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domingo, 9 de dezembro de 2012

Fenômeno mundial, jogo Angry Birds leva Rovio da falência ao sucesso

Avaliada em R$ 2,5 bilhões, empresa aposta em novas versões, licenciamento de produtos e parque de diversões para se tornar ícone do entretenimento.


Desde 2009, pássaros invocados invadiram o mundo dos jogos e conquistaram uma legião de fãs. A Rovio Entertainment adotou uma estratégia arriscada: lançar um jogo atrás do outro, sem parar, até que um deles virasse um fenômeno. Foi o que aconteceu com Angry Birds, que tem mais de um bilhão de downloads.
A empresa finlandesa quer ampliar os negócios e tem apostado também na indústria do entretenimento. “Com o alcance que os celulares nos dão hoje, podemos construir novas marcas e alcançar um público enorme pelo mundo sem sequer aparecer na televisão ou na tela de cinema”, afirma o CEO da Rovio, Mikael Hed.

Para manter o interesse em alta, a aposta é lançar novas versões do jogo a todo o momento, muitas com parcerias. A primeira delas foi com o estúdio de cinema 20th Century Fox em Angry Birds Rio. Junto com a Nasa, a agência espacial americana, foi lançado Angry Birds Space, diretamente da estação espacial internacional. Seguindo a mesma linha, será lançada em novembro a versão de Star Wars.

A ambição vai além do mundo virtual. Em abril deste ano, um parque de diversão em Tampere, na Finlândia, abriu a Terra dos Angry Birds, que tem 12 atrações. “O objetivo do projeto foi fazer um parque para toda a família”, conta a porta-voz do Angry Birds Land, Kirsi Roivas. No ano passado, o parque recebeu cerca de 500 mil visitantes e a expectativa é de 10% de crescimento com a área temática. O objetivo da Rovio é espalhar o projeto por centenas de cidades pelo mundo.

Além dos brinquedos do parque, os fãs do jogo se realizam na loja de produtos licenciados, que já representam 30% do faturamento da Rovio. É com eles que a empresa pretende invadir a América Latina. “O Brasil tem grande potencial. Queremos fazer parceria com uma marca que também acredite nessa inovação”, diz o gerente de projetos da Rovio para a América Latina, Igor Burattini.

Desafio de ser ícone
O maior desafio da empresa é se transformar em um ícone mundial, como a Disney, que serve de fonte de inspiração. Este ano, foram lançados dois novos aplicativos. O jogo Amazing Alex fez sucesso no início, mas logo perdeu fôlego. Já Bad Piggies, lançado no fim de setembro, teve melhor sorte. Protagonizado pelos já conhecidos porquinhos de Angry Birds, o aplicativo alcançou a liderança do ranking de downloads poucas horas depois do lançamento. “Com Bad Piggies, eles estão trazendo novos títulos, mas será preciso algo novo no futuro se eles quiserem se tornar uma empresa de mídia além dos games”, observa o analista de mercado Jack Kant.

Em 2011, a Rovio faturou quase R$ 200 milhões, números impressionantes para uma empresa que estava à beira da falência há três anos. A companhia, que foi avaliada em cerca de R$ 2,5 bilhões no ano passado, quer novas conquistas. “Não existe poção mágica. O que torna um jogo legal? O que provoca uma boa sensação? É difícil de colocar no papel. Além disso, você também precisa de boa distribuição e visibilidade”, aponta Mikael Hed.

Fonte: Globo News

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