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terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Corinthians é a maior marca do Brasil
Ao final do ano de 2010 o Corinthians foi reconhecido como a marca mais valiosa do futebol nacional, superando o Flamengo. Mesmo num ano sem títulos, a conquista veio especialmente devido a uma intensa ação de marketing promovida para a comemoração do centenário.
Muitos pensam que o principal motivo está no número absoluto de torcedores do time, mas não. Por mais que a torcida seja expressiva e tenha potencial de venda, a marca não pode se estabelecer como produto comercial sem estímulos de compra. É o caso da marca Flamengo, que hoje, devido ao tamanho da torcida, apresenta grande capacidade financeira, mas não é bem aproveitada pelo núcleo de marketing do clube.
E é exatamente o oposto que ocorre com o Corinthians. Após o rebaixamento para a série B do Campeonato Brasileiro em 2008, Andrés Sánchez, atual presidente, que havia acabado de assumir o cargo, começou a organizar uma verdadeira revolução interna no alvinegro.
Comandada principalmente por Luís Paulo Rosenberg, diretor de marketing, a reformulação da estrutura do Timão ainda está em andamento, mas claramente já exibe resultados satisfatórios.
Tendo atingindo a pior crise possível ao fim da temporada de 2007, os primeiros passos foram dados visando recuperar uma vaga na elite do futebol brasileiro. A campanha “Eu nunca vou te abandonar”, vendeu mais de 350 mil camisas e foi uma das formas que os dirigentes encontraram de aproximar os torcedores. O técnico Mano Menezes, principal reforço, se tornou o responsável por conduzir o time ao título da série B e ainda, surpreendentemente, à final da Copa do Brasil, perdendo para o Sport Clube do Recife.
Com o retorno à primeira divisão, o Corinthians começou o ano com a maior jogada comercial dos últimos tempos: a contratação de Ronaldo Fenômeno. O acordo financeiro previa que os vencimentos do craque iriam depender principalmente dos patrocinadores do clube, juntamente com produtos licenciados que utilizavam sua imagem. Com Ronaldo no elenco, foram conquistados o Campeonato Paulista – invicto em cima do Santos – e a Copa do Brasil – sobre o Internacional –, sendo o último torneio a garantia da participação Corinthiana na Taça Libertadores da América, exatamente no ano em que completaria 100 anos de fundação.
Neste mesmo momento ocorreu o lançamento de vários projetos como a Timão TV e a Agência Corinthians. Mas o que teve mais destaque foi o Fiel Torcedor. Ele consiste num cartão de associado que dá a todos os membros algumas regalias como descontos em jogos, além de prioridade na compra de ingressos e facilidade no acesso ao estádio. Com a conquista da vaga na Libertadores, o projeto ganhou ainda mais força, a partir de promoções nas entradas para a competição, juntamente com a veiculação do comercial “Grito”.
O processo de repatriação de Ronaldo deu início a um efeito de grandes proporções no Brasil. E o Todo Poderoso não parou por aí. No início de 2010 anunciou outra estrela retornando ao país: o lateral Roberto Carlos. Era o plano do centenário sendo posto em prática. No dia 31 de agosto, véspera da comemoração, Sánchez anunciou a construção do tão sonhado estádio, que será localizado em Itaquera, podendo ainda abrigar a abertura da Copa do Mundo de 2014.
Embora o ano passado não tenha sido de títulos, a consolidação da marca é visível. E para provar que troféus não são o principal, ao final do Campeonato Brasileiro de 2010 foi lançada uma camisa que minimizava a perda: “Muitos vivem de títulos. Nós vivemos do Corinthians”.
A publicidade é utilizada amplamente até fora dos gramados. São inúmeros produtos estampando o selo Corinthians: carnes, chips de celular, cosméticos, restaurante, Navio do Corinthians, Banco Imobiliário do Corinthians. Toda esta movimentação feita nos últimos anos tem, inclusive, ajudado consideravelmente no pagamento da dívida alvinegra.
O peso do nome ajuda na hora de vender em maior quantidade e mais rápido, mas não é só o número de torcedores que conta no quesito comercial. A ação publicitária do clube é, sem dúvidas, um exemplo para o futebol brasileiro.
Fonte: IPC Digital
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