O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revelou que a taxa de fecundidade (número de filhos por casal) entre 1992 e 2008 caiu em todas as faixas de renda no Brasil. Os dados são do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Em 1992, a taxa variava de quase cinco filhos por mulher entre as 20% mais pobres para mais de um por mulher entre as 20% mais ricas. Em 2008, a variação é de cerca de três filhos por mulher entre as 20% mais pobres a aproximadamente um filho por mulher entre as 20% mais ricas.
A taxa de fecundidade média no Brasil, que é de 1,8 filho por mulher (em 1991 era de 2,85 filhos) está abaixo da taxa de reposição. A partir de 2030, a população brasileira deve começar a diminuir em termos absolutos, passando de 206,8 milhões em 2030 para 204,7 milhões em 2040.
A participação dos idosos na população está aumentando e vai ser muito maior. Os novos empregos que serão criados no país ficarão concentrados nas pessoas acima de 45 anos que deverão responder por cerca de 48,3% da futura população em idade ativa.
Houve também um aumento significativo de famílias chefiadas por mulheres, que subiram de 4,5% para 31,2% no período pesquisado. Essa elevação está relacionada ao crescimento da participação feminina no mercado de trabalho, segundo o estudo do Ipea. O aumento da proporção de mulheres cônjuges que contribuem para a renda familiar evoluiu de 39,1% para 64,3%.
Fontes: O Estado de S. Paulo
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