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quarta-feira, 25 de março de 2009

Sapateiro de luxo, Christian Louboutin abre loja em SP e diz não sentir a crise


Talvez você não conheça Christian Louboutin pelo nome. Mas certamente conseguirá identificar um de seus sapatos ao vê-los de costas, calçados por alguma fashionista endinheirada, exibindo o solado vermelho geralmente evidenciado por um salto fino altíssimo. "Queria que as mulheres deixassem uma imagem quando vistas indo embora", conta o designer francês de origem vietnamita sobre a marca-registrada de suas criações (o solado vermelho). Figura festejada do mundo da moda, Louboutin desenha sapatos que desfilam pelos tapetes vermelhos nos pés de estrelas de Hollywood como Nicole Kidman, peças exclusivas como o modelo usado por Sarah Jessica Parker no casamento da atriz (o da vida real, não o do filme), além de realizar parcerias como a da exposição Fetiche, organizada pelo cineasta cult David Lynch, de quem é amigo íntimo. Nas passarelas, idealizou modelos para o último desfile do estilista Yves Saint Laurent à frente da marca que leva seu nome.

No mês passado, de passagem por São Paulo para acompanhar as obras da sua primeira loja na América Latina, aberta nesta terça (24) no shopping Iguatemi, Louboutin conversou com o UOL Estilo sobre o segredo dos seus sapatos, a nova loja e as expectativas em relação ao impacto da crise financeira. "Por enquanto não senti a crise. Nos Estados Unidos sim, mas não em Paris", afirmou.

Com doze lojas próprias e pontos de venda em 46 países, Louboutin diz que resolveu abrir endereço em São Paulo por insistência de clientes e amigas brasileiras. O negócio porém, não tem nenhum investidor local, segundo a assessoria de imprensa do designer no Brasil, e é bancado pelo próprio Louboutin.

Criada em 1992, a marca de sapatos de luxo prima pelo design e pela combinação de cores e adornos arrojado, com saltos que já chegaram a 25 centímetros de altura, num modelo feito por encomenda. Na loja, o máximo à venda são 16 centímetros de altura, mas Louboutin revela que a média dos modelos fica com módicos sete, oito centímetros.

Embora seja o autor de uma declaração célebre de que não gosta da palavra conforto, o designer esclarece que o que não suporta é a idéia de olhar para um sapato e a primeira coisa que sua imagem passar é a idéia de conforto. De resto, declara, com experiência de quem veste pés exigentes de várias partes do planeta: "Sapato é estrutura. O resto é enfeite". Entre os "enfeites" que fazem seus modelos custarem em média R$ 2 mil estão segredos como o recorte cavado dos escarpins, deixando aparecer o comecinho dos dedos ("alonga a silhueta") e a costura feita à mão da parte de cima do sapato, com uma técnica que evita que ela pareça esgarçada com o volume e o movimento dos pés.

Solicitado também por muitas noivas, Louboutin cria modelos exclusivos para amigas e famosas casarem com suas peças que, para a ocasião, levam solado azul. E revela que sempre faz um modelo a mais de reserva, que invariavelmente se transforma na escolha final. "As noivas sempre ficam nervosas e descontam no sapato. São como as atrizes de Hollywood: primeiro pensei que fossem mimadas, depois vi que não: focam todo o nervosismo numa peça menor". Sua mais recente cliente célebre foi a mulher de David Lynch, que casou com o cineasta com um modelo de Louboutin em fevereiro.

Apesar de rodeado por estrelas, Louboutin tem como musa Farruda, uma de suas quatro irmãs. O motivo? "Suas lindas pernas e seu jeito de andar", diz. Para sua próxima coleção, o Brasil deve ser uma de suas inspirações: depois de São Paulo, Louboutin iria para Porto Seguro para começar a criar os modelos da próxima estação.

Veja alguns sapatos criados por Christian Louboutin







Fonte: UOL MODA

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