Header

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Enterrar os fios é uma saída técnica e estética para cidade

http://www.mundoeducacao.com.br/upload/conteudo_legenda/224f7fee681d944a635eae0402c8d594.jpg

Altos custos são barreira para mudar o meio de distribuição de energia; em SP, apenas 5% da fiação está sob as calçadas

Em Paris e Nova York, o sistema de energia é praticamente todo enterrado, o que evita falhas no fornecimento

O investimento em redes subterrâneas é uma alternativa factível para diminuir o impacto das chuvas sobre os sistemas elétricos urbanos.
O problema dessa opção é o custo desse investimento, segundo Cyro Boccuzzi, consultor do setor e hoje à frente de uma empresa de energia no Mato Grosso do Sul.
"Chega ser oito vezes mais caro enterrar uma rede", afirma o especialista. "Por isso, as empresas não optam por esse caminho", diz.
Na cidade de São Paulo, apenas 5% da rede elétrica está sob a terra. Quase toda ela, segundo a AES Eletropaulo, está nas regiões do centro da cidade e também da avenida Paulista.
Em cidades como Paris e Nova York, o sistema de energia é quase todo enterrado.
Na capital paulista, apesar de as ligações subterrâneas serem relativamente antigas, de décadas, é muito difícil que elas apresentem falhas constantes, como ocorre com os circuitos elétricos aéreos.
"Em compensação, quando ocorre um problema, é mais difícil achá-lo. Por isso, o retorno da energia pode demorar mais", afirma Fernando Mirancos, diretor de operações da AES Eletropaulo.
A solução por sumir com os fios e postes das ruas não deve ser tomada apenas do ponto de vista essencialmente técnico, diz Ricardo Cardim, da ONG Amigos das Árvores de São Paulo.
Também existe a questão estética. "A calçada é do pedestre e da árvore e não dos postes e fios, que também ajudam a deixar mais feia a metrópole", afirma.

TECNOLOGIA
No caso das redes que vão ficar para sempre sobre a superfície, expostas ao tempo, a saída para diminuir os apagões é investir em tecnologias mais modernas.
As chamadas redes compactas (em que os fios ficam mais agrupados e portanto mais longe das árvores) podem ser úteis para diminuir o conflito que existe entre fiações e plantas.
Em São Paulo, onde existem 17,7 mil quilômetros de rede primária (as que passam pelos postes), nem 10% das fiações é compacta.
As chamadas redes inteligentes, que ajudam tanto na economia do consumo de energia quanto na diminuição de apagões, também são incipientes no Brasil.

Fonte: Folha de São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário