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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

"Criatividade, inovação e mudança não vêm de um laboratório"

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"Criatividade, inovação e mudança não vêm de um laboratório, mas de pessoas conversando e trocando ideias". A opinião é do diretor geral da Flanders DC, Pascal Cools, que foi responsável pela abertura do Festival Internacional de Criatividade (CRio), realizado entre os dias 21 e 25 de novembro, no Pier Mauá, região Portuária do Rio de Janeiro. A capital fluminense sedia a primeira edição do evento na América Latina.

Ao seguirem a mesma linha de pensamento de Cools, os participantes do evento estudaram possilidades de desenvolvimento nos setores da economia criativa. O fundador da The Why Factory, o holandês Winy Maas, por exemplo, discutiu os desafios que o Rio de Janeiro enfrentará no que diz respeito à densidade populacional.

“Não existe criatividade sem cultura, e vice-versa”
Mauro Munhoz, criador da Flip
 
Segundo ele, as construções verticais podem ser uma opção, já que, além de comportarem um grande volume de pessoas, ainda podem se integrar a paisagem natural, sem se restringir ao concreto. Os prédios curvados, por exemplo, são flexíveis  e valorizam a iluminação e o clima.

O arquiteto e criador da Festa Literária Internacional Paraty (Flip), Mauro Munhoz, ressaltou a importância da preservação cultural nesse processo de desenvolvimento. "Não existe criatividade sem cultura, e vice-versa", comentou. O processo de transformação urbana de Paraty teve um consenso populacional, com o objetivo de não prejudicar a cultura local.

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Cidades: inteligentes X criativas
Aproveitar as tecnologias já existentes para ajudar a solucionar os problemas dos grandes centros urbanos é a base do conceito de cidades inteligentes, segundo o diretor da IBM Brasil sobre essa área, Gustavo Rabelo.

Já as criativas possuem três características básicas: inovações, soluções inteligentes para problemas urbanos; conexões, com ligações entre áreas da cidade e parcerias entre setores público e privado; e cultura, com ações no circuito das artes, setores da moda, gastronomia, design e arquitetura que possam gerar um ambiente mais favorável à inovação, de acordo com Ana Carla Fonseca, especialista no tema já entrevistada pelo EcoD.

O designer Guto Índio da Costa, responsável por uma das palestras do evento, abordou as diferenças entre os dois tipos de cidades e apontou que o Rio precisa tirar as ideias, relacionadas às temáticas, do papel. "De nada adianta ser uma cidade criativa enquanto caminhamos na Lagoa com vergonha da poluição e olhamos para o morro e vemos pessoas amontoadas, vivendo mal. Temos que fazer com que as ideias criativas sejam implementadas", explicou. Costa alertou que os projetos sustentáveis devem ir além das Olímpiadas de 2016.

Fonte: Terra

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