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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Lupo fará camisa de futebol que custará menos de R$ 100, diz executivo

A Lupo, marca brasileira conhecida pelas meias masculinas e femininas, expande seus negócios e deve ter cada vez mais lojas de "tudo que não é meia", segundo Valquírio Cabral Júnior, diretor comercial da empresa.
A empresa está entrando no segmento de artigos esportivos e Cabral Júnior adianta as novidades: "vamos atender os clubes de futebol."
Além disso, ele diz que "a Lupo tem planos e vai conseguir lançar uma camisa de clube de futebol de menos de R$ 100". Cabral Júnior prevê a novidade em seis meses. "Teremos também produtos de performance próprios para pessoas que fazem academia, de secagem rápida", diz.
Segundo o executivo, haverá produtos suficientes para lojas da Lupo só com artigos esportivos. "Temos licença de marcas com Speedo, Reebok e Everlast", explica ele. O diretor comercial diz que a companhia já patrocina o time do Náutico (Pernambuco) e que está negociando com outros três clubes para fornecimento de material esportivo, incluindo meias, camisas e agasalhos.
"Se o torcedor do Náutico for comprar hoje, vai pagar ainda R$ 140 porque ainda não conseguimos baratear. Mas nós temos planos e vamos conseguir vender por menos de R$ 100. Acho que é possível fazer isso dentro de seis meses", ressalta.
Ele diz também que um dos projetos é ter lojas como as que já existem no shopping do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), em que a Lupo tem uma loja só de meias e outra só de "body wear", ou seja, pijamas, meias-calças, lingerie e os recém-lançados artigos esportivos, por exemplo.

Diversificação
Cabral Júnior explica que a Lupo percebeu que não podia "concorrer com a China", fabricando o que ele chama de "commodities", como meias e cuecas brancas. "Nós pensamos que só tinha um jeito de sair dessa crise: não tratar como 'commodity' e entrar nesse mercado fashion, agregar valor aos produtos".

O executivo explica que a Lupo decidiu produzir todo tipo de produto que "venha em primeiro contato com a pele", como pijamas, lingeries, cuecas, meias e, agora, produtos para esporte.

Apesar das novidades, o executivo diz que o carro-chefe da marca ainda é a meia-calça, que representa 30% do faturamento. "A mulher brasileira voltou a usar vestido, a ser feminina, a valorizar o corpo", diz.

Crise
O executivo afirma que a Lupo não sentiu os efeitos da crise. A empresa vem crescendo 21% ao ano, em média, nos últimos cinco anos. Neste primeiro semestre, a expansão foi de 22%, segundo Cabral Júnior.

Além disso, em 2009, a empresa vai uma fábrica de 11 mil metros quadrados em sua cidade-sede, Araraquara (interior de São Paulo). "Isso vai aumentar em 20% nossa área construída. Custou R$ 15 milhõess para nós. A área mais importante é o investimento em marcas", afirma.

A partir do início do ano que vem, afirma o executivo, a Lupo vai contratar cerca de 250 funcionários, o que elevará seu número de trabalhadores para cerca de 3,9 mil pessoas. A empresa também tem projetos de expansão para suas lojas - atualmente, são 163 unidades, sendo cinco próprias e o restante de franquias.

Mesmo para exportação, ele diz que a Lupo está investindo em confecções de valor agregado. Hoje, a empresa atende toda a América Central e América Latina, além de países como França, Espanha, EUA, Inglaterra, Espanha e Japão. "A exemplo do que aconteceu no Brasil, nós saímos do mercado de commodities. Os países querem qualidade e tecnologia, meias de alta performance e a Lupo faz isso."

Fonte: G1

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