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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Produtos licenciados animam os lojistas para a volta às aulas

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A pouco menos de um mês do começo das aulas, as redes varejistas que atuam na área de material escolar afirmam que caminham pela manutenção dos preços, e, com a expectativa do aumento do poder de compra dos consumidores a perspectiva é de, em alguns casos, aumento de até 25% das vendas sazonais. O forte nas vendas deve vir de produtos licenciados, e uma das mais otimistas é a rede supermercadista Condor, que pretende caprichar nas promoções e aumentar o parcelamento das compras para os pais, em suas 30 lojas.

"Essa antecipação, associada à nossa forte presença no Paraná, permitiu excelentes condições com os fornecedores, o que vai resultar em preços baixos, parcelamentos mais vantajosos e um mix diversificado e de qualidade", disse o gerente Comercial do Condor, João Luiz de Lima Silva. Com um mix de material escolar 30% maior do que o visto em 2010, a empresa afirma ainda que já oferece um parcelamento de até 15 vezes sem juros, no cartão Aura, sendo que no ano passado as vendas eram parceladas em menos vezes. " Os impostos típicos do início de ano, por exemplo, poderão ser pagos à vista para aproveitar os descontos, como é o caso do IPVA e do IPTU", sugeriu Silva. Ele complementou afirmando que o parcelamento se faz para compras acima de R$ 50.

Outra rede forte do ramo e que segue o mesmo caminho otimista é a rede Armarinhos Fernando, que aguarda um crescimento de 8% das venda de material escolar este ano, e diz pôr à disposição do consumidor mais de 20 mil itens. "Dos materiais disponíveis cerca de 500 itens estão com descontos de até 10% quando comprados em maior quantidade", falou o gerente-geral da rede, Ondamar Ferreira.

Atualmente a marca possui 15 lojas no Estado de São Paulo, e, segundo Ferreira, as lojas da rede começaram a se preparar para esta data sazonal em setembro do ano passado, e até o momento o pioneiro em vendas são os cadernos licenciados de clubes de futebol, da personagem Jully e do Justin Bieber.

Quem entra na briga também é o hipermercadista Carrefour, que criou o Festival Volta às Aulas e irá parcelar as compras em até 18 vezes sem juros, no cartão da loja. O grupo espera atingir um volume de vendas até 20% superior em relação ao ano passado. Na área do bazar estarão mais de 600 itens de diversas categorias, como os cadernos licenciados. Para atrair consumidores a rede adota a dinâmica de distribuição de brindes. A cada R$ 30 em compras de produtos Disney, o consumidor ganha um mini-DVD Disney. Caso o pagamento seja realizado com cartão Carrefour, o cliente ganha um segundo mini-DVD.

Monitoramento
Apesar do otimismo dos varejistas, os preços de alguns itens da lista de material escolar podem variar até 163% na cidade de São Paulo, segundo a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP).

O levantamento foi realizado pela instituição entre os dias 4 e 6 deste mês, com dez estabelecimentos comerciais, distribuídos pelas cinco regiões da cidade.

Dos 137 itens pesquisados pelo Procon-SP, 71 tiveram diferença de preço abaixo de 50%; em 51 casos essa variação ficou entre 50% e 100%; e a disparidade superou 100% em 15 dos materiais analisados.

A maior diferença, de 163,16%, foi constatada pelo Procon-SP em um dos itens básicos da lista de material dos estudantes: o lápis preto n. 2. Em uma loja da zona norte da capital paulista, o modelo com borracha de uma determinada marca é vendido por R$ 0,38. Já no outro extremo, na zona sul, ele chega a custar R$ 1,00. Entre os itens mais caros, o mesmo modelo de um caderno universitário de capa dura, espiral com 200 folhas custa R$ 17,00 em uma loja e R$ 24,90 em outra, uma diferença de 46,47%.

Diferenças
O Procon-SP salienta que as grandes diferenças de preços mostram que os pais precisam pesquisar bastante antes de comprar o material escolar dos filhos. A fundação orienta o consumidor a negociar descontos e prazos de pagamento, e lembra que a compra em conjunto pode melhorar essas condições. Pode-se ainda tentar aproveitar materiais utilizados no ano anterior que estejam em boas condições.

Outra dica é a troca de livros didáticos entre alunos que cursam séries diferentes. Apesar da busca pelo menor preço, o Procon-SP lembra que o consumidor não deve se esquecer de avaliar a qualidade e a procedência dos produtos, evitando ter de comprar novamente artigos que deveriam durar até o fim do ano letivo. A pesquisa do consumidor também deve levar em conta os preços à vista e a prazo: neste caso, é preciso saber qual a taxa de juros praticada. Em caso de promoção, deve-se conferir a veracidade da oferta e, se ela não for confirmada, a rede deve ser denunciada.

Fonte: DCI

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