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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Produção industrial avança 1,3% de abril para maio

A produção industrial brasileira cresce pelo quinto mês consecutivo na comparação com o anterior. De abril para maio, aumentou 1,3%, acumulando uma alta de 7,8% nesses cinco primeiros meses de 2009. Todas as quatro categorias de uso e 20 das 27 atividades industriais tiveram elevação na produção em relação a abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o ministro Guido Mantega, da Fazenda, já está havendo uma lenta recuperação do setor industrial puxada pelos bens de consumo duráveis, que cresceram 3,8% em maio sobre abril, consolidando uma trajetória de reposição do setor em relação às perdas sofridas no último trimestre do ano passado e no primeiro trimestre deste ano. "Com a dissipação dos estoques, que se verificou nesse primeiro semestre de 2009 ,o governo espera um aumento mais acentuado da produção industrial daqui para a frente”, afirmou o ministro.

Para recuperar a economia atingida pela crise financeira internacional, o governo reduziu impostos sobre a produção de carros e linha branca. Outras medidas anticíclicas do período foram a oferta agressiva de linhas de crédito por parte dos bancos públicos e a redução dos juros. A recuperação também está sendo influenciada por políticas anteriores ao agravamento da crise, em setembro de 2008, como o programa de venda de tratores para a agricultura familiar.

Entre as categorias de uso, os bens de consumo duráveis sustentaram o maior ritmo de crescimento (3,8%) na passagem de abril para maio, seguidos pelos semi e não-duráveis (1,3%) e bens intermediários (1,2%). Os bens de capital cresceram (0,7%).


Atividades - Dentre as atividades, sobressaíram os resultados da indústria farmacêutica (9,7%), de veículos automotores (2,0%), metalurgia básica (3,1%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (6,6%), outros equipamentos de transporte (3,3%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,2%). Pressionando negativamente, destacaram-se borracha e plástico (-2,7%), produtos de metal (-3,0%) e fumo (-8,4%), que, em abril, haviam crescido 6,8%, 6,6% e 12,8%, respectivamente.

Mas a economia brasileira ainda não retomou o ritmo anterior à crise financeira. Em relação a maio de 2008, houve recuo de 11,3%, mantendo uma sequência de sete meses de taxas negativas nesse confronto. No acumulado no ano, em relação a 2008, a atividade industrial reduziu o ritmo de queda, de -14,6% em abril para -13,9%, em maio.

O acumulado nos últimos 12 meses (-5,1%) ficou 1,2 ponto percentual abaixo do resultado de abril (-3,9%) e atingiu sua marca mais baixa desde o início da série histórica (em 1991).

Na comparação com maio de 2008, cinco atividades têm resultado positivo e foi registrada a retração de 11,3%. A queda se deu em 22 das 27 atividades pesquisadas, como: máquinas e equipamentos (-28,0%), veículos automotores (-17,6%), metalurgia básica (-24,5%) e material eletrônico e de comunicações (-34,4%). Das cinco atividades em crescimento, farmacêutica (15,7%) e bebidas (6,2%) foram as que mais impactaram o índice global.

Fonte: brasil.gov.br

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