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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Brasil registra déficit comercial com a China de US$ 23,5 bilhões em manufaturados

No saldo geral, o País foi superavitário em US$ 5,2 bilhões, puxado pela venda de commodities

As trocas entre Brasil e China encerraram 2010 com saldo positivo de US$ 5,2 bilhões. No entanto, de acordo com o Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp, esse saldo não traduz a realidade do comércio entre os dois países.

Um levantamento da entidade mostra que, apesar do superávit favorável ao Brasil, o País registrou o maior déficit com o asiático em manufaturados, um total de US$ 23,5 bilhões, o que representou um aumento de 60%, em relação a 2009.

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“A relação com a China é importante para o Brasil, mas do ponto de vista industrial é péssimo. O saldo só é positivo pela alta exportação de produtos básicos e pela alta nos preços internacionais”, disse o diretor do Derex, Roberto Giannetti da Fonseca.

Deficit recorde

De acordo com o ele, o déficit do setor com a China vem crescendo de forma “devastadora”. Para se ter uma ideia, em sete anos esse saldo cresceu quase US$ 23 bilhões. Em 2003, o saldo negativo foi de US$ 600 milhões.

Além do déficit recorde do setor de manufaturas, o país asiático se manteve, pelo segundo ano consecutivo, como maior destino das exportações brasileiras. O dragão chinês recebeu 15,2% de toda a venda brasileira ao exterior.

Nesta relação bilateral, o desequilíbrio nas trocas comercias é evidente, de acordo com o levantamento do Derex. Enquanto 97,5% das importações brasileiras da China foram de bens manufaturados, apenas 5% das exportações brasileiras são provenientes deste setor.

O Derex também aponta que o preço médio dos bens vendidos pela China ao Brasil é significativamente inferior ao valor importado do restante do mundo, gerando um desequilíbrio no comércio mundial. Dos 20 maiores produtos importados da China pelo Brasil, 16 deles têm o preço bem inferior à media mundial. Em produtos como lâmpadas, faróis e tubos elétricos a diferença chega a 90%.

Veja aqui a íntegra do estudo

Fonte: FIESP

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