 pés
Diferencial: Comporta oito pessoas sentadas

Fonte: portalexame


Garoto de 9 anos já tem certificado da MS

Garoto de 9 anos já tem certificado da MS
Calasan é o engenheiro mais jovem certificado pela Microsoft

O jovem Marko Calasan, da Macedônia, recebeu no último mês seu primeiro certificado da Microsoft aos nove anos de idade.

Segundo a Cnet, esse não o primeiro feito do rapaz. Aos seis anos, ele conquistou uma credencial de administrador de sistemas da empresa. Agora ela é o mais novo engenheiro de sistemas do planeta.

Matej Potokar, gerente geral da Microsoft na Eslovênia, chegou a afirmar que o garoto é um gênio. O primeiro contato aconteceu durante uma entrevista por e-mail em 2008, onde teve oportunidade de conhecer parte do potencial de Calasan que, em sua primeira apresentação para os executivos da empresa, falou sobre os benefícios e desafios do Active Diretory.

O jovem deixou bem claro que, apesar de seu conhecimento, não tem interesses em jogos de computador. Se o objetivo é se divertir, ele prefere sair e aproveitar a companhia de seus colegas.

Um dos maiores desejos de Calasan é se mudar para os Estados Unidos, onde ele acha que vai ficar mais perto das grandes mudanças tecnológicas e da própria sede da Microsoft.

Fonte: info.abril.com.br


A vez dos tablets

Depois dos netbooks, os minicomputadores sensíveis ao toque têm tudo para se tornar a nova onda da tecnologia. Mesmo porque a Apple vai entrar nesse mercado

foto: Justin Sullivan
HP com windows O equipamento vai rodar sistema operacional da Microsoft

No começo de janeiro, os tablets invadiram a Consumer Electronic Show, em Las Vegas, maior feira de eletrônicos do mundo. Dell, Lenovo, Compal, Motorola, d'Archos, Joojoo mostraram seus produtos lá. A enxurrada de novos produtos foi tão intensa que até roubou o glamour da apresentação de Steve Ballmer, CEO da Microsoft. Quando subiu ao palco para apresentar o tablet da HP com Windows 7, ninguém se surpreendeu.

O interesse em massa das empresas por esses computadores, uma categoria entre o smartphone e os netbooks, sinaliza para 2010 uma nova batalha no mercado de PCs. E tudo indica que ela ganhará ainda mais força quando a Apple lançar o seu produto na quartafeira 27. Mais uma vez, espera-se que o toque mágico de Steve Jobs surpreenda a todos com um equipamento revolucionário.

Trazer ao mercado computadores cada vez mais portáteis se tornou uma obsessão entre as fabricantes. Primeiro vieram os notebooks ultrafinos. Depois, os netbooks. Os novos equipamentos apresentados recentemente indicam o surgimento de uma nova tendência, a de portáteis com tela sensível ao toque.

Os tablets têm, em média, visores de dez polegadas. Possuem as mesmas ferramentas de um computador portátil, mas podem ser usados como leitores eletrônicos e até telefones. Alguns já sairão da fábrica com sistemas operacionais móveis, como o Android, do Google.

A média de preço deve ficar em torno de US$ 700 - os netbook saem por US$ 200. "A diferença de preço é estratégica para que uma categoria não canibalize a outra", afirma Jose Martim Juacida Jr., analista da consultoria de tecnologia IDC. O mercado ainda não está certo sobre o sucesso dos tablets. Mas, se depender do entusiasmo das fabricantes, os novos computadores portáteis chegaram para ficar. "O interesse dos formadores de opinião demonstram que ele irá para frente", acredita Juacida.

Acompanhar a evolução do segmento é um passo natural para as fabricantes de PCs. Mas algumas companhias têm um motivo a mais para apostar nessa categoria. A Microsoft vê nos tablets uma vitrine para seu novo sistema operacional, o Windows 7. Para o Google, ela representa a extensão do uso de seu sistema para smartphones, o Android. E para a Apple? Diferente de outras fabricantes, a empresa de Steve Jobs nunca acreditou nos netbooks. No entanto, a companhia tem um interesse especial pelos tablets.

Com o equipamento, Steve Jobs espera revolucionar a indústria de livros, jornais e de televisão, assim como fez com o segmento de música, ao lançar o iPod. De acordo com o jornal econômico Wall Street Journal, a Apple conversa com várias empresas do setor de mídia para fornecer conteúdo ao produto. Entre elas, estão as editoras do The New York Times, a Condé Nast e a HarperCollins, as redes de tevê CBS e Walt Disney e até empresas de videogame, como a Electronics Arts.

Impulsionado pelo possível desempenho da Apple, a consultoria Thomas Weisel Partners estima que o mercado geral de tablets em 2010 possa chegar entre US$ 3,5 bilhões e US$ 5,3 bilhões. Em 2014, a expectativa é que atinja a marca de US$ 30 bilhões. Será que Jobs vai conseguir, de novo, lançar mais um produto revolucionário?

Fonte: istoedinheiro

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Wal-Mart anuncia 10 mil demissões na loja Sam's Club


O Wal-Mart vai cortar 10 mil empregos nas lojas Sam's Club nos Estados Unidos, a maioria deles de funcionários que trabalham meio período com a função de demonstrar produtos e entregar amostras grátis para os consumidores. A empresa vai transferir a demonstração de produtos para uma empresa independente de marketing, a Shopper Events.

Em memorando aos empregados, Brian Cornell, presidente executivo-chefe do Sam's Club, disse que a Shopper Events vai desenvolver um novo programa, Tastes and Tips, que vai abranger não apenas comida e bebidas, mas também eletrônicos e outros produtos. Os funcionários do Sam's Club demitidos podem seR contratados pela Shopper e Events.

Com informações da Dow Jones

Fonte: portalexame

O garoto de meio milhão de jogadas

Essas são as possibilidades que o norueguês Magnus Carlsen,
o novo número 1 do ranking, enxerga diante do tabuleiro.
Aos 19 anos, ele é o grande nome de uma geração
de enxadristas criada com os recursos dos computadores


APRENDIZADO VIRTUAL
Carlsen, grande mestre desde os 13 anos,
só treina com softwares: ele não se lembra
se tem em casa um tabuleiro convencional


Diante de um tabuleiro de xadrez, o norueguês Magnus Carlsen é capaz de proezas notáveis – principalmente para um jovem de apenas 19 anos. Sua memória guarda meio milhão de jogadas possíveis. Isso significa dispor de resposta pronta para praticamente qualquer lance do adversário. Não bastasse esse imenso arsenal, ele também consegue prever os vinte lances seguintes de uma partida, de acordo com suas movimentações iniciais e as de seu adversário. Carlsen encarna um personagem que gozava de grande popularidade num passado não muito distante – o gênio do xadrez. Até a década de 90, as disputas entre os grandes enxadristas eram televisionadas e eletrizavam o planeta. Os jogadores eram festejados como heróis e tinham seus passos seguidos com curiosidade. O interesse pelo xadrez diminuiu consideravelmente. Magnus Carlsen, pela precocidade e pela velocidade com que vem galgando degraus na carreira, é o primeiro enxadrista em condições de virar celebridade desde então.

Em 2004, com apenas 13 anos, Carlsen derrotou o antigo campeão mundial, o russo Anatoly Karpov, e empatou com o também russo Garry Kasparov, então o número 1 do ranking da Federação Internacional de Xadrez (Fide). No mesmo ano, recebeu o título de grande mestre, a mais alta qualificação de um enxadrista, equivalente à faixa preta nas artes marciais. No ano passado, Carlsen venceu dois torneios cruciais, um na China e outro na Inglaterra, e a recompensa veio no início deste mês. A Fide o colocou na primeira posição no ranking global dos jogadores de xadrez. "Desde a aposentadoria de Kasparov não surgia um jogador de primeiro time que fosse carismático, que atraísse a simpatia do público, como Carlsen", disse a VEJA o americano William Hall, diretor executivo da federação americana de xadrez.

Magnus Carlsen é o grande nome de uma geração de enxadristas que guarda diferenças significativas com os campeões do passado. Boa parte da popularidade desfrutada pelo xadrez nos anos 60 e 70 se devia à exploração ideológica do jogo promovida pelos Estados Unidos e pela União Soviética durante a Guerra Fria. Os soviéticos foram os maiores campeões de xadrez no século XX, mas sua hegemonia era constantemente ameaçada pelos americanos, e as disputas se tornaram instrumentos de marketing na polarização entre capitalismo e comunismo. No século passado, apenas um americano, Bobby Fischer, conquistou o título de campeão mundial de xadrez, em 1972, derrotando o russo Boris Spassky. A partida entre ambos, que durou um mês e meio e foi acompanhada atentamente em todos os quadrantes do planeta, ganhou o apelido grandioso de "o jogo do século".

A característica da geração de enxadristas a que pertence Magnus Carlsen é que ela foi forjada sob forte influência dos computadores e dos softwares de xadrez. Numa entrevista recente, Carlsen não soube dizer se tinha em casa um tabuleiro de xadrez convencional – seu treino, que lhe toma de seis a oito horas diárias, é todo feito com o computador. Em maio de 1997, causou enorme repercussão a derrota de Garry Kasparov na partida que disputou com o supercomputador Deep Blue, construído pela IBM. Parecia incrível que a inteligência cibernética sobrepujasse a humana. Mal se sabia o que estava por vir. Naquele tempo, os programas de xadrez eram apenas grandes bancos de dados de jogadas, anteriormente catalogadas em livros para consulta. Com o avanço da tecnologia e a chegada da internet, os softwares ficaram mais espertos. Além de ser possível atualizá-los com os lances das partidas recém-jogadas, o computador já pode simular o estilo de jogo dos melhores enxadristas, ou seja, imitar soluções criadas por jogadores de carne e osso. "Com os programas de xadrez atuais, é muito difícil vencer a máquina, tanto por sua velocidade de processamento de dados quanto pela qualidade dos lances", diz o enxadrista carioca Darcy Lima, detentor do título de grande mestre e membro do conselho da Fide.

Isso significa que, para derrotarem os computadores, os jogadores têm de ser mais inteligentes? Não necessariamente. Disse a VEJA o psicólogo cognitivo Fernand Gobet, da Universidade Brunel, em Londres, autor de pesquisas que relacionam o xadrez com a inteligência de seus praticantes: "Hoje está provado que o QI não é fator decisivo para se tornar um grande jogador de xadrez. O mais importante é começar a jogar o mais cedo possível, ter motivação para aprender sempre mais sobre o jogo e treinar muito. Só assim se chega a guardar na memória meio milhão de jogadas". Essa foi a trajetória percorrida por Magnus Carlsen.

Fonte: veja

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Toddy é o primeiro produto orgânico da Pepsico no Brasil

A Pepsico lança Toddy Orgânico, primeiro produto orgânico da empresa no Brasil. Fabricado com cacau e açúcar orgânicos, de insumos brasileiros produzidos sem defensivos agrícolas, somente com adubo natural, o achocolatado conta somente com cinco ingredientes: cacau e açúcar orgânicos, extrato de malte, sal e lecitina de soja. A produção orgânica e os ingredientes são certificados pelo IBD – Instituto Biodinâmico.

O rótulo do achocolatado é produzido com papel reciclado, certificado pelo FSC – Conselho Brasileiro de Manejo Florestal – coletado pelos próprios funcionários nos escritórios da companhia e enviado a cooperativas de reciclagem.

Fonte: embalagemmarca.com.br

Ícones das embalagens viram roupas na SPFW

Dois ícones das embalagens se transformaram em criações do estilista Ronaldo Fraga na São Paulo Fashion Week: Chiclets e Leite Moça.

Durante a apresentação da nova coleção do estilista, na terça-feira (19), a marca Chiclets, da Cadbury, realizou uma ação promocional operacionalizada pela consultoria ideiascustomizadas!. Sacolas especiais e capas de iPod Touch assinadas por Fraga foram distribuídas para os convidados do desfile com caixinhas de Chiclets de sabores variados. O kit também apresentou cinco croquis com looks criados pelo estilista mineiro como teaser para a primeira coleção de roupas da grife Chiclets a ser lançada ainda este ano.

Ronaldo Fraga também criou três almofadas no formato da jovem camponesa marca registrada das latas do leite condensado Moça, da Nestlé. A moça das latas ganhou três modelos vintage de vestidos, desenhados com exclusividade pelo estilista.

Coca-Cola do México adota lata resselável

A Coca-Cola do México colocou no mercado uma lata de 450 mililitros resselável, produzida pela Ball Corporation. O lançamento faz parte da campanha de comunicação global “Abra a felicidade”. A embalagem chegou ao mercado nas comemorações do Natal e será relançada em maio com motivos da Copa do Mundo da África do Sul. Depois da aberta, a lata pode ser refechada, sem a perda do gás.

Fonte: embalagemmarca.com.br

Schweppes ganha versão vintage na Austrália

A agência de design australiana DiDonato criou uma série de embalagens “vintage” para a Schweppes. As garrafas de vidro com tampa de rosca de alumínio são recobertas com rótulos termoencolhíveis. A edição limitada será comercializada apenas em bares, cafés e restaurantes da Austrália. São quatro sabores: ginger ale (gengibre), água tônica, tônica indiana e soda limonada.

As embalagens reproduzem anúncios em pôsteres ilustrados da Schweppes entre 1920 e 1950.

Fonte: Embalagem Marca

Reveladas novas patentes da Apple

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Faltam dois dias para o evento da Apple e parece impossível distinguir a verdade da mentira na enxurrada de boatos sobre os novos lançamentos. Mas embora não sejam os recursos mais legais e inesperados do mundo, há algo que pode lançar um pouco mais de luz sobre o futuro da Apple: patentes.

O Escritório de Patentes e Marcas dos EUA acabou de publicar duas novas patentes da Apple. A primeira descreve os “Métodos e Aparatos para Processar Combinações de Comandos Cinéticos”. Traduzindo, é uma tecnologia para fazer um aparelho interpretar a força e velocidade dos movimentos como comandos e provocar uma resposta adequada.

Algumas das ações descritas na patente são as dos movimentos como o de escovar, cavar, dar um tapinha, inclinar, chacoalhar etc; que poderão ser usadas nas atividades cotidianas de um smartphone, como procurar por arquivos, selecionar ícones, descer telas de menus, entre outras.

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A segunda patente segue na linha de uma anterior que a Apple já tinha adquirido e nunca foi usada. Esta dava à empresa os direitos sobre a implantação de fotocélulas embaixo de um display de LCD. Com a nova, as fotocélulas cobririam toda a carcaça de um iPod ou iPhone, permitindo que ele integre energia solar e baterias em sua operação.

Nada tão empolgante quanto boatos sobre o tablet, mas vai que algum executivo da Apple tem alguma ideia brilhante para aplicar isso? Melhor não duvidar.

Fonte: info.abril.com.br

Sucesso aposentado

Lançado em 1927 pela Companhia Cervejaria Brahma, o Guaraná Brahma atingiu o auge de seu sucesso na década de 1980, quando a empresa inovou na embalagem da bebida, aposentando a garrafa standard e apresentando a inconfundível garrafa marrom com “gominhos” – tanto a de 1 litro quanto a de 290 mililitros.
http://www.embalagemmarca.com/blog/guarana-brahma/guarana-brahma-garrafa.jpg
O formato da garrafa foi estendido para todos os refrigerantes da marca. Cada bebida tinha a embalagem de uma cor: âmbar para o Guaraná, verde para o Limão Brahma e incolor para a Sukita e para a Água Tônica.

Com a união da Brahma com a Cervejaria Antarctica, em 2001, a AmBev preferiu ficar com a opção mais aceita no mercado: o ex-concorrente Guaraná Antarctica. A marca da Brahma começou a ser retirada do mercado em 2004, até sumir.


Anúncio do Guaraná Brahma datado de 1985

Cadbury aceita oferta da Kraft Foods

A Cadbury aceitou a oferta de compra de US$ 19,5 bilhões feita pela norte-americana Kraft Foods – um acordo que encerra quatro meses de batalha e quase 200 anos de independência da maior empresa de confeitos do Reino Unido.“A Kraft Foods acredita que a oferta final representa uma oportunidade atraente para os detentores de títulos da Cadbury, fornecendo capacidade para receberem aproximadamente 60% de sua remuneração em dinheiro e potencial de criação de valor no longo prazo”, afirmou em nota a companhia norte-americana.

A recomendação do conselho da Cadbury em favor da oferta efetivamente sinaliza o fim dos 186 anos de independência da empresa de doces e chocolates. O montante oferecido pela Kraft ainda possa ser superado por uma oferta concorrente, pois as autoridades do Reino Unido estabeleceram um prazo até 26 de janeiro para que qualquer outra oferta seja apresentada.

As informações são da Dow Jones.

Fonte: embalagemmarca.com.br

domingo, 24 de janeiro de 2010

Engenheiro cria morango em forma de coração


Engenheiro cria morango em forma de coração
Morangos criados para ficarem com a forma de coração

Australiano cria os chamados “seduberries” – morangos da sedução que serão vendidos para o dia os namorados.

Josh Engwerda, de 22 anos, estuda engenharia e comércio na Universidade de Melbourne e, segundo informações do jornal local Weekly Times, decidiu investir no negócio após ganhar um concurso.

O prêmio lhe dava o direito de usar um espaço comercial desativado em Melbourne por um ano. Por gostar muito de jardinagem, Engwerda decidiu colocar em prática uma ideia que teve há mais de um ano, quando leu a respeito das melancias quadradas cultivadas no Japão.

Ele quis fazer algo com seus morangos e surpreender sua então namorada – o relacionamento não deu certo, mas os negócios...

Os casulos plásticos criados por Engwerda são colocados em volta da fruta ainda no pé. Conforme crescem, elas assumem a forma de coração. O plástico tem seis pontos de ventilação e também protege a fruta contra ataques de pestes.

Os moldes estão sendo colocados este mês na Fazenda de Morangos Hillwood, ao norte de Launceston. Os morangos estarão à venda no começo do mês que vem, coincidindo com o Valentine´s Day – Dia dos Namorados, comemorado em 14 de fevereiro.

A página da “Seduberry” na internet ainda não está pronta, mas é possível pedir informações sobre encomendas através do e-mail info@seduberry.com, ou pelo telefone +61 0448 417 857.

O morango em forma de coração criado na Austrália e outros exemplos de frutas com formatos estranhos: a melancia quadrada e a pêra em forma de Buda.

Fonte: info.abril.com.br

Decisão da Nokia massacra fabricantes de GPS

Decisão da Nokia massacra fabricantes de GPS
Dispositivo de navegação da TomTom: as ações da produtora de aparelhos GPS TomTom, por exemplo, desabavam mais de 15% em Amsterdã

AMSTERDÃ - A medida da Nokia de oferecer navegação gratuita em seus smartphones pode soar como a sentença de morte para a indústria de navegação via satélite.
Hoje, as ações da produtora de aparelhos GPS TomTom, por exemplo, desabavam mais de 15% em Amsterdã.
A Nokia anunciou que vai oferecer direções de navegação veicular e para pedestres em 74 países em 46 idiomas, numa tentativa de melhorar sua posição contra o Google, que começou a oferecer navegação gratuita nos celulares inteligentes Droid, da Motorola, no mercado americano em 2009.
- A Nokia entra na disputa com o Google para obter a maior base instalada de usuários de navegação móvel, tentando dificultar a vida da gigante das buscas na Web e outras fabricantes de smartphones.
- A medida é vista como um ponto de mudança definitiva e deve ajudar a empresa finlandesa a não ver uma queda mais forte em sua fatia de mercado de smartphones.
- A medida de oferecer navegação livre em cerca de 20 milhões de smartphones deve afetar empresas no mercado global de navegação, incluindo a TomTom e Garmin.
- É claramente um golpe para a TomTom, que perdeu 30% de seu valor depois do anúncio do Google em outubro.
- Analistas concluíram no ano passado, após a entrada do Google no ramo de navegação, que é improvável que a TomTom, Garmin e Nokia recebam de volta seus altos investimentos em tecnologia de navegação. A Nokia e a TomTom gastaram mais de 12 bilhões de dólares na compra de empresas de mapeamento digital Naviteq e Tele Atlas.
- A estratégia da Nokia pode gerar uma nova leva de aquisições disparadas por concorrentes como Samsung, RIM e Microsoft à medida em que consumidores passem e a ver a navegação como um atributo padrão dos smartphones.
- A TomTom precisa apresentar um novo plano de negócios rapidamente uma vez que 70% de suas vendas são de PNDs (aparelhos de navegação pessoal). PNDs podem desaparecer no futuro com mercado para navegação evoluindo para item padrão em carros e gratuita em celulares.

Fonte: info.abril.com.br

Se ache na Via Láctea com um mapa do metrô


Se ache na Via Láctea com um mapa do metrô
Mapa do metrô: cada linha representa um dos braços da Via Láctea
Se estamos a 6500 anos-luz da Nebulosa Caranguejo (Crab), e a 1500 anos-luz de Orion, quais desses corpos celestes estão mais perto do centro da galáxia?

Por mais que muitas pessoas consigam entender as medidas utilizadas no espaço, visualizar as grandes distâncias mencionadas pode confundir quem não está acostumado a lidar com milhares ou milhões de anos-luz todos os dias.

Pensando nisso, Samuel Arbesman, da Universidade de Harvard, decidiu criar um mapa da galáxia que pudesse ser facilmente compreendido por qualquer um.

O "Milky Way Transit Authority" usa algo bastante familiar para localizar os principais corpos celestes na Via Láctea: um mapa de metrô. Neste caso, o dos trens de Londres.

Cada linha corresponde a um dos quatro braços da nossa galáxia, e cada estação é um local real. Com essas referências, o cientista conseguiu mostrar as interconexões e distâncias de uma forma simples.

A inspiração veio de uma releitura do livro “Contato”, de Carl Sagan, que menciona uma “estação central cósmica”.

Como Arbesman não é astrônomo ou físico, admite que seu trabalho ainda pode ser bastante melhorado. Em entrevista ao jornal inglês Daily Telegraph, o pesquisador disse ter decidido não marcar o ponto “você está aqui” no mapa.

Para ele, é muito mais interessante que as pessoas procurem um pouco, encontrem o Sol e então percebam que não são o centro do Universo.

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Ilustração da NASA mostra a Via Láctea, com seus quatro braços espiralados.

Fonte: info.abril.com.br

Nebulosa Pata de Gato registrada na galáxia

Nebulosa Pata de Gato registrada na galáxia

SÃO PAULO - O Observatório do Sul Europeu (ESO) divulgou imagens da Nebulosa Pata de Gato, oficialmente conhecida como NGC 6334.

Localizada a 5500 anos-luz, na direção da constelação de Escorpião, ela está quase no centro da Via Láctea.

A região com pouco mais de 50 anos-luz de largura concentra grande quantidade de gás e poeira e é, portanto, local de nascimento de inúmeras estrelas – um dos maiores berçários de corpos e grande massa da nossa galáxia.

Os pontos azuis na nebulosa representam estrelas de cerca de dez vezes a massa do Sol, cada uma com apenas alguns milhões de anos.

O apelido, Pata de Gato, é devido à sua impressionante semelhança à pegada do animal. Além da forma curiosa, a intensa atividade na NGC 6334 faz com que ela seja uma das áreas mais estudadas do céu.

O astrônomo inglês John Herschel foi o primeiro a descrever a nebulosa, em 1837, durante uma visita à África do Sul. No entanto, na época, ele só conseguiu observar a sua parte mais brilhante, na parte inferior direita da imagem.

Hoje acredita-se que essa bolha vermelha é uma estrela morrendo que expele grande quantidade de matéria em alta velocidade ou resquícios de uma explosão.

Nessa imagem tirada pelo ESO, a nebulosa parece vermelha porque suas luzes azuis e verdes são mais facilmente espalhadas e absorvidas por objetos antes deconseguirem chegar à Terra.

A foto foi feita com os instrumentos do Observatório La Silla, no Chile, combinando imagens com filtros azuis, verdes e vermelhos, além de um filtro especial que deixa passara luz do hidrogênio brilhante.

Fonte: abril.com.br